sábado, 4 de junho de 2011

E ASSIM A LUTA ANTIMANICOMIAL NO PIAUI CAIU...

Lilian Martins visita Hospital Areolino de Abreu
04/05/2011 12:40
por Flalrreta Alves
Foto: Márcio Sales/Sesapi
Lilian Martins visita Areolino de Abreu
Lilian Martins visita Areolino de Abreu
A secretária da Saúde, Lilian Martins, visitou, nessa terça-feira (3), o Hospital Areolino de Abreu (HAA), referência em atendimento a pacientes com dificuldades mentais.
Acompanhada da diretora geral, Maria das Graças, e dos diretores clínicos de psiquiatria, Samuel Rego, Carlos Alberto, Edwirton Gomes Freitas, a secretária visitou os espaços do hospital e elogiou a administração do HAA. “Estou muito admirada com o trabalho que é realizado aqui, apesar de todas as dificuldades, a equipe consegue realizar um excelente trabalho e manter o hospital muito bem organizado. Estão todos de parabéns”, declara.
Na ocasião, a secretária avaliou o ambiente e certificou que o local pode ser utilizado para implantação do espaço para tratamento de pacientes viciados em álcool e drogas. “Temos recomendações do Ministério da Saúde, para que o projeto seja implantado ainda esse ano. E, conforme apresentamos ao Governo do Estado, vamos cumprir ainda esse semestre, dentro das metas dos 180 dias, a implantação desse espaço”, garante.
O projeto transfere o Centro de Apoio Psicossocial Infanto-juvenil (Caps - i) que atualmente funciona em um anexo, para dentro do próprio HAA, tornando o Centro um espaço aberto para implantação dos leitos para tratamento de álcool e drogas. A diretora do HAA reforça essa ideia. “Nós conversamos com todos os gestores do Areolino e chegamos à essa conclusão, assim utilizaremos todos os espaços do hospital e implantaremos a clínica sem muitos transtornos principalmente em relação a custos”, afirma.
A secretária Lilian Martins comprometeu-se em encaminhar a equipe de Engenharia e Gestão para avaliação do projeto. A previsão é de que até o meio do ano, o Piauí já conte com um espaço disponível para o tratamento de pacientes com problemas causados por álcool e drogas.
Governo do Estado do Piaui 


Gente de todo Brasil... alô, senhora secretária de saúde do Piauí, Lílian Martins, a senhora é uma incompetente. IN - COM- PE - TEN - TE!!! Como é que crianças psicóticas serão tratadas dentro de um hospital psiquiátrico? Onde? Em que pavilhão? Deixa eu respirar! Contar até dez... e perguntar se essa senhora, enfermeira, tem algum filho ou filha de oito, dez ou um mais ou menos vivendo com um transtorno mental e será que ela levaria para dentro do hospital Areolino de Abreu, organizadinho como ela diz. Malditos burgueses e malditos pobres analfabetos que vendem seus votos por trinta dinheiros e temos que engolir garganta abaixo esta esculhambação completa de uma rede que lutamos tanto para organizar, para uma ignorante, antidemocrática, burocrática, deslumbrada contribuir para piorar as condições reais de atendimento a saúde mental pública no Piaui.
Temos um único CAPS i no Estado que não funciona com a vocação de CAPS. É um ex pavilhão infanto juvenil, onde o conselho tutelar por encher o saco dos gestores, foi criado para colocar menor infrator, cheirador de cola, tempos bons, sem crack, nos finais da década de 90. Dr. Edmar diz em seu livro que primeiramente lá seria um pavilhão judiciário ou coisa parecida. Inóspito, branco, com móveis velhos herdados da reforma da SESAPI, sem brinquedos e sem vales transportes para as mães que moram longe. É um espaço desterritorializado da periferia onde moram os usuários do SUS. Nossas escolas estão cheias de crianças psicóticas e não temos para onde encaminhar. Crianças extremamente vulnerabilizadas por condiçôes de extrema pobreza, violência doméstica, herança genética e outros fatores. Pulam o muro, agridem, deprimem, choram ... usam carbamazepina e sujeitos a serem futuros loucos crônicos ou usuários ad. Já sofrem muito, não precisam do trauma do hospicio. Que a enfermeira Lilian leve os parentes dela para lá.
O projeto que eu fui contra desde o principio, pelo simples fato da proximidade com o HAA era da instituição de um CAPS III ad que seria instalado no Hospital Dia, espaço aberto, arborizado. É este que foi enviado para o Ministério da Saúde para receber incentivos e está nas metas do 180 dias que ajudei a construir.

O que se esperar de uma gerência de saúde mental, de técnicos que só cumprem a burocracia e pouco entendem e compram a briga antimanicomial?
Fazer? Doutores e doutoras não marcham para não sujar os sapatos brancos. Sentar e esperar a banda passar!

Não existe uma política de saúde mental infantil no Piauí, crianças psicóticas não tem a mínima chance de diagnóstico e reabilitação precoce. Os poucos neuropediatras que existem na rede SUS estão encaminhando a maioria dos casos para o CAPS i, lá esta maioria se recebe um diagnóstico ou não leva para casa cabarmazepina. Um estabilizador do humor, na mesma dosagem 200mg que é dada para um adulto. Esta maioria é empobrecida das vilas e favelas da periferia, não tem como voltar para psicoterapias (sem sei se existe algum psicólogo fazendo algum trabalho com crianças), problemas sociais que facultam crises nestas crianças não são mediados pelo serviço social. Velha prática do manicômio, só se resolve o imediato no plantão, a construção de possibilidades de resolução destas implicações que deveriam está num projeto terapêutico singular não são construídas em rede, no território.
O Ministério Público já acordou em TAC, vencido em janeiro, a retirada do CAPS i de perto do HAA e agora vão colocá-lo dentro.










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POR UMA CLÍNICA DA REFORMA PSIQUIÁTRICA: COM SUBJETIVIDADE, MEDICAÇÃO COM MENOS EFEITOS COLATERAIS E MAIOR PODER DE RESOLUTIVIDADE ASSOCIADA A PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.