segunda-feira, 18 de abril de 2011

24 ANOS DO DIA NACIONAL DA LUTA ANTIMANICOMIAL

O Dia Nacional da Luta Antimanicomial faz 24 anos!
Para aqueles que acreditam em um mundo sem grades, onde toda e qualquer diferença é bem-vinda, o 18 de maio significa o enfrentamento do estigma que ronda a pessoa que sofre com o transtorno mental, reafirma seu direito de um tratamento público, integral e de qualidade e a possibilidade de exercer sua cidadania.

Vivemos em tempos de privatização. Passados mais de 20 anos da criação do Sistema Único de Saúde (SUS), torna-se necessário reafirmar os valores e princípios da Reforma Sanitária e da Reforma Psiquiátrica Brasileira, sobretudo os ideais de ampliação da esfera pública e de transformação social que motivaram essa importante conquista da sociedade brasileira.

Os princípios da saúde pública brasileira, conquistados por anos de luta de movimentos populares, grupos comunitários, usuários, familiares e seus trabalhadores, permanecem sendo atacados pelos segmentos que se opõem à ideia de um Estado solidário e democrático e à construção de políticas sociais redutoras das desigualdades, universalistas e com controle social.

É por isso que em 2011 reafirmamos a defesa do SUS e dos Direitos Humanos, combatendo as estruturas manicomiais que apostam na exclusão social e no isolamento. Por incrível que pareça, ainda permanecem as denúncias constantes de violências e mortes sem apuração em uma fragrante violação de Direitos Humanos.

As respostas pautadas na exclusão e no isolamento resistem e conseguiram aprovar a criação de leitos em Comunidades Terapêuticas, opondo-se claramente às deliberações da IV Conferência Nacional de Saúde Mental - Intersetorial, colocando em risco a implementação de uma rede de atenção para usuários de álcool e outras drogas pautados pelos princípios do SUS, da redução de danos e da Reforma Psiquiátrica.

Neste momento, queremos também marcar nosso compromisso histórico com os movimentos sociais antimanicomiais. É hora de avançar na construção de redes intersetoriais que possibilitem a diversidade do cuidado, a crítica, a ética e o respeito. Redes que ampliem a possibilidade de construção de um modelo de desenvolvimento solidário, diverso e com justiça social.

A Semana da Luta Antimanicomial de 2011 convida a Economia Solidária, a Juventude, a Cultura e outros segmentos a se juntarem na construção deste outro mundo possível: Em defesa do SUS e pelo fortalecimento das Redes Antimanicomiais!

Este projeto conta com os apoios de:

Associação Brasileira de Saúde Mental - Abrasme
Associação Vida em Ação
Fórum da Luta Antimanicomial de Sorocaba - Flamas
Rede de Saúde Mental e Economia Solidária
Sindicato dos Psicólogos do Estado de São Paulo - SinPsi

Este evento acontece em São Paulo, com uma  programação bem engajada, em Teresina ainda não ouvi falar ou vi qualquer cartaz. Estou postando para chamar a atenção mais uma vez de nossos técnicos antimanicomiais, o CRP (Conselho Regional de Psicologia) nunca se manifestou no front da reforma psiquiátrica por aqui. Vagamente lembro dos estudantes da FACIME de algumas particulares, Victor Marchel e alguns amigos. As coordenações de CAPS de Teresina também não farão, talvez nem sequer trabalhem essa temática com usuários no mês de maio e a gerência de saúde mental do Estado, entulhada em burocracia crackiana e técnicos alheios a luta antimanicomial só lembrarão desse dia se lerem este post ou receberem email de nossa engajada Lúcia Rosa. O Ninho é pequeno, sem militantes, constituídos de usuários fragilizados por sintomas. Esperar... e ver a banda passar. 

Um comentário:

Wander Veroni Maia disse...

Olá! Bom dia!

Sou Wander Veroni, jornalista, trabalho no Portal Minas Saúde, do canal Minas Saúde, vinculado a Secretaria de Estado de saúde de Minas Gerais.

Estamos fazendo uma série de reportagens sobre saúde mental e reforma psiquiátrica e gostaríamos de conversar com o editor do blog, para ele participar de uma entrevista.

Meu email: wander.veroni@gmail.com

Aguardo retorno.

Abraço

PSIQUIATRIA SEM HOSPÍCIO

POR UMA CLÍNICA DA REFORMA PSIQUIÁTRICA: COM SUBJETIVIDADE, MEDICAÇÃO COM MENOS EFEITOS COLATERAIS E MAIOR PODER DE RESOLUTIVIDADE ASSOCIADA A PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.