domingo, 31 de agosto de 2014

TESTE DE DEPRESSÃO

Ontem (29)  noutra livraria o livro sobre ansiedade já citado aqui,14,90 apenas. Baratinho, né? Vendia mais que quiabo e maxixe na época de chuva no Piauí.  Cuidado com mais uma nova "doença mental"  a Síndrome do Pensamento Rápido (SPR). E a depressão também filão de vendas da auto-cura, depois da morte de ator Robin Williams apareceram até sites americanos, traduzido.Pelo menos somente agora descobri um deles. Alguém me corrija se estiver errada.
Não sou contra a informação sobre doenças mentais, mas prezo pela qualidade delas.Ajudar de fato, não confundir mais ou fazer pessoas se afastarem de tratamento sério com especialistas, fortalecer ainda mais a dificuldade de adesão que alguns de nós usuários temos aceitar tratamento medicamentoso contínuo ou psicoterapia.

"Teste de depressão
Dr. Ivan K. Goldberg
Voce se sentiu triste recentemente? Voce começou a fazer as coisas lentamente e sente seu futuro como um caso perdido? Isso pode ser sintomas de depressao. O teste de depressão de Goldberg pode ajudá-lo a verificar se voce tem ou nao sintomas de depressão.
Na escala de depressao de Goldberg voce pode conferir se apresenta sintomas de depressão ou nao. Voce pode usar a escala para conferir os progressos em seu tratamento psicológico, tratamento médico ou terapia. Uma mudança de cinco por cento representa progresso ou deterioraçao. Ao responder as perguntas, voce retrocede em sete dias para avaliar sua condiçao apenas neste intervalo de tempo. Entre na medida que as instruçoes individuais adequarem-se a sua condiçao.
Porém, note que o resultado do teste nao consiste em diagnóstico! A escala nao substitui a ajuda profissional real. Se voce suspeitar que sofre de depressao, entre imediatamente em contato com o seu médico, nao importando o resultado que obtiver. Se voce desejar, pode imprimir o teste e mostrar ao seu médico. Isto pode ajudá-lo a avaliar a sua condiçao."

Bom teste. Eu não fiz. Fiz um de bipolaridade que deu positivo. Claro!

sábado, 30 de agosto de 2014

LIVROS QUE AUTOCURAM A DEPRESSÃO E A ANSIEDADE?

Ontem numa livraria: uma moça folheava um livro, "Ansiedade: como enfrentar o mal do século" de Augusto Cury, perguntei o porquê de seu interesse. Ela me respondeu que já havia comprado e dado de presente a uma amiga ansiosa. A amiga não fazia tratamento. Ué? Perguntei-me, autodiagnóstico? Diagnóstico do senso comum?

Por que acabar com a depressão? Se muitos criticam  a indústria da medicação, muitos outros ganham com "técnicas" alternativas e como vendem livros. Agora descobriram a ansiedade como mal do século. A diabetes também. Augusto Cury e sua obra:
  • Inteligência Multifocal
  • Revolucione Sua Qualidade de Vida (em Portugal intitulado: Revolucione a Sua Qualidade de Vida) - Outubro 2002
  • Escola da Vida: Harry Potter no Mundo Real - 2002
  • Você é Insubstituível - Novembro 2002
  • Dez Leis para Ser Feliz - Fevereiro de 2003
  • Pais Brilhantes, Professores Fascinantes - Setembro de 2003
  • Seja Líder de Si Mesmo (em Portugal intitulado Seja Líder de Si Próprio) - Outubro de 2004
  • Nunca Desista de Seus Sonhos (em Portugal intitulado: Nunca Desista dos Seus Sonhos) - Dezembro de 2004
  • A Ditadura da Beleza e a Revolução das Mulheres (em Portugal intitulado: A Ditadura da Beleza) - Fevereiro de 2005
  • O Futuro da Humanidade (
005
Folheei rapidamente o livro sobre ansiedade, e descobri uma tal de Síndrome da Mente Rápida ( SMR) segundo o autor pouco estudada ainda pela neurologia. Ora, qualquer maníaco depressivo ou bipolar ( terminologia atual) em crise aguda,sabe muito bem o que isso  e a ansiedade incapacitante que nos faz desmaiar ou ir ao banheiro em diarreias rápidas e fulminantes antes uma situação de enfrentamento da qual não podemos escapar.
Nada contra, se há mercado e compradores para tais obras, só seria justo se alguns centavos de arrecadação nos fosse doados para continuarmos a acolher e cuidar de pessoas com transtornos mentais, como fez o digno psiquiatra Edmar Oliveira, com seu livro Von Meduna. Pagou muitos créditos para celular, passagens de ônibus, deslocamento para CAPS, HAA, lanches, etc.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

DEPRESSÃO: A MELANCOLIA DO SÉCULO XXI

Especialistas apontam falta de acesso ao tratamento e oferta adequada de antidepressivos; o orçamento destinado para a saúde mental reduziu nos últimos dez anos

A depressão tem a incidência na população igual ao diabetes (10%), porém o sistema público de saúde ainda não está preparado para oferecer atendimento de qualidade e gratuito. Estudo realizado na cidade de São Paulo mostrou que apenas um terço das pessoas com transtornos mentais severos – como a depressão grave, que pode levar ao suicídio – recebe o tratamento devido. Especialistas ouvidos pelo iG são unânimes em dizer que falta acesso ao tratamento e oferta adequada de medicamento.
Thinkstock
Depressão: um terço dos pacientes não responde ao tratamento com remédio
De acordo com dados da Associação Brasileira de Psiquiatria, em 2004, 6,3% do orçamento de Saúde era destinado para saúde mental, hoje, dez anos depois, corresponde a 1,8%. O Brasil tem um programa de governo para o combate de DST/Aids, mas não há um programa de prevenção a doenças mentais. “Basta comparar os casos de morte por Aids e os casos de morte por suicídio para ver se isso faz sentido”, afirma Antônio Geraldo da  Silva, presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria. No Brasil, em 2013, morreram 15 mil pessoas por Aids. Todos os anos são notificados 10 mil casos por ano de suicídio. Vale ressaltar que cerca de 90% dos casos de suicídio estão relacionados com depressão grave. 
No Brasil, a prevalência de depressão é de 25% da população (estimativa de quem teve, tem ou terá depressão) e 10% sofrem do mal atualmente. “Existem casos muito simples de depressão, que podem ser tratados por um clínico geral ou médico da família em postos de saúde, e outros mais complexos, que precisam de atenção especializada em um centro de referência”, disse Marcelo Fleck,  psiquiatra e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Fleck afirma que os casos de depressão podem ser divididos em três níveis: o primeiro seria o mais leve e com possibilidade de tratamento psicossocial no posto de saúde e pelo clínico geral; o segundo, mais grave e com necessidade de tratamento medicamentoso orientado também pelo clínico geral; apenas o terceiro nível, gravíssimo e com risco de suicídio, deveria ser encaminhado para centros especializados e de referência.
O problema é que o sistema básico – que seria responsável por mapear o primeiro e o segundo níveis – não está preparado. "Eu dou estes treinamentos e os meus alunos, que atuam como clínicos na rede pública, dizem que não se sentem preparados para diagnosticar a depressão”, afirma Wang Yuan Pang, pesquisador do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo e coordenador da pesquisa São Paulo Megacity Mental Health Survey, que gerou para o relatório internacional os dados relativos à Grande São Paulo.
Sem diagnósitco, muita gente volta para casa sem saber que precisa se tratar de uma doença mental. O resultado é um ônus altíssimo para o sistema de saúde e para a sociedade, como número de dias de trabalho perdidos e custos investidos em doenças secundárias relacionadas com a depressão, como diabetes e problemas cardiovasculares. “A depressão só perde para as doenças cardiovasculares no que se refere ao ônus para a sociedade. Não que as outras áreas não sejam importantes também, mas a psiquiatria não recebe muita atenção, seja em orçamento ou em programas", afirma Andrea Feijó Mello, médica responsável pelo Ambulatório de Estresse e Depressão da Unifesp, em São Paulo.
Andrea concorda que é preciso um maior treinamento em psiquiatria para o atendimento básico. “Outro problema é que o médico é sobrecarregado. O sistema público preconiza que ele atenda um paciente a cada 15 minutos e para casos de depressão precisa de mais tempo que isso para avaliar o paciente. Até porque, na maioria das vezes, o paciente apresenta queixas físicas, como dor de cabeça, cansaço e não os sentimentos, como desânimo, falta de vitalidade”, afirma.
No Brasil, existem 1.891 centros de atenção psicossocial (Caps) que fazem o atendimento de pessoas com depressão e outros transtornos mentais. De acordo com o Ministério da Saúde, os Caps tem equipes multiprofissionais e transdisciplinares que realizam o atendimento a "usuários com transtormos mentais graves e persistentes, a pessoas com sofrimento e/ou transtornos mentais em geral".
"Eu sempre pergunto no Ministério da Saúde por que, em vez de criar vários centros espécíficos para doenças mentais, não ter um psiquiatra ou profissional habilitado para tratar transtornos mentais em cada posto de saúde?", argumenta Silva.


Não só os CAPS mas toda uma rede de serviços (RAPS- Rede de Atenção Psicossocial) já estabelecidas em leis e portarias deveria funcionar dando respostas a situações de crise depressivas. O ambulatório do posto de saúde é um ponto de atenção da rede. Já acompanhei uma experiência interessante de "desmame" de usuários de CAPS com sintomas estabilizados, através do CAPS foram levados num primeiro momento para uma apresentação com os futuros cuidadores deles, técnicos e funcionários de um posto de saúde. Infelizmente, falta não só o psiquiatra como também o psicólogo, uma iniciativa de prática integrativa e complementar por exemplo.
No caso da depressão, unipolar ou co-comorbidade na bipolaridade, esquizofrenia e outras estamos nós pacientes sujeitos a intervenção constante   de "especialistas do senso comum" e "pesquisas" suspeitas como esta: "Chega de Prozac - coma iorgute. Nosso intestino tem 100 milhões de neurônios.Ao cuidar bem dele, podemos curar males como ansiedade e depressão." 20 linhas imprensadinhas, falando de uns tais probióticos que ingeridos estimulariam os neurotransmissores do bem-estar e pronto. Povo deprimido e neurótico ou desculpe-me, ansioso. CURADO! Revista Galileu/10/2011. E jornal Diário do Povo, 24/08/2014 o professor e escritor Ataualpa Filho dar sua opinião sobre "estresse, resiliência e depressão" dizendo que o amor ainda é melhor que Rivotril."Amar é antidepressivo [ ]...o maior medo é não ser amado." A estabilidade de uma relação afetiva e a fé em Deus ajudam muito no tratamento, afirma o escritor. Esquece ele que temos no país uma mulher espancada ou morta a cada dois minutos por companheiros, namorados, maridos e ex-maridos. Sem falar nas mães solteiras, abandonadas por namorados e no meio homoafetivo, também não é esse mar de rosas total. Para um depressivo um relacionamento afetivo tem duas faces, pode até ajudá-lo de certa maneira, mas é preciso ser racional o suficiente para reconhecer a vulnerabilidade individual e os riscos em determinadas relações. Tem um livro de um autor espírita com o título terrível de: "Depressão: cura-te a ti mesmo", alguém deve conhecer algum escrito por padre. Um novo filão da autoajuda religiosa.  Sandices de gente normal querendo "normatizar" a depressão que vai desde a receita da meditação adequada, alimentos que combatem a depressão, exercícios físicos, etc. A melhor crítica a este comportamento coletivo em relação a depressão  foi Artificial Happness: Felicidade Artificial, o lado negro da nova classe feliz. Livro escrito por um anestesista americano,PHD em Filosofia Política, Ronald W. Dworkin, de 2006. Edições Planeta,comprei num sebo do SALIPI por cinco reais. O autor faz um apanhado histórico da relação da medicina americana com o diagnóstico da depressão, da educação física, da medicina alternativa e finalmente da religião. Leia em:

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

MANICÔMIOS, PRISÕES E CONVENTOS: A LÓGICA DO DEJETO HUMANO.

Notícia de 01 de julho de 2014 ( 180 graus )

O Corregedor geral de Justiça, desembargador Sebastião Ribeiro Martins, visitou nesta terça-feira (01/07) o Complexo Penitenciário Major César de Oliveira para verificar as condições dos internos do Hospital Penitenciário e da Colônia Agrícola Penal instalados no local. A vistoria foi feita a convite do juiz titular da Vara de Execuções Penais, Vidal de
Freitas. Ao final da visita, o magistrado entregou ao desembargador relatório do Mutirão de Transtorno Mental realizado na 2ª Vara Criminal de Teresina, e o corregedor determinou a notificação de juízes sobre sobre reexame de processos e envio de documentação dos internos do Hospital Penitenciário Valter Alencar (HPVA).
A proposta da Corregedoria é de que os processos sejam reexaminados, a fim de que sejam mantidos no Hospital Penitenciário apenas os detentos que realmente necessitem de internação.
"Muitos internos estão sem a documentação necessária. Em alguns casos, não
se identifica o crime cometido ou a comarca. A determinação é de que qualquer interno só seja recebido com a guia de internação", afirmou o desembargador, acrescentando que essa determinação está prevista da Lei de Execuções Penais e em resolução do Conselho Nacional de Justiça.

Durante a visita, a direção do Hospital Penitenciário Valter Alencar informou a carência de medicamentos e de médicos psiquiatras. "Os maiores problemas são no tocante ao tratamento. Há apenas um médico psiquiatra fazendo atendimento e os internos não recebem a medicação adequada, uma vez que o Hospital Penitenciário não é credenciamento como estabelecimento de saúde junto ao SUS (Sistema Único de Saúde)", explicou o juiz Vidal de Freitas. A medicação dos detentos é repassada pelo Hospital Psiquiátrico.

AREOLINO DE ABREU
Outro problema apontado pelo juiz da Vara de Execuções Penais é a não disponibilização de vagas em residências terapêuticas pelo Estado do Piauí e pela Prefeitura de Teresina para receber os desinternados.

Após a realização do mutirão de transtorno mental, restaram apenas 17 processos em execução de medida de segurança em tramitação na 2ª Vara Criminal de Teresina, estando todos em dia e tendo sido desinternados todos os condenados em situação adequada para tal.
Nos próximos dias, deve ser realizada reunião entre a CGJ-PI e as Secretarias Estaduais de Justiça e de Saúde para tratar sobre a melhoria do atendimento aos internos do HPVA.

COLÔNIA AGRÍCOLA
A comissão da Corregedoria visitou também as instalações da Colônia Agrícola Penal Major César de Oliveira, como selas e quartos para visita íntima. Os internos do local são condenados por crimes de menor gravidade ou detentos em progressão de pena.


OBRAS
O corregedor, o juiz auxiliar Max Paulo e o juiz Vidal de Freitas visitaram ainda as obras de penitenciária que está sendo erguida no Complexo, com capacidade para receber 140 detentos em regime fechado.

Fonte: Com informações da Assessoria
Publicado Por: Daniel Silva
Extraído de:
 180 Graus

Notícias mais recentes sobre o caso podem enviar-nos por email: amigononinho@hotmail.com
 

VELOZES, SEM TEMPO E DEPRIMIDOS

19/08/2014 - 11:19

OMS: depressão será a doença mais comum do mundo em 2030

Ela tem início no adulto jovem ou idoso e grupos específicos como mulher na menopausa e homossexuais
Autor: Claryanna Alves
Depressão é a doença psiquiátrica mais comum que existe. Antigamente era denominada de tristeza, melancolia ou outras denominações. Hoje sabemos que a depressão tem um caráter endógeno, ou seja, de origem interna por alterações de neurotransmissores. Mas ela também tem um caráter ambiental reativo, onde o ambiente pode proporcionar o desencadear de um quadro depressivo, por exemplo, uma perda financeira grave, fim de um relacionamento ou uma doença incapacitante.
De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2020 - 2030, a depressão será a doença mais comum do mundo. Atualmente ela afeta mais de 121 milhões de pessoas.
Os pacientes diagnosticados com depressão têm dois sintomas principais: um é o humor propriamente deprimido por quinze dias na maior parte do tempo (uma tristeza incapacitante) e anedonia, que é uma dificuldade de ter iniciativa, de ter vontade de fazer novas coisas, “dificuldade de fazer novos projetos, mesmo que esse projeto seja, por exemplo, sair da cama”, explica o psiquiatra Leonardo Luz.
Dr. Leonardo Luz, psiquiatra  Foto: Gabriel Tôrres
Quanto à faixa etária mais atingida, geralmente a depressão tem um início no adulto jovem ou nos idosos, havendo grupos específicos como mulher na menopausa e homossexuais. A psiquiatra Carmita Abdo, durante o Congresso Brasileiro de Geriatria e Gerontologia, apresentou dados que, no Brasil, os mais propensos a sofrer de depressão são: 24% das lésbicas e 30%, no caso dos gays, contra 13,5% de heterossexuais. Segundo o Dr. Leonardo Luz, “essa população específica (homossexuais), apresenta duas vezes mais índices do que a população geral, devido ao preconceito como agravante”.

Ações Compensatórias
No início desse ano, a Universidade d e Oxford, na Inglaterra, apresentou o resultado preliminar de uma pesquisa realizada com um grupo de 523 comediantes de stand-up do Reino Unido, dos Estados Unidos e da Austrália, no qual chegaram a conclusão de que eles apresentaram traços de personalidade que podem significar uma pré-disposição a algum tipo de doença mental, como esquizofrenia ou depressão.
Essa questão foi levantada recentemente após a morte do ator e comediante Robin Williams por suspeita de suicídio. Assim como, a morte do comediante brasileiro Fausto Fanti, ambos sofriam de depressão e foram encontrados mortos em suas residências. Isso levou a especialistas a associarem o humor como ato compensatório e formas de lidar com o “inferno interior” de cada um.
Ator Robin Williams  Foto: Divulgação/Internet
Outras formas compensatórias de lidar com é a bebida, que no início do álcool, é um fator euforizante, onde a pessoa fica mais solta. “Porém, de fato, o álcool é depressor do sistema nervoso central. A doença é agravada pelo álcool. Há ainda compulsões como fator de conseguir um prazer mais rápido, como por compras, por jogos e, principalmente, por comida. Depressão causa, em casos mais graves, uma extrema perda de peso e em outros casos, o ganho de peso” esclarece o psiquiatra.

Tecnologias
Para alguém que está deprimido, retraído socialmente, a rede social muitas vezes pode ser vista como uma rede de suporte para interagir com outras pessoas. Por outro lado, ficar somente nas relações virtuais em prol das relações presenciais, pode não ser uma atitude saudável. Mesmo com apenas cerca de vinte anos de popularização da internet no Brasil, não ainda não é sabido muito bem como esse fenômeno está influenciando na prática a relação com essa doença. Mas “sabemos que as pessoas estão dormindo com qualidade pior e estão gerenciando pior o seu tempo por conta das tecnologias e isso, consequentemente, poderia sim, ser um fator predisponente a depressão”, expõe o Dr. Leonardo Luz.
Foto: Divulgação/Internet

Tratamento
O tratamento da depressão é medicamentoso e psicoterápico. O tratamento, geralmente, dura em média, entre seis meses e um ano, mas depende muito do tipo da depressão e da gravidade dessa depressão.
Hoje sabemos que há medicações bem modernas que rapidamente abrandam os sintomas. De acordo com o Psiquiatra Leonardo Luz, “cada pessoa tem suas substâncias, às vezes no começo do tratamento, é um pouquinho chato de ajustar qual o medicamento e qual a dose que a pessoa se adequa, mas uma vez isso ajustado, o tratamento é bem proveitoso”.
O medicamento utilizado reage devolvendo os níveis adequados de serotonina, que faz a transmissão de dados entre neurônios, para as sinapses neuronais e também moldando os os seus receptores no cérebro, fazendo com que os circuitos voltem a funcionar adequadamente. “Imagine que é como se fosse usar tomada para a passagem de energia e em um plugue se encaixe perfeitamente. Então, na depressão não há nem energia e nem o plugue de encaixar, os medicamentos estabelecem essa ligação”, explica Dr. Leonardo. 
 Extraído de:

Como podem predizer que daqui a seis ou desesseis anos este bicho, a depressão,  feito uma hidra de sete cabeças que mata-se e no seu lugar nascem mais duas habitará o íntimo de todas as pessoas? A melancolia, loucura no passado, a depressão a loucura cult da atualidade. A anormalidade universal. Parece enredo de filme de tragédias mundiais, da terra devastada, fim do mundo. Gente, o o vírus ebola já matou milhares de pessoas negras africanas e pobres, mas existe um medicação experimental que salvou a vida de dois médicos brancos americanos! Se houver interesse real, a indústria de medicação encontrará um novo PROZAC (fluoxetina) mais eficaz. Ou nosso estilo de vida moderna terá que mudar radicalmente, de volta a tranquilidade, menos trabalho e mais ócio. Menos violência urbana, menos consumismo...

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

MINISTÉRIO PÚBLICO PROMOVE ENCONTRO INSTITUCIONAL SOBRE SAÚDE MENTAL

 Encontro Institucional sobre Saúde Mental (Ministério Público do Piauí)

PROGRAMAÇÃO
8h - Abertura Solene
8h30 - Palestra: Atuação do Promotor de Justiça em saúde mental: política e propostas de atuação. Iara Maria Pinheiro de Albuquerque. Promotora de Justiça do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte. Coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde do MP/RN.
9h20 - Assinatura de Recomendação conjunta, dirigida aos Promotores de Justiça, sobre a internação psiquiátrica compulsória. Rosangela de Fátima Loureiro Mendes, Corregedora-Geral do Ministério Público. Cláudia Pessoa Marques da Rocha Seabra, Coordenadora do CAODS (MP/PI).
9h30 - Palestra: Organização da Rede de Atenção Psicossocial no Piauí. Cláudia Pessoa Marques da Rocha Seabra. Promotora de Justiça. Coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde do MP/PI.
10h30 - Coffee break
11h - Mesa redonda: A pessoa com transtorno mental em conflito com a lei no Piauí. Cléia Cristina Pereira Januário Fernandes (Corregedoria-Geral do MP/PI); Elói Pereira de Sousa Junior (Promotoria de Justiça da Vara de Execuções Penais); Ralfh Webster Cavalcante Trajano (Presidente da Associação Psiquiátrica do Piauí); José Vidal de Freitas Filho (Juiz de Direito da Vara de Execuções Penais de Teresina).
Extraído de: MP notícias


O MP do Piauí através do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde (CAODS) pelos esforços da Promotora Cláudia Seabra e equipe, incluindo outros promotores de igual valentia tem sido nosso Cavaleiro Solitário, defensor dos fracos e oprimidos na área da saúde mental. Nosso obrigada pelo convite a nossa "onguinha" e por nos dar o orgulho de está participando de mais um processo de mudança a favor de tantos usuários e seus familiares.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

A AUTOCURA DO TRANSTORNO MENTAL COMO AUTOAJUDA E SEM MEDICAÇÃO.

Que perigo! O Prozac ( fluoxetina) na década de 90 prometia a melhora em 4 garantindo a não recaída durante os dias que completassem o mês.  Agora esse "antidepressivo" virtual promete uma semana, falando horrores da "terapia tradicional". Louco já não gosta de usar medicação... cem por cento de garantia de melhora sem medicação que "trazem horrores" e faz vc ficar calmo: O despertar do amor.
http://www.despertardoamor.com.br/video-gratis-revela-os-segredos-para-superar-a-depressao/

Assista ao VIDEO GRÁTIS que Revela os SEGREDOS para SUPERAR a DEPRESSÃO:

Aumente o Volume do Som e Aguarde o Video Carregar.
Pode levar até 10 segundos, mas vale a pena esperar! ( Só ouvi um áudio para ver o vídeo tem que pagar 97,00 com total garantia de sucesso ou o reembolso do seu dinheiro! )

AUTOCURA DOS TRANSTORNOS MENTAIS: VENDE-SE!

O mercado das revistinhas de saúde baratas descobriu o filão da saúde mental, esta semana comprei uma que tem as maravilhas da berinjela na capa e nem prestei atenção, em casa descobri estratégias para combater a ansiedade antes de usar remédio, mas tem a responsabilidade de recomendar a ida a um especialista, doenças psicossomáticas tratadas no psicanalista (no SUS, na atenção básica os clínicos lascam logo a amitril (amitriptilina),não é?),a pomposa chamada no índice; Psicologia prática/Como o primeiro filho pode desencadear o transtorno bipolar.Decepção é que o artigo tem uma página só, com gravura e texto mínimo.
Agora estes links patrocinados por no Faceboock, sem alarme, mas os órgãos institucionais ligados ao campo Psi, devem pensar uma forma de coibir tais práticas que se dizem "alternativas" ao tratamento médico, psicossocial, pelo menos deveriam portar-se como Práticas Integrativas e Complementares ao tratamento medicamentoso.

https://www.facebook.com/ansiedadetratamento?sk=app_427089034046612
Como Eliminar os Sintomas da Ansiedade e Síndrome do Pânico com Uma Técnica Poderosa da Terapia Cognitiva.
Comece Aqui >> http://sempanico.com/ansiedade

MEDIUNIDADE: CAUSA DAS DOENÇAS MENTAIS MODERNAS?






Preocupante o fato de alguns links  patrocinados que aparecem no Facebook, rede social de grande acesso na web. Charlatanismo, pode parecer uma palavra antiga, desde Charcot, e a cura pelo hipnotismo e a invenção da histeria feminina, mas com toda ciência neurológica, psiquiátrica, a tecnologia fantástica das medicações psicotrópicas de última geração, mesmo com todas as acusações a indústria farmacêutica, agora pessoas realmente doentes se deparam com estas propagandas de cura. Esta não vi o vídeo, eles  dizem, mas nunca vi gratuitamente. Este anúncio diz que mediunidade causa insônia, depressão, ansiedade, vícios e doenças sem explicação, transtornos do humor,conflitos emocionais e outros.
Existe um determinismo espiritista ( várias tradições espiritualistas) que afirmam a existência de influência espiritual como causa das doenças mentais, em maior ou menor grau. Insisto sempre com kardecista e umbandistas que não digam a uma pessoa em crise mental que ela está sofrendo porque precisa "desenvolver" uma mediunidade. É perturbador, porque alguém gostaria de "desenvolver" um dom que submete a constrangimentos dolorosos. A pessoa socorrida em urgência psiquiátrica,com sintomas estabilizados ou estabilizando podem está participando das giras de cura ou sendo exposto a inúmeros recursos terapêuticos no centro kardecista como Terapias Integrativas e Complementares ao tratamento médico.



Mediunidade - sintomas
mediunidade é a sensibilidade ao extrafísico. Em outras palavras, a mediunidade é a capacidade natural, presente em todas as pessoas, de atuar como um condutor de energias que canaliza informações de um plano de existência mais sutil para outro mais denso.
O termo médium refere-se a essa capacidade que todos temos, sem excessão, de captar vibrações, sejam elas espirituais, psíquicas, telúricas, não físicas, logo não são percebidas pelos olhos físicos. E por não serem percebidas pelas olhos físicos é que se configuram em um grande desafio para a humanidade.
Isso quer dizer que se você não estudar a mediunidade nem desenvolvê-la por meio de um sistema, provavelmente você sofre com o lado negativo da mediunidade. Contudo, o foco da sua ação nunca deve ser o desenvolvimento da sua mediunidade em si, mas o desenvolvimento das suas condutas morais, do aprimoramento emocional, do desenvolvimento do amor, do perdão, das ações condizentes para melhorar a sua vida e colocar mais gentileza e alegria em cada ato.

Via de regra, a mediunidade não é o problema, mas ela só alerta que há um problema na forma como você vê o mundo e quase sempre indica que você não está sendo o que nasceu para ser. Em outras palavras, a mediunidade pode avisar que você não está vivendo o propósito da sua alma e da sua existência.
Agora que você já entendeu porque a mediunidade pode “pregar peças” na sua vida, e que na verdade ela não é a vilã da história, quero lhe falar alguns sinais de mediunidade quando você está em desequilíbrio e não encontrou o seu propósito de vida. Esses sinais de mediunidade (neste caso) costumam ser chamados de sintomas de mediunidade desequilibrada ou não desenvolvida adequadamente.

Vamos a eles:

> Mal estar em ambientes com muitas pessoas;
> Mal estar próximo há algumas pessoas específicas, mesmo que não a conheçam;
> Inquietação sem motivo;
> Transtornos de humor sem causa aparente e bipolaridade constantes;
> Antipatias injustificáveis ;
> Alterações repentinas de estados de personalidade sem causa aparente;

> Vazio no peito e sentimento angústia próxima da depressão;
> Agitação, hiperatividade e animosidade desproporcionais para situações comuns;
> Raiva, estresse e chateação desproporcionais para situações comuns;
> Transtornos do sono;
> Transtornos de ansiedade;
> Pensamentos autodestrutivos;
> Bloqueio mental e criativo;
> Desmaios sem causa aparente;
> Dores sem causa aparente;
> Insônia;
> Fobias emocionais das mais variadas;
Inscreva o seu email e descubra AGORA quais são os SINTOMAS DE MEDIUNIDADE que atrapalham sua vida. 
> Inquietação e falta de saciedade emocional;
> Perturbações espirituais de sensações de vultos e vozes que causam desconforto;
> Agudos sentimentos de menos valia e baixa estima, entre outros.

Conclusão:

Você pode perguntar-se depois de ler esse artigo: Será que estou com os sintomas das mediunidade desequilibrada?
E eu lhe respondo que se você encontrou algumas semelhanças nas resposta que é muito provável que sim. Mas o foco nunca deve ser a mediunidade em si, mas o seu crescimento como um ser que deve evoluir sempre. Se caso esse sentimento de auto-cobrança lhe tomar a mente, deixe-o de lado, e apenas dedique-se em aumentar o seu estado de amor, de compaixão, de gentileza, de gratidão pela vida e pronto!
"A mediunidade em si não é a causa, é a consequência que está mostrando que você esqueceu-se que tem um propósito de evoluir e viver sendo o que nasceu para ser!"
Se você focar nesse sentido, naturalmente a sua mediunidade será uma aliada. Pode confiar!
Se você quiser saber mais sobre o tema mediunidade, eu recomendo que você acesse um material muito especial que eu preparei. Clique abaixo e assista.

Muita Luz
Bruno J. GImenes
LUZ DA SERRA


quarta-feira, 13 de agosto de 2014

VOTO PARA CANDIDATOS COMPROMETIDOS COM A SAÚDE MENTAL.




A QUESTÃO DOS DIAGNÓSTICOS E FARMACOLOGIA NA SAÚDE MENTAL

Transtornos e sintomas: o que é ser normal?

Como a saúde deve encarar a heterogeneidade humana? Como separar interações pessoais e processos subjetivos de transtornos e sintomas passíveis de serem tratados com medicamentos? Essas preocupações sobre a condição humana também foram tema de debates no congresso.
A controvertida quinta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V) esteve na pauta de grupos de trabalho, comunicações orais e mesas redondas. Atualizado em maio de 2013, o documento — que lista diferentes categorias de transtornos mentais e critérios para diagnosticá-los de acordo com a Associação Americana de Psiquiatria (APA) — tem recebido críticas da comunidade científica.
 
Manual ‘normatizador’ e ‘limitado’
Para muitos estudiosos, o manual continua reproduzindo um modelo de atenção psiquiátrico de viés biológico e normatizador que traz como consequência a medicalização excessiva. Segundo o pesquisador canadense Laurence Kirmayer, da  Universidade de McGill, no Canadá, havia a promessa de que, em sua nova versão, o manual levasse em conta as interações pessoais e os processos subjetivos — e não apenas síndromes e sintomas clínicos. “Mas essa promessa não foi cumprida”, lamentou.
Ele avaliou que o novo documento é limitado e conservador e que não provocou quase nenhum impacto na prática psiquiátrica. “Apenas na retórica”, fez questão de acrescentar. “É preciso valorizar os contextos e os processos sociais e escutar a linguagem do paciente. É isso que pode introduzir ferramentas mais sofisticadas para os clínicos”. 
Intitulada O DSM-V e suas implicações, a mesa trouxe inúmeras provocações ao debate. A pesquisadora Sandra Caponi, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), reforçou as críticas de Laurence e disse que o manual está longe de poder ser considerado a “bíblia da psiquiatria” ou de representar a natureza das patologias com uma linguagem comum e universal. “Por se tratar de uma lista de sintomas sem sustentação científica sólida, o DSM-V não poderá ser usado como marco de referência das pesquisas científicas”, argumentou, temendo o uso meramente administrativo e burocrático do manual.
Publicado originalmente em 1952, o DSM apontava 106 categorias de desordens mentais. A cada nova edição, categorias são excluídas enquanto outras são renomeadas, reorganizadas, adicionadas. O DSM-III, de 1980, com 494 páginas e uma lista de 265 categorias, foi considerado uma revolução na prática psiquiátrica. Para Jane Russo, do Instituto de Medicina Social da Uerj, o DSM-III transformou-se em um marco por romper com a objetificação e a lógica classificatória.
Desde então, as revisões são sempre acompanhadas de muita expectativa. Jane ponderou que, apesar de todas as críticas pertinentes ao DSM-V, a revisão do manual tem o mérito de lançar luzes sobre o tema com uma preocupação de desafiar o reducionismo biológico. A plateia atenta envolveu-se no debate, tentando relacionar o relatório às discussões atuais sobre direitos humanos.
 
A palavra é ‘farmacologização’
Já há uma palavra para representar o fenômeno contemporâneo que transforma uma condição ou capacidade humana em oportunidade para intervenção da indústria farmacêutica: farmacologização — do inglês pharmaceuticalization. O termo, tema de palestra de Jonathan Gabe, da Universidade Royal Holloway, de Londres, inclui o uso de fármacos com objetivos não medicinais, como um “estilo de vida” entre pessoas saudáveis. E estende-se, segundo o pesquisador, além do alcance estritamente médico: “Pode haver farmacologização sem medicalização”.
“A obesidade, por exemplo, é tratada cada vez mais com medicamentos, e muitas vezes por meio de compras diretas pela internet”, explicou Gabe, para quem a relação direta da indústria com os consumidores é um dos principais aspectos da farmacologização. “Remédios são vistos no imaginário como pílulas mágicas”, resumiu.
Gabe propôs lançar um “olhar antropológico” sobre o fenômeno. Sem deixar de ressaltar que medicamentos podem de fato salvar vidas de pessoas que têm problemas de saúde, o pesquisador esmiuçou novos hábitos de consumidores e estratégias da indústria. Uma delas é “vender a ideia de doença”, ou seja, redefinir o que são problemas de saúde a partir do que tem uma solução farmacêutica. O que inclui renomear problemas pessoais ou as possibilidades e riscos de falhas: ansiedade social, síndrome das pernas inquietas e disfunção erétil foram alguns exemplos listados pelo estudioso.
“Vender a doença envolve também mudar as formas de governança, com a aprovação cada vez mais rápida de novas drogas para o mercado. As agências reguladoras passam a ser agentes da inovação, e não guardiãs da saúde pública”, disse ele, que considera aspecto essencial para a indústria farmacêutica alcançar a retirada dos obstáculos à livre oferta de seus produtos ao consumidor. 
O palestrante apontou também o uso crescente de remédios para fins não médicos. Segundo ele, esse tipo de utilização tem três objetivos: a normalização, ou seja, tornar-se “normal” ou ajustado a um padrão; o reparo, como no caso de tratamento da calvície; ou ainda o aumento da performance em determinada atividade, quando o medicamento é utilizado por pessoas saudáveis. “Isso já vem sendo feito na ausência de qualquer envolvimento médico, como no caso de estudantes e executivos que tomam o estimulante metilfenidato, a chamada ritalina (estimulante indicado para pessoas com transtorno do déficit de atenção e hiperatividade)”, observou. O uso crescente de antidepressivos, ansiolíticos e indutores do sono também foi mencionado por ele.
Para Gabe, a mídia desempenha importante papel na mediação da relação entre indústria e consumidores de medicamentos. Mas a sua atuação não é, na opinião do pesquisador, tão direta e maniqueísta como o da propaganda propriamente dita: a mídia pode atuar como uma “ferramenta de marketing mascarada de educação”. Sobre o lançamento de novos medicamentos, por exemplo, Gabe afirmou que “a imprensa oscila entre a idealização e a condenação”. 
Ele chamou a atenção para os anúncios e as oportunidades de compra direta de medicamentos por meio das novas mídias: “Há um fenômeno de banalização, domesticação, no sentido de tornar-se uma ação doméstica, corriqueira, cotidiana”.  Gabe disse ver a procura de novos canais e suportes para a farmacologização. 
O pesquisador lembrou ainda que as associações de pacientes de doenças raras ou crônicas têm um potencial de ativismo para regular a entrada de novas drogas no mercado, e essa característica é explorada pela indústria: “Os pacientes e familiares são grupos de consumidores informados, tratados pela indústria como parceiros”. Na análise dele, essa relação pode ser tanto boa quanto ruim para a saúde coletiva. “O poder do ativismo pode levar à resistência ou, ao contrário, ajudar a indústria farmacêutica. Vai depender se os grupos estão cooptados ou mesmo formando uma barreira para defender-se dela”, ponderou. 
 
Governança global e medicamentos essenciais
Em outra mesa, “Medicamentos e saúde global”, o historiador Jeremy Greene, do Johns Hopkins Institute, nos Estados Unidos, reforçou a importância de se compreender a força e as ações da indústria farmacêutica. O autor dos livros Will to live, sobre a epidemia de aids, e The Republic of Therapy, afirmou que a saúde vem sendo reconceitualizada em termos farmacêuticos. 
Greene, que se declarou “um estudioso do que significa ser normal ou anormal, saudável ou doente”, defendeu que o conceito de saúde é construído culturalmente e historicamente. “Precisamos ter uma sensibilidade histórica para o conceito de saúde global. O desenvolvimento tecnológico não é suficiente para explicar o redirecionamento conceitual na direção das drogas, dos fármacos”, disse. Para ele, está em curso uma comoditização da saúde e dos corpos: “Em termos globais, há um excesso de consumo de medicamentos no Norte e um subconsumo no Sul”, explicou. 
O pesquisador discutiu o contexto político e histórico da criação da Lista de Medicamentos Essenciais e de suas alterações posteriores. O documento, publicado em 1977 e atualmente na sua 17ª versão, é utilizado como modelo para a maioria das relações de medicamentos essenciais nacionais. A pergunta que a lista tenta responder é, segundo ele: “As pessoas têm direito aos fármacos?”.
“As listas de medicamentos essenciais nos países da África até poucos anos atrás eram uma total farsa porque não incluíam medicamentos contra a aids”, comentou Greene. Ao mostrar um mapa com dados sobre a gravidade da epidemia da doença no continente, ele afirmou que o estado de coisas apresentado evidencia a “falta de viabilidade moral” das políticas globais de saúde. “As listas se compõem de medicamentos que não são mais o de primeira escolha. A indústria se utiliza do argumento ‘drogas velhas para um mundo pobre’, e as empresas se articulam de maneira a não ver a ameaçada a propriedade intelectual”.
Sobraram críticas também para a Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras instituições internacionais, que, segundo o palestrante, não conseguem ter eficácia normativa para defender que as listas de medicamentos essenciais sejam atualizadas e adequadas aos Estados. “A OMS está desabando. Não é o conceito de drogas essenciais, mas a OMS que está desabando. A ideia da lista é muito válida e a OMS deve ser a guardiã”.
Extraído de:
 

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

IX JORNADA DE PSIQUIATRIA DO PIAUI

Programação:
15/08 - Sexta
16/08 - Sábado

  ;9h     Doenças Infecciosas e Psiquiatria – Dr. Raimundo Félix (HDTNP-PI)

  • 10h     Políticas de Saúde Mental: a importância das Unidades Psiquiátricas em Hospital Geral – Dr. Regis Barros (DF)
  • 11h     Análise Crítica das Políticas Públicas – Dr. William Dunningham (BA)
  • 12h     Horário de Almoço

  • 14 – 15h   PEC Presencial:  Transtornos Físicos e Depressão – Dr. Fábio Gomes (CE) * Evento exclusivo para psiquiatras da ABP /APPI

  • 15h       A judicialização do atendimento em Saúde Mental - o judiciário e o paciente – Dr. Eduardo Borges (MP-MA)
  • 16h       Vítimização e Justiça Informal no Tráfico de Drogas – Dra. Ivete Oliveira (BA)
  • 17h       Estratégias de prevenção e intervenção sobre o uso de álcool e drogas – Dr. Erikson Furtado (SP) 
Estranha no Ninho:
Cheia de expectativas quanto a fala dos vizinhos baianos, cearenses e maranhenses. Já houve uma jornada com a temática totalmente voltada para os leitos em hospital geral. Conquistados pela política de atenção psicossocial do Estado e nem sempre funcionando.
Agora o que me deixou mesmo intrigada e MUITO curiosa, que nem gato, foi esse tema privado: PEC Presencial (que será isso?) e os Transtornos Físicos e Depressão. Vou já buscar no google. 
Com muita vontade de ir, mas meu casco de jabuti bipolar me convida a contemplação, ficar quieta e eremita.Sem mais deslumbramentos. Mas irei a trabalho, preciso amarrar algumas redes e sorver mais conhecimentos na prevenção ad, trabalho atualmente com  adolescentes de áreas que oferecem alto índice de vulnerabilidade a estes jovens.


quinta-feira, 7 de agosto de 2014

REFORMA: INSERÇÃO SOCIAL PELA DESINSTITUCIONALIZAÇÃO

21 de Julho de 2014

Juliano Moreira dá continuidade ao processo de desinstitucionalização

Nesta segunda-feira (21), está prevista a saída de mais um paciente “morador”, portador de transtorno mental, do Complexo Psiquiátrico Juliano Moreira. Aos 46 anos de idade, 17 deles vividos no Complexo, Raimundo Davi dos Santos é o 44° paciente a passar pelo processo de desinstitucionalização, ou seja, deixar a instituição e retornar ao convívio familiar e social.

A intenção deste processo, que tem como base a Lei da Reforma Psiquiátrica (10.216/2001), é transformar o modelo hospitalocêntrico (hospital no centro) para a assistência à saúde mental, que não nega a necessidade de amparo à doença mental, mas valoriza, também, a importância do cuidado em liberdade e do retorno à vida social.

Deficiente visual e auditivo, Raimundo estava até setembro de 2013 sem contato com a família, até que esta realidade mudou de forma inusitada. “Foi emocionante ver o irmão de Raimundo chegando até nós para procurá-lo. Com a desinstitucionalização, somos nós, profissionais, que buscamos a família. Ver o processo inverso foi engrandecedor”, afirmou a assistente social do Complexo, Ana Isabel Carvalho Correia Lima. Ela disse, ainda, que Raimundo viajará para São Paulo, onde vai morar com familiares. “É gratificante saber que será acolhido e continuar o tratamento em um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) bem próximo de sua nova casa”, comentou.

Os CAPS estão entre os mecanismos seguros que o Ministério da Saúde instituiu para a redução de leitos no país, por meio de serviços substitutivos aos hospitais psiquiátricos. Além deles, existem Centros de Referência de Assistência Social (Cras), Residências Terapêuticas e Centros de Cooperativa e Convivência. É uma espécie de substituição às internações em hospitais psiquiátricos e tem como maior objetivo tratar a saúde mental de forma adequada, oferecendo atendimento à população, realizando o acompanhamento clínico, e promovendo o acesso ao trabalho e ao lazer, a fim de fortalecer os laços familiares e comunitários.

Quando os pacientes se deslocam para municípios mais próximos, os profissionais do Juliano Moreira costumam acompanhar seus progressos. A diretora técnica do Complexo, Marinalva de Sena Brandão, chega a se emocionar e não esconde a sensação de dever cumprido. “É um trabalho emocionante este de recuperação dos laços afetivos. A gente percebe claramente a mudança no comportamento dos pacientes quando reveem seus familiares. Os sintomas de loucura, expressados no dia-a-dia do hospital, são substituídos por sentimentos que estavam escondidos, trancados, a exemplo do amor e da afetividade”, comentou.

Atualmente, ainda existem 10 “moradores” no Complexo Psiquiátrico Juliano Moreira que, até o final do ano, serão encaminhados para as residências terapêuticas – uma ação da Prefeitura de João Pessoa. As residências terapêuticas são moradias para ex-internos de hospitais psiquiátricos que não possuem mais vínculos familiares ou ainda esses vínculos são insuportáveis, e, por isso, não teriam onde morar. “A ideia é que esses sujeitos não sejam vistos a partir de sua doença, ou mesmo como doentes, mas como pessoas que amam, sofrem, sentem alegria, estudam, trabalham, enfim, vivem”, disse Marinalva.

Serviços – O Hospital Psiquiátrico é um dos serviços ofertados pelo Complexo, que no último dia 23 de junho completou 84 anos. Ainda integram a instituição o Ambulatório Gutemberg Botelho, o Espaço Inocêncio Poggi e o Clifford – Pronto Atendimento de Saúde Mental.

O Complexo oferece ainda oficinas terapêuticas, passeios/caminhadas no campo, passeios extramuros, socioterapia, atividades físicas, participação em datas comemorativas, biblioteca, atividades religiosas, oficinas terapêuticas, futebol.

Assim que os últimos 10 pacientes forem transferidos para as residências terapeutas, o Complexo continuará a receber novos casos – graves e de crises extremas – e, em seguida, encaminhará para os CAPS.

História – O Complexo Psiquiátrico Juliano Moreira, foi fundado no dia 23 de junho de 1928, e recebeu este nome em homenagem a um dos pioneiros na psiquiatria brasileira, sendo o primeiro professor universitário a citar e incorporar a teoria psicanalítica em suas aulas, além de ter representado o Brasil em congressos internacionais como os de Paris, Berlim, Lisboa e Milão nos anos de 1900.

Onde fica e contatos – O Complexo Psiquiátrico Juliano Moreira fica na Avenida D. Pedro II, nº 1826, no bairro da Torre, em João Pessoa.

Telefones: 3218-7550 (Clifford – Pronto Atendimento de Saúde Mental); 3218-7586 (Hospital), 3218-7561 (Ambulatório Gutemberg Botelho) e 3218-7500 (Espaço Inocêncio
 Poggi).


E assim vamos indo. Mais de 10 anos de implantação da Reforma e ainda há moradores nos grandes hospitais psiquiátricos. Mas cada região e Estado é uma realidade dada. Movimento da Luta antimanicomial
precisa está atento e atuante.Quem está fora, sobrevivente não deve esquecer de tantos companheiros (as) tuteladas pela instituição, continuemos liberando os loucos para fora, para engrossar o grosso da tropa.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

SUICÍDIO DE HUMORISTA

MAIS: Ex-colegas da MTV e família comparecem ao velório de Fausto Fanti
Por FAMOSIDADES
SÃO PAULO - Franco Fanti, irmão de Fausto Fanti, revelou que o humorista estava em depressão. Ele conversou com a imprensa durante o velório do artista, que foi encontrado morto, na última quinta-feira (31).
“Depressão é um assunto muito sério. Se a pessoa fala que está deprimida, temos que prestar atenção”, comentou, acrescentando que o estado mental do comediante sofreu uma piora na última semana.
O irmão contou que o ator não quis procurar ajuda médica e que vinha apresentando um comportamento “quase obsessivo”. Além disso, parte da família não acreditava na intensidade da crise.
Outro fator importante nesta piora seria o fato de Fanti estar se separando da esposa, Karla, com quem ficou por 17 anos e teve uma filha.
Franco revelou que se aproximou de Fausto há pouco tempo, após terem esclarecido problemas do passado. “Graças a Deus vim para São Paulo e ficamos bem porque eu falei que o amava”, detalhou.
Fausto Fanti, conhecido pelo humorístico “Hermes e Renato”, foi encontrado com um cinto em seu pescoço, no banheiro de sua casa em São Paulo, na última quarta-feira (30). De acordo com a polícia, ele cometeu suicídio. Extraído de:

Plano Nacional de Prevenção do Suicídio em Portugal

Plano Nacional de Prevenção do Suicídio só vai sair do papel no próximo ano | iOnline



Pelo menos Portugal tem um plano nacional e financiado internacionalmente. Brasil copia. Todos os dias brasileiros antecipam seu óbito.





Face à limitação de recursos, DGS aguarda decisões sobre verbas internacionais


O
Plano Nacional de Prevenção do Suicídio, elaborado no ano passado pela
Direcção-Geral da Saúde, só vai começar a ser dinamizado no próximo ano.
Álvaro Carvalho, director do Programa Nacional para a Saúde Mental da
DGS, adiantou ao i que neste momento estão a terminar as
avaliações dos projectos que vão ser financiados com verbas
internacionais doadas a Portugal por Noruega, a Islândia e o
Listenstaine e, por esse motivo, optou-se por aguardar os resultados
para avançar com financiamentos e iniciativas estatais em áreas que
ficarem menos preenchidas. "O processo acabou por demorar mais tempo do
que pensávamos mas por uma questão de gestão de recursos não fazia
sentido avançar primeiro", defende.



A formação de médicos de família mas também de intermediários que
actuarão em meio escolar ou prisional são algumas das iniciativas
previstas no plano nacional, que prevê ainda mais campanhas de
informação e educação para a redução do estigma em saúde mental e
aumentar o horário de atendimento de linhas SOS.



As EEA Grants, como é conhecido este programa de financiamento
internacional destinaram neste último ciclo 10 milhões de euros a
iniciativas de saúde pública. Uma das quatro áreas em que instituições,
empresas e academia puderam até ao final de Abril apresentar propostas
de projectos tinha como princípio a melhoria do financiamento do sistema
de saúde mental, tendo disponível um orçamento de 2,7 milhões de euros.



Álvaro Carvalho adiantou ao i que os resultados sobre os
projectos financiados são esperados ainda este ano, estando a aguardar o
parecer do conselho consultivo das EEA Grants após terem tido lugar
este mês as avaliações na ACSS. Quando esses resultados forem públicos, o
responsável adianta que algumas das ideias que não forem financiadas de
acordo com as regras do programa poderão ser aproveitadas pela
Direcção-Geral da Saúde. O objectivo é construir o plano de actividades
para o próximo ano cruzando todos os projectos e usar as verbas alocadas
ao programa da DGS, decorrentes dos jogos sociais, para avançar com
iniciativas. "Neste momento a prevenção do suicídio que temos no país é
insuficiente mas temos um plano articulado e meios para o pôr em prática
como nunca tivemos até aqui", disse.



PSIQUIATRIA SEM HOSPÍCIO

POR UMA CLÍNICA DA REFORMA PSIQUIÁTRICA: COM SUBJETIVIDADE, MEDICAÇÃO COM MENOS EFEITOS COLATERAIS E MAIOR PODER DE RESOLUTIVIDADE ASSOCIADA A PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.