As atividades de saúde mental hoje no Piauí giram somente em torno do crack. Uma câmara técnica que leva toda semana a coordenadora de CAPS, Rosário Nunes, única nomeada a participar de suas reuniões. Não sei onde. Não conheço nenhum crackeiro (falo aqui com maior respeito ao dependente químico), e acredito que a equipe que está na gerência de saúde mental também não. A não ser se alguém tem algum familiar nessa situação. Se não a relação com o usuário é zero. É só esse envolvimento midiático e um recurso que o Piauí pode perder se não desenvolver a programação da escola de supervisores clínicos em álcool e drogas, que já acontece em outros estados contemplados, aqui Dra. Lúcia Rosa entregou a coordenação, indicando Gisele Martins, ela se ocupará do seu pós-doutorado. Por sua vez Gisele já atua no Centro Regional de Referência para formaçã permanente de profissionais que atuam nas redes de atenção integral à saúde e de assistência social com usuários de álcool e outras drogas e familiares, coordenado por Dr. José Ivo.
Perguntem-me pelas pessoas que vivem com transtornos mentais, pelos loucos genuínos como eu e tantos outros? Continuamos ciclando, adoecendo, sem acesso a emprego, medicação de qualidade, porque psiquiatra antigo não acredita em novas medicações, presos em cárceres privados, sendo internados contra nossa vontade no HAA, enquanto pedimos para irmos ao CAPS.
E então, que faremos? Recorremos a explicação para o comportamento das enfermeiras normais que comandam hoje a SESAPI a burocracia weberiana ou o absurdo de Kafka. Amanhã acordo barata, de indignação.
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