domingo, 29 de agosto de 2010

SAÚDE MENTAL DO HOMEM GAY

Muita gente na parada da diversidade (27/08) fechando toda uma programação de discussões sobre vários temas relativo a homoafetividade, não vi nada sobre saúde mental de gays ou lésbicas. Tabu?
Tenho alguns amigos gays, intelectuais, mais de 40, depressivos, suicidas recorrentes, dependentes químicos, pessoas de saúde mental fragilizada não os vi na grande festa de muita gente jovem e alguns coroas resistentes como eu, Francisco Junior, Solimar, Alex Leite, Osmarina, Renilton , João Leite e outros e outras não menos importantes  e lindos.  O link a seguir tem informações interessantes a respeito  da: Saúde Mental do Homem Gay 

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

NINHO: CUIDADOS EM SAÚDE MENTAL JUVENIL/UFPI


Atividade: OFICINA DE SENSIBILIZAÇÃO EM CUIDADOS MENTAL JUVENIL
Local: Sala de vídeo I
Data: 31/08/2010
Facilitadores: Edileuza Lima e Airton Emerson

INTRODUÇÃO
Nos dias atuais um grande número de pessoas é diagnosticado como pessoas que viverão com transtornos mentais. Contudo, tal diagnóstico não impede a vida produtiva, amorosa ou familiar destas pessoas que, mediante tratamento, podem ser inseridas na comunidade, sem internações em hospitais psiquiátricos. Para tanto, é necessário acompanhamento médico, psicossocial e terapêutico complementar, para que essas pessoas possam autogerenciar suas emoções, controlando o estresse cotidiano, a ansiedade e o estado depressivo, o que resulta na prevenção de novas crises.
A I Oficina de Sensibilização para o apoio em saúde mental tem por objetivo proporcionar informações sobre saúde mental, com vistas a possibilitar à comunidade acadêmica informações que ajude no enfrentamento do problema.

PROGRAMAÇÃO
Manhã
8:30 - Acolhimento
9:00 - Um estranho no ninho: compreendendo uma realidade
11:00 – trocando idéias
Tarde
14:30 - A cidadania da pessoa com transtorno mental: referências legais
17:00 - A vida após um diagnóstico psiquiátrico: luto, aceitação e autogestão da medicação.
18:00 – Encerramento e acertos para os próximos encontros

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

SUICÍDIO


O Centro Espirita Mansão do Caminho promove palestras sobre suicídio:
Dia: 28 de Agosto de 2010
Local: Cine Teatro da Assembléia
Horas: 18: 45 às 21:30
Inscrições pagas (15,00 a 20,00)  pelos telefones: 3221-2606/3221-2500/8836-3415
Programação: Tribubo a Vida
                    - Kátia Marabuco - oncologista
                     Suícidio:Nunca
                    - Cesar Rocha - militar e engenheiro ( de Recife)


Não conheço os palestrantes. Sempre tenho receio de recomendar ou levar sobreviventes a palestras sobre suicídio. Todo evento tratando deste tema deveria ser assessorado por pessoas que já tentaram suicídio, não só por familiares de suicidas. As palavras nestes casos têm peso de ouro ou de chumbo. Acolhem, suavizam, dão novas esperanças ou apenas acentuam a culpa e a dor de alguém com ideação suicida recorrente. Bem, mas divulgo o evento por dividir a opinião do sociólogo  e tanatólogo da UFPI, Francisco Junior que a morte é assunto para se refletir sob visão poliocular. Sobrevivente que quiser conferir é bom ir, mas com cuidado com as emoções, principalmente se não for bom conhecedor dos princípios espiritas kardecistas.






segunda-feira, 23 de agosto de 2010

RAPIDINHA...

LOUCA PELA VIDA NO CONSULTÓRIO

Não foi no banheiro com outro louquinho. Pena! Trata-se de conversa superficial e cheia de dedos quando se encontra pessoas conhecidas no consultório. O excesso de dedos sempre são delas, meio vexadas pelo encontro, quando são colegas assistentes sociais então, põe saia justa!!!!
Dessa vez minha colega confessa que fez Terapia Cognitiva Comportamental e etc. Não tem doença mental. Por conta de um acidente e problemas sentimentais desenvolveu um transtornozinho de ansiedade e tem fibriomialgia, pressão alta e outra doença de nome esquisito que esfria os pés. Eu histérica, cansada de esperar o médico, um mundão de gente na minha frente:
 - É?? Eu só tenho loucura mesmo!

UMA QUESTÃO DE VÍNCULOS E ALIANÇA TERAPÊUTICA

Não, não estou em crise... quase! Prevenindo aparecimento de sintomas, digamos, este foi o motivo da ida ao psiquiatra. Quem acompanha o blog lembra da luta de 2008 e 2009 contra a secretaria de educação do estado do professor Antônio José Medeiros. Tiraram minha sala de aula e pronto. Andei em todas as instâncias de Direitos por aqui, do Pacheco ao Igor Sampaio e não deu em nada. Um dia incorporei a loucura e bati o pé naqueles corredores da educação e fui parar na Gerência de Saúde Mental do Estado, como assistente social, ganhando como professora e até hoje na luta para provar que sou louca, mas sou capaz, ai... agora quero sair da sala de aula da prefeitura, já tenho afastamento  periciado da sala de aula por seis meses, mas continuei adoecendo, quero agora uma disposição para outro órgão onde possa exercer atividade menos estressante. O trauma da história do Estado ainda não foi superado. 
Não deu certo, processo indeferido. Diretor da escola ameaçando mandar minhas faltas, me ligando, etc. Enlouqueci. Corri para o consultório para Dr. Edson me dizer o que fazer. Pelo menos esfriou minha cabeça, como se diz por aqui. Sorte a minha ter plano de saúde. Bia e tantos outros usuários de CAPS sofrem sozinhos e descompensam porque as equipes ainda não desenvolveram estratégias para esse usuário procurar o serviço, se sentir acolhido e continuar suas lutas diárias com autonomia. Bia está em crise aguda. Fico triste e nada posso fazer, dei-lhe esperança demais. A sociedade é egoista, como diz Dr. Edmar Oliveira, o cuidado em redes sociais é falho porque bate nesse egoismo sem ecos de solidariedade.Não tenho dinheiro para pagar mais terapias integrativas senão para mim. A moça é muito pobre. A família pauperizada de amor, familia enlouquecedora. O CAPS não funciona nesse amparo, nem em outros preconizados pela atenção psicossocial. Bia fica na rede nova, na sala da casa de um cômodo para cinco pessoas, preocupada como irá pagá-la.






sábado, 21 de agosto de 2010

A CARÍCIA ESSENCIAL: DIREITOS AFETIVO/ SEXUAIS TAMBÉM PARA LOUCOS

Depois de semanas de muito trabalho e militância o Ninho (virtual) ficou um tanto abandonado. Peço desculpas a meus tolerantes leitores e volto toda carinhosa, acreditem!!! Depois de realizar uma "ousada" oficina intitulada Sexualidade e Direitos Reprodutivos da Pessoa com Transtorno Mental, aconteceu durante a I Qualificação em Prevenção e Assistência a DST/AIDS para Profissionais de CAPS, evento promovido pela Gerência de Saúde Mental/SESAPI, 12 e 13 de agosto.
Como previa, muita surpresa por parte dos profissionais, no senso comum pensa-se que o louco tem sexualidade exarcebada. Homens são desajustados sexuais e as mulheres ninfomaníacas sem nenhum controle. Não lêem bulas de psicofármacos? Alguns causam como efeitos coalterais, frigidez e impotência. Também são negados a essa parcela da diversidade humana, leia-se população com direitos a exercer sua diferença humana sem constrangimentos, parte dos tais direitos humanos que são os direitos sexuais. Direitos reprodutivos então, sabemos de relatos bárbaros, dos chamados "sequestros" dos filhos de mães psicóticas por parentes, adoecendo mais a mãe, impedida totalmente de pensar em criar um filho, geralmente tendo como pai não outro louco, sim um homem considerado normal. Este sim, poderia ter o exercício de sua sexualidade questionada.
Com a desospitalização, o tratamento aberto o usuário estaria mais móvel, livre para encontrar o amor e mais vulnerável aos riscos das doenças sexualmente transmissíveis. Os serviços precisam promover rodas terapêuticas sobre o exercicio da sexualidade segura, não para controlar, coibir sua manifestação, mas aceitar que ela se manifeste como direito.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

PROJETO NINHO:CUIDADOS EM SAÚDE MENTAL JUVENIL

Hoje estou duplamente feliz... que até acho que tenho um pouco de febre. Pode? Como diz meu amigo e afeto precioso Nilo Neto, "nós, psicóticos se estamos tristes adoecemos e se estamos felizes também adoecemos." Febre de "sapo" como diziam na minha infância, espero!

O primeiro Encontro em saúde mental entre gays, travestis e HSH foi bem produtivo, acredito que algumas sementes foram plantadas no ativismo em saúde mental dentro dos movimentos sociais especifícos. Depois de aperrear muita gente boa ( João Leite, Marinalda e Herbeth, dentre outros), que respeito e amo e sei que são militantes sensíveis, acredito que possamos daqui algum tempo termos grupos de apoio a jovens e gays de meia idade que passem por crises mentais. O Ninho precisa urgente de um militante deste segmento para nos auxiliar com amigos do Ninho gays, com transtornos mentais, ideação suicida ou dependência química. Acho que conseguimos alguns ganchos para uma rede neste encontro. De parabéns o Coletivo Gay Mirindiba.


Outro ator que entra em cena, um filhote do Ninho muito esperado, é o projeto Ninho: Cuidados em Saúde Mental Juvenil, na UFPI, ligado ao NUPEC/CCHL. Falo filhote, porque ajudei na construção coletiva da proposta, havia uns dez nomes e em votação, ganhou o nome Ninho. Mas nossa rede é somente uma colaboradora. O projeto nasceu da necessidade cada vez mais visível da existência de inúmeras matrículas trancadas por atestados psiquiátricos, alunos que simplesmente desaparecem no inicio ou meio do período letivo, vão às aulas sintomáticos, etc. O objetivo principal do projeto é alcançar esse jovem, dar apoio e suporte em crise para que ele permaneça em sala de aula, se possível com níveis aproveitáveis para uma carreira discente proveitosa.
O projeto tem sua inauguração dia 10 de agosto com uma conferência de abertura com um precioso colaborador das lidas em saúde Dr. Francisco Passos, do departamento de Medicina Comunitária com a temática: O mal estar da civilização e saúde mental no centenário pós Freud, às 16:00 no auditório do CCHL.

PSIQUIATRIA SEM HOSPÍCIO

POR UMA CLÍNICA DA REFORMA PSIQUIÁTRICA: COM SUBJETIVIDADE, MEDICAÇÃO COM MENOS EFEITOS COLATERAIS E MAIOR PODER DE RESOLUTIVIDADE ASSOCIADA A PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.