quinta-feira, 24 de março de 2011

A LIDA CONTINUA...

O governo da saúde não anda tão saudável nesta área. Infelizmente para quem necessita da saúde pública. Hoje Cláudia Seabra ao vivo dava entrevista em canal de televisão sobre a interminável e sofrida novela dos usuários dos serviços do HUT. Terrível.
Enquanto isso, hoje também, 24, uma notinha de no máximo seis linhas no jornal Diário do Povo, numa página de política, coluna Em Tempo dizia: Areolino (título da nota) "Os pacientes que procuram o Hospital Areolino de Abreu estão tendo que esperar por vagas para internação. Famílias que vem de outros estados passam por sérias dificuldades porque não podem voltar com seus pacientes e também não tem como se manter em Teresina." colunaemtempo@bol.com.br
Nenhuma novidade nesta nota, e mais procuras teremos com a aproximação da semana santa, as familias querem viajar sem levar seus familiares com transtornos mentais, muitos não estão nem em crise aguda, ficam agitados, depressivos, nervosos com a perspectiva de ficarem sozinhos, os normais provocam a crise e internam. Essa é a função do manicômio.
Quando tínhamos uma pessoa que respondia pela gerência comprometida com a atenção psicossocial, tentava-se negociar com as equipes de CAPS dos municípios para que este paciente ficasse em seu território, ou seja seu município. Estamos a três meses sem um (a) coordenadora que acompanhe estes processos no Estado e temos na gestão do HAA, representantes da psiquiatria tradicional, a primeira coisa que fizeram foi acabar a enfermaria de crise que obrigava a familia a acompanhar seu paciente por 72 horas, acompanhado por uma equipe multidisciplinar, identificando que esta pessoa poderia sair para um serviço de tratamento comunitário, era encaminhado para os CAPS. Mantendo-se assim muita gente fora do ciclo de internações e sobrando vagas nos pavilhões. Que realmente em situações de crises agudas de crônicos, com toda dificuldade de orientação, entendimento ou não entendimento familiar ainda são necessárias.
Nos casos de pacientes de outros Estados, o SUS tem o programa Tratamento fora do domicílio, que paga passagens e diárias para a familia acompanhar seu familiar. Está na hora de começarmos a lutar por este direito para pessoa que vive com transtorno mental. Bem, que no caso do HAA o outro "Estado" é Timon, com os desmandos da prefeita Socorro Waquim por lá, tem sobrado para os usuários, que atravessam a ponte em busca do socorro em Teresina.

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PSIQUIATRIA SEM HOSPÍCIO

POR UMA CLÍNICA DA REFORMA PSIQUIÁTRICA: COM SUBJETIVIDADE, MEDICAÇÃO COM MENOS EFEITOS COLATERAIS E MAIOR PODER DE RESOLUTIVIDADE ASSOCIADA A PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.