terça-feira, 19 de abril de 2011

CRACK: CONSTRUINDO UM CONSENSO!

Aos poucos o "enfrentamento" parece que vai se transformando em "cuidados". Hoje em jornal local matéria sob um título: Saúde Pública, falava de ações de mais uma frente parlamentar de ações contra o crack, da assembléia legislativa do Piauí, mesmo que as ações descritas nada tivessem a ver com saúde. O seminário ainda de enfrentamento, acontecido hoje (19/04) tem sua programação voltada para a formulação da atenção integral ao dependente de crack. Ontem, em entrevista a um canal de televisão, logo após as cenas da caminhada promovida pela câmara de enfrentamento no domingo, Célio Barbosa, coordenador da Comunidade Terapêutica Fazenda da Paz, fez uma fala mais múltipla, diferente de anteriores, que dizia que no Brasil não havia políticas públicas de saúde para a questão das drogas, porque as comunidades terapêuticas não tinham leitos conveniados pelos SUS. Ontem falou que há recursos, admitiu que alguns usuários, pacientes na fala dele, não se adequam ao tratamento fechado, outros já não se adequam aos CAPS ad. Segundo o Diário do Povo (19/04), Célio afirma que o governo está quitando parceladamente as dívidas com a comunidade terapêutica. Sabe-se que existe uma lista de espera enorme de candidatos a tratamento. Não sei se ainda custa um salário mensal. Enquanto isso, o projeto de CAPS ad III, que usaria o espaço do Hospital Dia do Areolino de Abreu parece que morreu na praia, depois de aprovado nas bipartites da burocracia e projeto não sei se enviado para o MS. E o TAC da Ministério Público que obriga a prefeitura abrir mais um CAPS ad durante todo ano de 2010, vencido em 15 de janeiro de 2011, também não foi cumprido e imagino que não esteja pagando multa por descumprimento. Se eu tiver errada alguém me corrija. Outro desastre é a ausência de tratamento para mulheres dependentes quimicas, colocada por Célio e já há muito discutida por aqui. O Ninho aprovou na conferência municipal de saúde mental intersetorial a proposta da construção de um CAPS Mulher, atendendo reinvindicações da associação de prostitutas do Piauí - APROSPI, que acompanha um significativo grupo de mulheres vitimizadas pela dependência.

Luta contra o crack Seminário de enfrentamento começa nesta terça
O uso de crack no país tem deixado a categoria médica em alerta. Diante disso, o Conselho Federal de Medicina (CFM) intensificará a discussão sobre a luta contra a droga, cuja dependência tem características epidêmicas e gera graves problemas nas áreas social e da saúde pública. Na próxima terça-feira (19), acontece na sede da entidade, em Brasília, o Seminário Crack: Construindo um Consenso, durante o qual devem ser formuladas as bases de protocolo de assistência integral ao dependente.

Já estão confirmados para o encontro o coordenador de Saúde Mental do Ministério da Saúde, Roberto Tykanori, o consultor da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, José Manoel Bertolote, e os senadores Ana Amélia e Wellington Dias, da Comissão Temporária de Políticas Sociais sobre Dependentes Químicos de Álcool, Crack e Outras Drogas.

O seminário pode ser acompanhado em tempo real pela internet. Para isso, há um link no hotsite oficial do evento – www.enfrenteocrack.org.br. Serão proporcionadas imagens de alta qualidade sem a necessidade de instalação de programas. Os internautas também podem participar encaminhando perguntas ou contribuições pelo MSN (contato@enfrenteocrack.org.br) e pelo Twitter (http://twitter.com/enfrenteocrack).

Debates - A programação dá continuidade ao trabalho iniciado no ano passado, quando o CFM promoveu, em parceria com os conselhos regionais de medicina, o I Fórum Nacional sobre Aspectos Médicos e Sociais Relacionados ao Uso do Crack. Ao longo de 2011, outras atividades estão previstas a partir de iniciativa da Comissão de Ações Sociais do Conselho Federal.

A meta é estimular o debate e a tomada de ações concretas focadas na assistência dos usuários da droga e na construção de uma política de capacitação de médicos e de outros profissionais da saúde para o enfrentamento do problema. “O CFM está consciente da dimensão social da saúde e das influências exercidas sobre ela por fatores sócio-econômicos. As suas ações institucionais são orientadas por um paradigma que enfatiza a dignidade humana e a saúde como bem estar geral do indivíduo – físico, mental e social. Portanto, situações como essa, de uso disseminado de crack, exigem esforços preventivos e terapêuticos que não podem estar dissociados das ações governamentais e comunitárias indispensáveis à justiça social", disse o 1º vice-presidente do CFM, Carlos Vital.
No Seminário Crack: Construindo um Consenso, estão programadas duas mesas de debate. Pela manhã, será discutida a criação de um protocolo de assistência médica ao usuário. À tarde, os participantes discutirão propostas para assegurar ao dependente do crack acesso à assistência integral, conforme previsto pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Confira a programação:

Crack: construindo um consenso
Data: 19 de abril de 2011
Local: Auditório do CFM (SGAS 915, Lote 72, Asa Sul, Brasília, DF)
8h – Credenciamento
8h15 – Abertura
Carlos Vital Tavares Corrêa Lima – Vice-Presidente do CFM
José Luiz Gomes do Amaral – AMB
Cid Carvalhaes – Presidente da Fenam
Senador Wellington Dias – Comissão Temporária de Políticas Sociais sobre Dependentes Químicos de Álcool, Crack e Outras Drogas - CASDEP
Roberto Tykanori Kinoshita – Ministério da Saúde
Conselho Nacional de Justiça
9h – Palestra: Protocolo da Organização Mundial de Saúde sobre crack
José Manoel Bertolote – Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas
9h30 às 11h - MESA: Protocolo de Assistência Médica ao Usuário de
Crack
Presidente: Henrique Batista e Silva
Moderador: Carlos Vital Tavares Corrêa Lima
Palestrantes:
- Jane Lemos – Associação Médica Brasileira
- Salomão Rodrigues Filho – Conselho Regional de Medicina de Goiás
- Carlos Alberto Iglesias Salgado – Câmara Técnica de Psiquiatria do CFM
- Ronaldo Laranjeira – Associação Brasileira de Psiquiatria
11h às 12h30 – Debates
12h30 às 14h – intervalo para almoço
14 às 16h - MESA: Protocolo de Assistência Integral ao Usuário de
Crack
Presidente: Ricardo Rezende Figueira
Moderador: Ricardo Paiva
Palestrantes:
- Maria Lúcia Garcia – Docente da Universidade Federal do Espírito Santo
- Cléo Borges – Câmara Técnica de Medicina de Família e Comunidade
- Francisco Glauberto Bezerra - Ministério Público da Paraíba
- Enildes Monteiro – Assessoria e Assistência Terapêutica em Saúde - Assista
- Laudeci Vieira dos Santos - Conselho Nacional de Saúde - Alessandra Schneider - Conselho Nacional de Secretários de Saúde
16h às 17h30 - Debates
18h – Encerramento
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Setor de Imprensa
Conselho Federal de Medicina(61) 3445-5940
www.portalmedico.org.br

Autor: Assessoria
Fonte: www.NAHORAONLINE.com

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