A conferência municipal de saúde, infelizmente como muitas instãncias representativas do Brasil, corrompida pela falta de ética de muitos e omissão também de muitos. Em um momento crítico da saúde no municipio e Estado, com uma judicialização banalizada, nem sequer uma faixa, cartaz denúncia, nem sequer a divulgação e convite para uma manifestação que SINDESPI irá fazer dia 15 na frente do hospital infantil, onde médicos fazem greve pelo direito de operar uma fila imensa de espera.Só para citar um dos dramas atuais que vivemos.
O grupo de trabalho do controle social, onde se encontrava os "caciques", vários senhores de mais entre 50 a 65 anos e vários mandatos em conselhos de saúde, brigavam alto e no final as propostas foram mais ou menos nestas linhas: " Que o SUS opere mais depressa.", isto não é uma proposta é uma vontade do povo pobre brasileiro. Não conseguiram elaborar ou relatá-las. A organizadora das conferências municipais Elmira Maia, pegou o microfone, ralhava com os zuadentos, corrigia, deixava assim mesmo. Momento cansativo,acabou a plenária final, sem moções, sem política e sem eleição. Os caciques conseguiram mais uma vez levar o seu Manel ou os manéis e o que eles representam: desconhecimento das necessidades de saúde dos usuários, desconhecimento das políticas de saúde, dos direitos dos usuários. Não há eleição e nem tem um regimento que oriente o processo, pelo menos não é colocado ao público, com os conselhos locais, as regionais e entidades da comunidade. Os caciques passam toda a conferência pegando nomes, fazem uma lista, descartam politizados e apresentam no final, a comissão organizadora já foi embora. Só a Amparo Oliveira lá, cansada. Se dizem eleitos e a outra mais da metade de usuários não tem direitos nenhum. Um grupo mais consciente do maquiavelismo que reina na escolha dos delegados, grupo que aderi e ajudei a liderar não conseguimos ainda desta vez quebrar com a manipulação dos eternos caciques que a toda conferência vão para Brasília e escolhem quem levam. Depois Mabrir chama alguns e faz uma lista de suplentes. Eu hem! Não concordo, mas eu e Alexandre da Âncora, colocamos nossos nomes e vamos está lá na estadual novamente falando de ética no processo. Pensamos as propostas, lidamos com usuários todos os dias, estamos na linha de frente com os diversos segmentos saúde mental, AIDS, luta dos trabalhadores em saúde e outros e quem vai para Brasilia para conferência nacional nos representando são eles, os mesmos que nos excluiram do processo na conferência de saúde mental ano passado, uma conferência que foi conquistada pelos usuários que militam.
Os manéis devem ser eleitores da deputada estadual mais bem votada, Lílian Martins, secretária de saúde.
A ausência de gestores delegados. Professora Tânia, mulher ocupada, famosa por não participar de nenhum evento todo e outros que estavam como delegados faltaram e isso fez com que todos nossos trabalhadores, representantes do coletivo de saúde mental fossem eleitos delegados. Um registro triste foi a ausência absoluta das colegas da gerência de saúde mental do Estado. É chato discutir política de saúde? Mas se não contribuimos para que seus espaços representativos melhorem eticamente, nossa omissão colabora para não concretização das políticas públicas que precisamos para o exercício de nossas profissôes na saúde.
Nenhum comentário:
Postar um comentário