segunda-feira, 28 de março de 2011

SENSIBILIZAÇÃO CONTÍNUA PARA ACESSIBILIDADE EM SAÚDE MENTAL



As fotos acima são da audiência pública na Promotoria de Justiça e de Defesa da Pessoa com Deficiência e do Idoso sobre a realização de concurso público para contratação de intérprete tradutor de LIBRAS no Estado do Piauí e no Município de Teresina, eu fui a reclamante. A Secretaria de Educação do Município (SEMEC) a reclamada, encontrou uma solução imediata para o caso de minha filha surda, de dez anos no sexto ano, antiga quinta série, que precisa de um interprete de LIBRAS em sala de aula, um professor com formação em LIBRAS, intérprete já assumirá a turma na segunda-feira. E o projeto de lei para criação do cargo de intérprete no município recebeu 60 dias para sua execução e consequentemente após sairá edital de concurso. Bom que as entidades ligadas a surdez, se mobilizem mais para pedir agilidade a SEMEC, ano que vem é  de eleição.
Mas encerrada a audiência para mim muito produtiva. Aproveitei para conversar com a promotora Myrian Lago, sobre o caso das crianças psicóticas que não tem nenhum tipo de acessibilidade, pensando em termos de educação inclusiva. Nada é pensado para elas. Ainda permeia no pensamento comum que existe graus de transtornos inacessíveis de meios terapêuticos que os controle, os severos e persistentes. Essas crianças fazem o velho eletroencefalograma e não tem nenhum dano neurológico, mas demonstram um comportamento diferente na sua forma de "está" no mundo, aprendem rápido ou com dificuldades, são agressivas ou passivas demais, tem atitudes bizarras, às vezes parecem em crise mental: falam sem nexo ou parecem distantes, não se interessam por atividades comuns e outras atitudes que denotam que serão pessoas vivendo com uma patologia mental.
Só temos o CAPS i, me deram a informação que só existe nesse momento no SUS em Teresina, um único neuropediatra que poderia formular diagnósticos de autismo. Com respeito aos profissionais do CAPS i, mas o único diagnóstico que a instituíção fornece é retardo mental, leve, moderado e no cotidiano escolar percebemos que esta criança produz cognitivamente, mais lentamente ou no tempo equivalente a das outras crianças com dificuldades de aprendizagem, não diagnosticadas. Lutamos por um centro de educação inclusiva para crianças psicóticas. Com atividades de educação lúdica, de concentração e memorização, prática de esporte e artes.

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PSIQUIATRIA SEM HOSPÍCIO

POR UMA CLÍNICA DA REFORMA PSIQUIÁTRICA: COM SUBJETIVIDADE, MEDICAÇÃO COM MENOS EFEITOS COLATERAIS E MAIOR PODER DE RESOLUTIVIDADE ASSOCIADA A PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.