terça-feira, 19 de julho de 2011

Levantamento mostra alto número de mortes em hospitais psiquiátricos

19/7/2011 12:56,  Por Radio Agência ANP
(1’39” / 391 Kb) – A região do município de Sorocaba, no interior do estado de São Paulo, registrou 104 mortes de pacientes em hospitais psiquiátricos no último ano. As informações são do professor de psicologia Marcos Garcia, da UFSCar e do Fórum de Luta Antimanicomial de Sorocaba (Flama). As mortes ocorreram em sete unidades de saúde. Os sete hospitais da região registraram mais mortes que todos os outros de mesmo porte do estado. Foram 104 contra 93, de outras 19 unidades.
Informações do Ministério da Saúde mostram que 12% dos brasileiros necessitam de algum atendimento em saúde mental, sendo que 3% da população geral sofre com transtornos mentais severos e persistentes. Para a presidente do Conselho Regional de Psicologia de São Paulo, Carla Biancha Angelucci, a internação de pessoas com problemas mentais em hospitais psiquiátricos só causa mais sofrimento ao paciente.
“Internação não é uma solução adequada para as pessoas que vivem em sofrimento psíquico. Ela acaba sendo uma solução pontual, que isola o sujeito, que ratifica preconceitos.”
A taxa de mortalidade foi de 3,14 por mil internações, contra 1,42 óbitos registrados no resto do estado.
As sete unidades acompanhadas foram: os hospitais Santa Cruz, Jardim das Acácias, Vale das Hortências, Vera Cruz, Mental Sorocaba e Teixeira Lima. Além deles, a Clínica Salto de Pirapora também foi acompanhada. A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência está investigando as mortes.
De São Paulo, da Radioagência NP, Danilo Augusto.
19/0711


Seria interessante que um desses órgãos Conselhos Regionais de Psicologia, Serviço Social, Enfermagem ou Direitos Humanos da Defensoria Pública do Estado, Federal no Piauí fizessem algo parecido por aqui, um levantamento das causas das mortes de pacientes dentro do Sanatório Meduna e HAA nos últimos dez anos. Tenho quase que certeza que o resultado seria surpreendente, voto que o maior número de mortes será de homens dependentes químicos entre 22 a 36 anos. Infelizmente em nosso Estado a causa da saúde mental ainda  é invísível, tabu e rima com negligência e descaso.

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