quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

CONSULTÓRIO DE RUA E O SUS (escrito na camiseta)

Acabei de ver na televisão, num noticiário da Globo, o finalzinho de uma entrevista com a enfermeira Cláudia, que nem falou tudo que tinha para dizer porque acabou o tempo do programa, ela é a coordenadora do Consultório de Rua, projeto da FMS financiado pelo plano de enfrentamento do MS ao crack, álcool e outras drogas. Mas o que é consultório de rua? Como funciona? Onde? Em que ruas? Com quais equipes?  Como foi feito a seleção dos redutores de danos? Deram alguma vaga para usuário reabilitado? Todos esses serviços servem apenas para normal trabalhar.Não vi a reportagem toda como afirmo. Acho que nós  líderes do movimento de usuários, nossos grupos deveriam no mínimo receber alguma coisa escrita, a dependência química, sofrimento de usuários e familiares o tempo todo está à nossa porta, só temos um CAPS ad, desterritorializado das periferias (fica praticamente no centro).
Pois é, tivemos no Piaui uma organização para a conferência nacional de saúde mental que nos excluiu e levou  técnicos da FMS que estão nestas coordenações e não negociam conosco, não nos informam, nos boicotam, não levam em conta nossas informações para busca ativa. Se não temos o tal empoderamento, pelo menos o mínimo de participação enquanto controle social poderia nos ser dado, já que não podemos contar com os conselhos de saúde extremamente burocratizados  onde a gente não consegue entender a dínâmica das ações e intervenções em alguma questão específica da saúde, além daquelas votações para aprovar projetos dos gestores.
Dá vontade de dar telefone e email pessoal, endereço de todos e mandar usuário em dificuldades, em crise mental ou abstinência ligar para os técnicos do município, para o secretário. Eles ligam para nós, vem a nossa casa e a gente se vira para dar resposta. Canseira!!!

2 comentários:

Patrícia Viana disse...

Olá Louca pela vida!

Gostei muito do seu post e do seu posicionamento.
Não tenha dúvidas que essa sua iniciativa já é uma forma de controle social.
Encontrei seu blog por acaso, pois também vi a entrevista no final e fiquei curiosa. Então decidi procurar na web. Sou servidora da FMS, estou fazendo um projeto de pesquisa sobre gestão participativa e controle social na saúde e sua fala me deu uma motivação ainda maior.
Parabéns!

Anônimo disse...

Bela postagem! Estamos precisando desse tipo de reflexão.

PSIQUIATRIA SEM HOSPÍCIO

POR UMA CLÍNICA DA REFORMA PSIQUIÁTRICA: COM SUBJETIVIDADE, MEDICAÇÃO COM MENOS EFEITOS COLATERAIS E MAIOR PODER DE RESOLUTIVIDADE ASSOCIADA A PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.