sábado, 22 de março de 2008

sexta-feira, 14 de março de 2008

AMIGAS DO NINHO: Notas de superação e vivência com transtorno de forma produtiva

Experiências de duas mulheres que vivem com transtorno mental, relativamente bem, produtivas, desenvolveram estratégias pessoais de convivência e superação das crises, de formas criativas e resignicativas em suas vidas.

Professora Vera Bezerra, superou as crises de síndrome de pânico, tornou-se Terapeuta Naturista, montou um projeto, que apresentou a Secretaria Municipal de Educação, foi aprovado e agora desenvolve um acompanhamento terapêutico em auriculoterapia, do in, shiatsu, orientação em florais de Bach, auxiliando no tratamento e prevenção do stress em professores e demais funcionários da escola, que regularmente registra licenças médicas por conta de acometimentos de ordem psiquiátrica. Parabéns. Tem cuidado da minha ansiedade.


Lucinda Santos vem bravamente superando os sintomas agudos da bipolaridade. Dona de casa aos 47, descobre novos significados, novas estratégias de vida. Aprende usar a internet, consciente de suas limitações e necessidades. Dá um breve sorriso, mas a gente sabe que tem mais por vir. E frequenta todas as sextas-feiras as psicoterapias na clínica Conviver. Obrigada, amiga Analienne, pela solidariedade.

segunda-feira, 10 de março de 2008

DE USUÁRIO PARA USUÁRIO


Usuários já se mobilizam nacionalmente por uma defesa intransigente da reforma psiquiátrica com serviços de qualidade, baseados numa mudança de cultura radical da forma de tratar. CAPS não pode está reproduzindo práticas manicomiais. Muita medicação, as mesmas do hospital psiq.
e a mesma forma de fazer psicoterapia, em massa, grupos de pacientes dopados até a alma, alguns mais conscientes, bem mais consciente, capaz de fazer uma crítica, lá numa crise de pânico, ouvindo um milhão de problemas somados aos seus. Pimba, pressão cai, ou sobe, passa mal. Nunca mais pisa no CAPS. Cadê o respeito a singularidade de cada pessoa? E os malditos potinhos de cerâmica continuam sendo pintados. Cadê a clínica ampliada? Que tecnologias terapêuticas novas, ou antigas, resignificadas, formais ou alternativas podem ser agregadas a psiquiatria clássica dentro destes espaços que se pretendem de reabilitação psicossocial, de manter essa pessoa que vive com transtorno mental na comunidade, a equipe empenhada em ensinar autonomia a esse sujeito, do manejo da medicação, reconhecimento dos sintomas, percepção de limites e potencialidades de se desenvolver como pessoa produtiva, ser afetivo, sexuado, estudante, etc.
Parece difícil, mas não é impossível. Usuários conscientes que são também protagonistas na implementação de políticas de saúde mental é o caminho.

A ociosidade reinante em algumas residências terapêuticas, tira o exercício da autonomia de usuários, que vem de anos de hospital psiquiátrico. É notável, algumas adaptações fantásticas de algumas pessoas já institucionalizadas, que não retornam mais a internações. É preciso técnicos que realmente se identifiquem com os pressupostos da reforma, criativos e ousados para dirigir estes novos serviços. Senão, burocracia e marasmo, tédio assolarão não só os usuários, mas comprometerão a qualidade dos serviços substitutivos.

PSIQUIATRIA SEM HOSPÍCIO

POR UMA CLÍNICA DA REFORMA PSIQUIÁTRICA: COM SUBJETIVIDADE, MEDICAÇÃO COM MENOS EFEITOS COLATERAIS E MAIOR PODER DE RESOLUTIVIDADE ASSOCIADA A PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.