Usuários já se mobilizam nacionalmente por uma defesa intransigente da reforma psiquiátrica com serviços de qualidade, baseados numa mudança de cultura radical da forma de tratar. CAPS não pode está reproduzindo práticas manicomiais. Muita medicação, as mesmas do hospital psiq.
e a mesma forma de fazer psicoterapia, em massa, grupos de pacientes dopados até a alma, alguns mais conscientes, bem mais consciente, capaz de fazer uma crítica, lá numa crise de pânico, ouvindo um milhão de problemas somados aos seus. Pimba, pressão cai, ou sobe, passa mal. Nunca mais pisa no CAPS. Cadê o respeito a singularidade de cada pessoa? E os malditos potinhos de cerâmica continuam sendo pintados. Cadê a clínica ampliada? Que tecnologias terapêuticas novas, ou antigas, resignificadas, formais ou alternativas podem ser agregadas a psiquiatria clássica dentro destes espaços que se pretendem de reabilitação psicossocial, de manter essa pessoa que vive com transtorno mental na comunidade, a equipe empenhada em ensinar autonomia a esse sujeito, do manejo da medicação, reconhecimento dos sintomas, percepção de limites e potencialidades de se desenvolver como pessoa produtiva, ser afetivo, sexuado, estudante, etc.A ociosidade reinante em algumas residências terapêuticas, tira o exercício da autonomia de usuários, que vem de anos de hospital psiquiátrico. É notável, algumas adaptações fantásticas de algumas pessoas já institucionalizadas, que não retornam mais a internações. É preciso técnicos que realmente se identifiquem com os pressupostos da reforma, criativos e ousados para dirigir estes novos serviços. Senão, burocracia e marasmo, tédio assolarão não só os usuários, mas comprometerão a qualidade dos serviços substitutivos.
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