Está acontecendo hoje, dia 05 e 06 aqui em Teresina o VI Seminário Nacional de Acessibilidade promovido pelo CREA - PI, Conselho Regional de Engenharia com o tema: “Acessibilidade: um direito de todos e um dever da sociedade”. "Um dos seus objetivos é assegurar a garantia do direito de ir e vir para as pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, por meio de debates das ações práticas realizadas por instituições e governos municipais, estaduais e federais, baseados na legislação e normas existentes." (Piauí/hoje) Acontece no auditório da justiça federal.
Na foto (blog do Pessoa) uma moto está estacionada na vaga do cadeirante. Acessibilidade é um processo de educação, de mudança de cultura. Próximo ao Centro de Apoio ao Surdo (CAS) e Centro de Apoio ao Cego (CAP) na avenida Marechal Castelo Branco, nas proximades das paradas de ônibus que cegos e surdos que vem de ônibus da Redençâo e precisam atravessar a avenida não há um sinal sonoro. Semana passado um deficiente visual quase que foi atropelado. A faixa de pesdestre está desbotada e os motoristas costumam não respeitá-la. Depois na volta para casa, a dureza é atravessar a BR na frente do Lorde Hotel para tomar ônibus para a zona sudeste. Infelizmente não vi a programação. Nestes seminários, fóruns e demais espaços de discussão de politicas de acessibilidade, geralmente as pessoas que vivem com transtornos mentais nem sequer são lembradas. Para mim devem ser espaços de luta para os movimentos da luta antimanicomial, vinte anos de reforma psiquiátrica, muitos com os CAPS nem sequer sofreram internações integrais em hsopitais psiquiátricos, com transtornos considerados graves e persistentes, como alguns quadros da esquizofrenia, estão em remissão continuada e precisam serem integrados ao mercado de trabalho ( não somos beneficiados com as cotas para deficientes em concursos públicos ), ao lazer, Teresina não tem um Centro de Convivência e Cultura voltado para nós. Está em lei não está? Precisamos cobrar nestes espaços que a sociedade, políticos que se elegem com esta bandeira da inclusão, instituições de renome social promovem. Nossos fóruns específicos não surtem o efeito necessário para que as politicas voltadas para a questão se efetivem de fato. Liguei para gerência de saúde mental, desconheciam completamente a informação do evento, aqui registro o caso grave da assistência a criança piauiense psicótica, sem escola inclusiva e atendimento realmente psicossocial, existe um único CAPS i no Estado, ligado ao prédio do HAA e nos municípios que tem CAPS I, não existe de fato um acolhimento a esta criança além da medicação e em alguns casos em nome de um "trabalho em rede" esta criança é encaminhada as APAES locais, nem falemos na confecção de um diagnóstico.
Acessibilidade para os loucos está na luta permanente contra o estigma, preconceito e invisibilidade das questões prementes da saúde mental.
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