Terminou o prazo de cumprimento das cláusulas do TAC assinado entre gestores do municipio e estado em 15 de janeiro de 2010. Lembremos que estas cláusulas todas foram negociadas com então secretário de saúde Firmino Filho, numa queda de braço de raposa velha e estratégica, este não queria comprometer quase em nada o município, porque sabia que ia sair para concorrer as eleições e afirmava não garantir que fossem cumpridas por quem o sucedesse. Entre as cláusulas que não foram cumpridas pelo município estão a implantação no prazo de seis meses ( a partir da assinatura do TAC) de duas residências terapêuticas, mais um CAPS- ad no prazo de um ano e a cláusula mais importante na minha concepção, além da abertura a "força" de serviços é a implantação de uma gerência de saúde mental no organograma da Fundação Municipal de Saúde, última claúsula estabelecida no TAC para o municipio, no prazo que venceu sábado, 15 de janeiro, a rede de saúde mental de Teresina já está relativamente grande, numa cidade de mais de 800.000 habitantes, os novos serviços substitutivos não são unidades de saúde como postinhos ou micro hospitais de periferia, exigem outras formas de gestão, já que a clínica da atenção psicossocial prevê fundamentalmente a inserção de pessoas acometidas por transtornos mentais na comunidade e dependentes químicos receberem tratamento médico psiquiátrico com reabilitação psicossocial. Toda esta clínica enfrenta ainda um emaranhado de desconhecimentos, preconceitos, uma mudança de subjetividade tanto do perfil do usuário quanto do trabalhador da área. É necessário que garantamos a qualidade desta assistência psicossocial.
Já passamos no MP como movimento de usuários para cobrar o cumprimento destas cláusulas pelo município, nós que estamos na ponta, como se fala, e acompanhamos as necessidades dos usuários
cotidianamente, seja no transtorno mental ou dependência química.
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