quinta-feira, 29 de setembro de 2011

GERÊNCIA DE SAÚDE MENTAL: GESTÃO AFETIVA

FELICIDADE: PLANO B

Passei muito tempo depois do grande surto (1991), fazendo questão de relembrar a perda da razão. O "eu dividido". Embora muitas lembranças fossem dolorosas e que me envergonhavam e algumas ainda envergonham e eu não fale delas até hoje. Era preciso lembrar. Eu não sabia nada do manejo dos sintomas. Lembrar de correr e tirar a roupa na rua. Há alguns anos atrás louco que era louco, corria. Sou então uma louca clássica. Lembrar era de certa forma escapar da vida sob o fio de uma navalha, achava como a maioria das pessoas normais que se surta de uma hora para outra. Então cultivava as lembranças do hospital, das fugas, de ficar amarrada a cama em casa quando minha familia me encontrava, dos amigos (graças a Deus sempre tive muitos e alguns muito fiéis), lindos amigos que me arrancaram literalmente de uma internação no Meduna, com argumentos que eu não era louca. Convenceram minha mãe a pedir alta ao Serviço Social.
Mas comecei a escrever justamente pela lembrança que me veio, dolorosa... mas que me fortalece nessa hora de luta: uma internação na extinta clínica ATENDE, lugar pequeno, escuro, na crise aguda e já medicada via as coisas como que esfumaçadas, a realidade não se configurava em sua totalidade. Havia várias pacientes num quarto, não sei precisar na distância do tempo. Uma em especial, mulher elegante, cabelo preto, uns trinta e pouco anos, numa cama talvez perto da minha,  não sei. Mas eu tentava molhar seu cabelo, jogar água nela e esta pedia ajuda. Tentava ser tolerante, colocava suas mãos como proteção, então o técnico de enfermagem me contia e nesse momento, eu dizia coisas que não tenho coragem de escrever aqui. Só lembro das noites, não lembro dos dias.Seu Valério trabalha no HAA, por sua vez eu havia trabalhado com a esposa dele também da enfermagem na clínica Santa Fé, sempre que o vejo, sob seu "olhar clínico" conferindo a "minha cura", dou um abraço no meu cuidador. Tive muita aminésia, as pessoas, a familia me contam coisas sem sentido que fiz.
O acontecimento que parece simples exposto acima tem toda uma dimensão de significados para mim  que somados a luta pela reconquista da razão após três outras internações mais longas, Meduna e HAA me colocam entre aqueles que viveram experiências subjetivas radicais como nos compreende Eduardo Mourão Vasconcelos.
Todos nós olhamos o mundo de forma singular. Ontem a partir da experiência da loucura ( e conhecimento sociológico, com mania de ler as entrelinhas, sempre), como diz Mary Barnies em Viagem através da Loucura, ela que viveu a experiência de Kingsley Hall, que em crises pintava as paredes de fezes, em certo momento de estabilidade de sintomas, da vida, diz que não gosta não é exatamente da loucura, mas da desorganização que esta provoca. " [...] os seios que ela rabiscava, pincelava, lambuzava e borrifava em Kingsley Hall inteiro não eram seios comuns .... eram feitos de merda, tão fedorentos que as pessoas respiravam convulsivamente, ao entrarem num cômodo." A loucura fede. Lembro de Gislene de Bom Jesus, entrei no seu quartinho com grades, sentei com os pés encima do mijo e as fezes no espaço que seria banheiro ainda sem sanitário. Lembro de ontem no encontro de coordenadores de CAPS, alguém teve a idéia de vestir pacientes (estes ainda não tem idéias politicas que entendam que são usuários de um serviço de saúde pública, cidadãos de direito) com camisetas com uma frase: " Me abrace..." e em homenagem ao trabalho de um usuário artesão, uma flozinha vermelha do lado. Flor, perfume, fedor, tudo no inconsciente?
Um fato chamou-me a atenção, o número de pessoas das residências terapêuticas, principalmente a do Memorare deficientes mentais, ex moradores do HAA, um rapaz sem coordenação motora, a cuidadora dava água na boca. Deixemos o amor piegas, disse a mim mesma já insultada por assistir uma cerimônia extremamente longa de elogios ao governador e a governadora, digo  a esposa secretária de saúde, que como as gestoras representantes desta, afirmaram que o CAPS i apenas será reformado, apesar de haver um termo de conduta assinado pela SESAPI de retirada deste de fora do hospital HAA, proposto por Dr. Edmar Oliveira, do Ministério da Saúde, que assessorava o grupo de trabalho que provocou várias e positivas mudanças no atendimento ao usuário. Não desistiremos de lutar para melhorar mesmo o CAPS i, para que crianças hoje de alguma maneira diagnosticadas com diversas síndromes dentro dos transtornos globais do desenvolvimento não sejam amanhã um problema nos  serviços substitutivos para psicóticos como hoje o são, ou o morador do HAA.

O que não me deixaram dizer ontem - geralmente digo para as forças inimigas que não comparecerei  - é que as dificuldades dos CAPS é cumprir as principais funções para que foram criados, substituir o hospital psiquiátrico, que estão bem vivos na rede, com seus leitos como retaguarda, é preciso admitir, e a reinserção social, através da articulação de toda uma rede de atenção ao usuário, por questões estruturais como financiamento, recursos humanos mínimos ( temos um único CAPS i estadual e um só psiquiatra no momento), total falta de prática e inventividade na área da geração de emprego e renda, predominando a mentalidade que o louco é improdutivo. É necessário mais do que abraços nos loucos mansos e cheirosinhos para que a politica nacional de saúde mental se realize neste Piauí.

Mas uma coisa boa da gestão afetiva: espero que alcance a familia Clemente, caso emblemático de uma familia toda de transtornados, que não conseguem se livrar da sujeira dentro de casa. Uma moça que trabalha ao lado, da Gerência trouxe o caso. Só eu averiguei, liguei para os serviços próximos, comprei kit de material de limpeza e mandei por esta moça. Nenhum outra técnica se comoveu de "amor". Vou ligar para Fátima Rosado e falar desta primavera de amor na saúde mental e sugerir para que ela  peça ajuda da gerência.  Aproveitar, porque amor é coisa rara.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

CAPS II: I Café da Saúde Mental – “Um passo a mais” - Parnaíba - Piauí - 180graus

CAPS II: I Café da Saúde Mental – “Um passo a mais” - Parnaíba - Piauí - 180graus

Combate às praticas manicomiais nos CAPS: por festas do desmame, caminhadas do orgulho louco,
festa do primeiro emprego protegido... o manicômio festeja todas as datas comemorativas com muita comida,
mães, pais, juninas, natal. O haloperidol dá fome e os técnicos acham que nossa mente ficam no estômago.

MORADIA DIGNA PARA PESSOA COM TRANSTORNO MENTAL

OMISSÕES / DESENVOLVIMENTO REGIONAL
20/09/2011 - 16h47
CDR aprova projeto para garantir moradia digna a pessoas com deficiência 
A Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) do Senado aprovou nesta terça-feira (20) projeto de lei que trata do direito à moradia das pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida. O projeto agora segue para a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), onde será analisado em decisão terminativa.
Da senadora Angela Portela (PT-RR), o PLS 78/11 modifica a Lei 7.853/89, que trata dos direitos das pessoas com deficiência, para assegurar a elas e às pessoas com mobilidade reduzida o direito à moradia digna. De acordo com o texto, serão reservados a esse grupo 3% das unidades integrantes de programas habitacionais de interesse social, preferencialmente em andar térreo.
O projeto também altera a Lei 10.098/00, que promove a acessibilidade, para estabelecer a prioridade nos procedimentos de distribuição e aquisição de apartamentos térreos localizados em conjuntos habitacionais.
Em sua justificativa, a senadora argumenta que o princípio da igualdade material implica o tratamento desigual dos desiguais e, por isso, o legislador deve assegurar eficácia às normas constitucionais que determinam a proteção das pessoas com deficiência. Estas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), representam 14,5% da população brasileira, mas vêm sendo prejudicadas em seus esforços de integração social por morar em locais inadequados ou não adaptados.
No parecer favorável à aprovação do projeto, o relator, senador Ciro Nogueira (PP-PI), afirmou que a proposição coopera para dar efetividade ao direito à habitação, garantido pela Constituição Federal. As emendas aprovadas, segundo o relator, foram para o melhor entendimento do projeto, sem prejuízo ao mérito.  
Correção monetária
Na mesma reunião, a CDR rejeitou o PLS 296/2010, do senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE). O projeto buscou acrescentar às leis vigentes dispositivos para determinar que nos empréstimos para aquisição da casa própria integre a composição da renda familiar o somatório de todas as rendas das pessoas que convivam em uma mesma unidade familiar e para flexibilizar o processo de comprovação de renda.
De acordo com o relator, senador João Alberto Souza (PMDB-MA), a contagem da renda de todas as pessoas que convivem em uma mesma unidade familiar para fins de composição da renda poderia desvirtuar a realidade financeira daqueles que buscam o benefício do programa Minha Casa, Minha Vida, que tem condições especiais para famílias com renda de até três salários mínimos. O projeto segue para a análise da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), em decisão terminativaÉ aquela tomada por uma comissão, com valor de uma decisão do Senado. Quando tramita terminativamente, o projeto não vai a Plenário: dependendo do tipo de matéria e do resultado da votação, ele é enviado diretamente à Câmara dos Deputados, encaminhado à sanção, promulgado ou arquivado. Ele somente será votado pelo Plenário do Senado se recurso com esse objetivo, assinado por pelo menos nove senadores, for apresentado à Mesa. Após a votação do parecer da comissão, o prazo para a interposição de recurso para a apreciação da matéria no Plenário do Senado é de cinco dias úteis..
Elina Rodrigues Pozzebom e Isabela Vilar / Agência Senado

(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
 
Pessoas com transtornos mentais também tem mobilidade reduzida e péssimas condições moradias acentuam o  número de crises, de sofrimento da familia. Esse projeto precisa se estender aos psicóticos ou familias que os tenham em quartinhos, em internação domiciliar, não chamo mais de cárcere privado: o hospital psiquiátrico pode matar e a rede CAPS tem se mostrado ineficiente na articulação com outras politicas e serviços para o atendimento da maioria destes casos, pelo menos no Piauí. Que "humanize" os quartinhos. 

terça-feira, 27 de setembro de 2011

QUAIS SÃO OS NÚMEROS REAIS DO SUICÍDIO EM TERESINA?

O Centro de Valorização da Vida - CVV é uma das organizações não-governamentais mais antigas do Brasil - em 01/03/2012 completará 50 anos - é um serviço reconhecido como de utilidade pública federal pelo decreto lei nº 73.348 de 20 de dezembro de 1973, e o que pouca gente sabe é que desde o ano de 1985 existe um posto do CVV em Teresina prestando esse tipo de ajuda humanitária de cunho emocional.

O CVV é um serviço voluntário e gratuito de apoio emocional, oferecido a todas as pessoas que querem e precisam conversar sobre suas dores e descobertas, dificuldades e alegrias.  O CVV é associado ao Befrienders Worldwide (
http://www.befrienders.org/ ), entidade que congrega instituições de apoio emocional e prevenção do suicídio em todo o mundo.
Em 2004 e 2005 fez parte do Grupo de Trabalho do Ministério da Saúde para definição da Estratégia Nacional para Prevenção do Suicídio. 

Conheça um pouco das ações desenvolvidas pelo CVV acessando o link a seguir:
http://www.cvv.org.br/site/boletins/boletim_437/index.html o BOLETIM ONLINE mostra detalhadamente as cidades onde existe um posto CVV, como são desenvolvidas suas ações, apresentação das comissões nacionais/regionais, e comunicação interna/externa, etc. 



O CVV é um trabalho voluntário de atendimento ao público que vê "o Outro em primeiro lugar", acolhe com integralidade independente de classe social, clero, raça, sexo, etc. assegurando sigilo e confidencialidade em seus atendimentos gratuitamente. É um trabalho apolítico, desvinculado de religião e sem vínculo empregatício, atende todos os dias, inclusive domingos e feriados, e os voluntários desenvolvem ações comunitárias em empresas, colégios, presídios, ógãos/eventos públicos e privados.


O voluntariado do CVV em Teresina atende por telefone e pessoalmente no Posto de Atendimento localizado na Rua Álvaro Mendes, 861, Centro, atrás da Prefeitura Municipal de Teresina, em uma sala cedida pela SEMTCAS – Secretaria Municipal de Trabalho,Cidadania e Assistência Social.

Finalizando, gostaria de solicitar a você que me ajude a divulgar o trabalho voluntário do CVV em Teresina repassando este e-mail a todas as pessoas de sua lista de amigos na internet...conto com sua colaboração nessa “corrente do bem”.....

Um abraço afetuoso

Eyder Mendes Vilanova e Silva
Coordenador de Divulgacão do Posto CVV Teresina


Na semana de 10 de setembro, dia nacional de combate ao suicídio, um jovem de 24 anos enforcou-se bairro, novo morador. Não consegui saber muito sobre ele. Comentários populares é que vivia uma decepção amorosa. Há uma incidência numerosa de casos em Teresina, tabu, não se fala, pesquisas duvidosas não promovem nem discussão acadêmica sobre a temática.
Email de Cláudia Santos / Brasilia

POR "TORTURAS NUNCA MAIS" NA SAÚDE MENTAL!!!!

RELATÓRIO SOBRE MAUS-TRATOS É ENTREGUE A ONU

Um relatório descrevendo 76 casos de maus-tratos a pacientes internados em instituições psiquiátricas foi entregue hoje à representante do Brasil no Subcomitê para Prevenção da Tortura da Organização das Nações Unidas, Margarida Pressburger.
As denúncias, que incluem casos de mortes de pacientes, foram recebidas pelo Observatório de Saúde Mental e Direitos Humanos da Rede Internúcleos de Luta Antimanicomial, e organizadas pelo Conselho Federal de Psicologia.
"Nossa preocupação é fazer avançar a reforma psiquiátrica. Ainda hoje, temos hospitais que violam direitos humanos, fazendo a segregação de pessoas", afirmou o presidente do conselho, Humberto Verona.

Leia a notícia na íntegra:
III ENCONTRO DE COORDENADORES DE CAPS DO ESTADO DO PIAUÍ
28 e 29 de Setembro de 2011
APPM – Centro Administrativo s/n
(86) 3216-3562

P R O G R A M A Ç Ã O

28/09/2011 – QUINTA – FEIRA

08h00 – MESA DE ABERTURA
Josileide Lima da Silva Trindade (Leda Trindade) - Gerente de Atenção à Saúde Mental/SESAPI
Apresentação Cultural do Coral dos usuários do CAPS I de União

09h30 – MESA 01
Dificuldades encontradas nos Centro de Atenção Psicossocial – CAPS
Mesa 01: Usuários da Ancora e Socióloga e Assistente Social Edileuza Lima / Amigo no Ninho, Enfermeira Tânia Penafiel, Psicóloga Idalina de França e Assistente Social Thais Guimarães
Mediadora: Maria do Rosário Nunes C. Costa – Coordenadora de CAPS/SESAPI
Debate

12h00 – ALMOÇO

14h00 – MESA 02
Apresentação das experiências exitosas dos CAPS
Mesa 02: coordenadores do CAPS de Água Branca, Bom Jesus, Luís Correia e Piripiri
Mediador: Josileide Lima da Silva Trindade (Leda Trindade) - Gerente de Atenção à Saúde Mental/SESAPI
                                                                                                              
29/08/2011 – SEXTA – FEIRA

08h00 – MESA 01
Gestão no Serviço de Saúde: desafios de uma nova era
Mesa 01: Psiquiatra Gioconda, Psicólogo Leonardo e Política Nacional de Humanização - Eloides
Mediadora: Maria de Deus Alcântara – Socióloga e Técnica da Gerência de Atenção à Saúde Mental
Debate

10h00 – MESA 02
Apresentação da Rede de Saúde Mental
Mesa 02: Josileide Lima da Silva Trindade (Leda Trindade) - Gerente de Atenção à Saúde Mental/SESAPI
Debate

12h00 – ALMOÇO

14h00 – MESA 03
10 ANOS DA LEI 10.216/2001 – AVANÇOS E DESAFIOS
Mesa 03: Josileide Lima da Silva Trindade (Leda Trindade) - Gerente de Atenção à Saúde Mental/SESAPI
15h00 – MESA 04
IV CONFERENCIA NACIONAL DE SAÚDE MENTAL INTERSETORIAL: O CONTROLE SOCIAL NO CONTEXTO DO SUS E DA REFORMA PSIQUIATRICA
Mesa 04: Participantes da conferência.
Mediador:
Debate
18h00 – ENCERRAMENTO E RECOMENDAÇÕES

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O ESTADO DO BEM-ESTAR SEM DROGAS???

"O PODER PÚBLICO NÃO SE PREPAROU PARA A EPIDEMIA DE DROGAS"

Quando trabalhava como secretário de Saúde de Campo Grande, Luiz Henrique Mandetta se deparou com usuários de droga pedindo para receber tratamento para deixar o vício. No entanto, em várias situações, não teve como atendê-los, pois não há locais para internação permanente de dependentes químicos em Mato Grosso do Sul. A alternativa foi encaminhá-los para o Hospital Regional, onde podem permanecer por no máximo 15 dias, e depois para acompanhamento pela Caps. Como deputado federal, passou a integrar a Comissão Especial de Combate às Drogas e tenta mudar essa realidade, que acontece em todo o País.
No entanto, a tarefa não é nada fácil. A comissão definiu cinco eixos prioritários – os quais são detalhados na entrevista abaixo – incluindo mudanças na legislação, políticas educacionais e até melhorias na rede para tratamento de dependentes químico.
Durante a entrevista concedida ao Correio do Estado, o deputado federal fala dos diversos prejuízos causados pelo crack e alerta que a droga invadiu as classes sociais mais baixas, o que evidencia a necessidade tratamento gratuito para os dependentes. Não há mais municípios hoje que não contam com cracolândia. Para tentar minimizar os problemas, uma das alternativas é formalizar parceria de combate ao tráfico com os países vizinhos produtores da cocaína e até a criação da Améripol, para desenvolver ações de inteligência na luta contra as drogas.

Como surgiu a proposta para implantação da Comissão Especial de Combate às Drogas?
Cada deputado quando começa o mandato ocupa duas comissões. Eu escolhi a de Seguridade Social, que trata de saúde e políticas sociais, e a de Relações Exteriores e Defesa Nacional, por causa da situação precária das nossas fronteiras. Quando começamos, apresentei proposições relacionadas à problemática das drogas, assim como outros deputados trataram do mesmo assunto em outras comissões. Neste caso, a Câmara une todas essas propostas para que sejam analisadas por uma comissão especial, que foi quando criamos a para o enfrentamento das drogas. A comissão trabalha com cinco eixos: legislação, prevenção, atenção, repressão e sistema carcerário.

Na prática, quais são as propostas que a comissão já está discutindo?
No eixo da legislação temos questões como a internação compulsória – que ainda é tabu – propostas para mudar a lei com objetivo de agravar o crime de tráfico de drogas e para aumentar a pena do adulto que utilizar o menor de idade para o tráfico. Na parte de prevenção, a comissão incluiu políticas dentro das escolas, como colocar a discussão sobre as drogas na grade curricular e até mesmo dispor de um capítulo nos livros didáticos distribuidos pelo Ministério da Educação (MEC) de acordo com cada série e para os universitários. Há ainda propostas para campanhas publicitárias e capacitação de agentes de saúde para tratar do tema. No eixo de atenção, tratamos do fato de o SUS (Sistema Único de Saúde) não contemplar a internação prolongada do dependente químico. Hoje você só tem a rede Caps (Centro de Atendimento Psicossocial), onde o índice de adesão é muito baixo e a recidiva altíssima. Temos apenas o trabalho das comunidades terapêuticas, ligadas a igrejas e ONGs, que não são credenciadas ao SUS. Elas têm resistência do pessoal que coordena a saúde mental no Ministério da Saúde, pois eles entendem que a internação prolongada está na contramão da reforma manicomial. Inclusive, há uma portaria da Anvisa que torna esse trabalho extremamente complexo, pois as comunidades não têm condições de cumprir todas as regras. A gente refez a portaria, implantando a internação para a fase aguda, de abstinência, e depois a prolongada, que pode durar de 4 a 6 meses. Estamos finalizando a redação, mas o valor de cada leito pode chegar a de R$ 850 por mês.

Ver íntegra da entrevista:

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

CAPS i ESTARÁ COM AS APAES?

2/09/2011

I Congresso Internacional das APAES e Instituições Congêneres no Piauí

            Acontecerá em Teresina, nos dias 28, 29 e 30 de setembro, o I Congresso Internacional das APAES e Instituições Congêneres no Piauí: I Feira de Acessibilidade, Tecnologias Assistivas e Inclusão Social. Evento este que congregará diversos países como Portugal, Argentina, Uruguai, Estados Unidos, Itália etc. Dentro do quadro programado, a Secretaria do Turismo de Parnaíba, juntamente com uma das organizadoras Dra. Mônica Braun, conseguiu junto da empresa Eco Adventure (a frente o empresário Marcos Fonteles) promover a vinda de um grupo de pessoas especiais que conhecerão as riquezas do Delta. “Esta é uma das formas de promovermos o turismo internacional de nossa cidade”, afirmou o Secretário Arlindo Leão.


quarta-feira, 21 de setembro de 2011

FINANCIAMENTO PÚBLICO PARA AS CTs: SUS ou SUAS?

CARTA DO COLEGIADO NACIONAL DE SAÚDE MENTAL
“EM DEFESA DA CIDADANIA DOS USUÁRIOS DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS”
Brasília, 10 de agosto de 2011.
Os Coordenadores Estaduais e Municipais de Saúde Mental presentes a XIII Reunião do
Colegiado Nacional de Saúde Mental realizada nos dias 09 e 10 de agosto de 2011 decidem:
Considerando a complexidade do tema álcool e drogas, seu caráter multifacetado e,
sobretudo as conseqüências sociais e individuais, os prejuízos para saúde, mas também para o
convívio, o tensionamento dos laços sociais e familiares provocados pelo uso abusivo, pela
dependência e pela inserção nas redes de produção, consumo e comércio, em especial, das
drogas ilícitas,
Considerando a lacuna e ausência histórica do Estado brasileiro na resposta às
demandas colocadas pelos usuários de crack, álcool e outras drogas e, por outro lado,
reconhecendo as Comunidades Terapêuticas como respostas sociais vinculadas, em sua
grande maioria, as redes de assistência social, que se constituíram sobre o vazio assistencial,
respondendo ao mesmo tempo e num único espaço, a necessidades distintas, a saber: o
cuidado em saúde e o suporte social;
Considerando que o Estado é laico e a fé religiosa é uma escolha pessoal, não se pode
admitir, como instrumento e recurso de tratamento ou suporte social, a adesão a qualquer
credo como um critério;
Considerando a saúde e a assistência social como campos ou intervenções necessárias
e importantes na implantação de uma política efetivamente intersetorial que requer a
participação de outros atores, tais como: cultura, justiça, educação, trabalho, habitação, etc, e
que este conjunto deve comprometer-se com o respeito aos direitos de cidadania dos
usuários;
Considerando as deliberações da IV Conferência Nacional de Saúde Mental que
reafirmam uma posição consolidada entre os gestores, trabalhadores e usuários do SUS de não
inclusão das Comunidades Terapêuticas como dispositivos de saúde, na medida em que estas
operam com princípios contrários aos que orientam os serviços criados pela Reforma
Psiquiátrica;
Considerando, por fim, a necessidade da ampliação de investimentos no Sistema Único
de Saúde para efetivação de uma rede substitutiva de atenção integral aos usuários de álcool
e drogas que permita a implantação dos diferentes dispositivos em condições adequadas e
coerentes com os princípios da Reforma Psiquiátrica e da Luta Antimanicomial;
Reafirmamos nosso compromisso com os usuários de álcool e outras drogas e
reforçamos a importância e a necessidade da ampliação dos recursos destinados aos serviços
substitutivos, permitindo assim, a implantação nos diferentes municípios de dispositivos de
cuidado. Além disto, reafirmamos a Redução de Danos como princípio de orientação do
cuidado em toda a rede assistencial: CAPS, CAPS-ad equipes de saúde mental na atenção
básica, consultórios de rua, leitos em hospital geral, casas de acolhimento transitório, centros
de convivência, etc, possibilitando a criação de uma cultura terapêutica mais tolerante e
solidária com os usuários de álcool e outras drogas.
Concluindo, reafirmamos que as Comunidades Terapêuticas não são e nem devem se
transformar em serviços de saúde, não devendo, portanto, serem incluídas no Sistema Único
de Saúde e sugerimos que as mesmas possam ser incluídas na rede de assistência social, como
dispositivos de proteção social.
Brasília, 10 de agosto de 2011.

As Comunidades Terapêuticas se deslocam da Saúde (Saúde Mental) - SUS para a Assistência Social - SUAS, mas continuam na dobra assistencial com os cuidados com a parceria governamental ( professor Marco José Duarte, UERJ).
E... quem enlouquece com o uso dos psicoativos vai para saúde. Onde? Nos hospitais psiquiátricos. Todas as frentes antimanicomiais precisam fechar posição em defesa dos CAPS ad e restante dos serviços abertos para dependentes químicos em situação de rua ou não.

AS TCs SERÃO FINANCIADAS PELO SUS OU SUAS?

Movimento antimanicomial não apoia decisão da presidenta de financiar comunidades terapêuticas e clínica para "dependentes químicos"

PICICA: Dilma Rousseff cede às pressões da mídia e compromete a política nacional de álcool e outras drogas, investindo num setor que vem sendo denunciado pela mesma mídia. Os militantes antimanicomiais organizados em suas entidades até agora não mereceram o mesmo tratamento dispensado aos donos de comunidades terapêuticas e clínicas para "dependentes químicos" (conceito equivocado). Os últimos foram recebidos em audiência no Palácio do Planalto, com pompa e circunstância; os primeiros estão a reclamar por uma audiência. Divergências à parte, o movimento antimanicomial quer saber porque a Coordenação Nacional de Saúde Mental não foi ouvida sobre a questão. Um setor que recebeu baixos investimentos nos últimos anos, acumulando uma dívida social significativa, não mudará a qualidade do atendimento com medidas precipitadas. Muita calma nesta hora.

BIODANÇA PARA SAÚDE MENTAL TEM EXCELENTES RESULTADOS

A rede de apoio e suporte em saúde mental  - Amigo no Ninho estimula as práticas integrativas e complementares ao tratamento psicofármaco, temos uma experiência de longa data com a Biodança, que nasceu no Chile pelas mãos de um antropólogo clínico, Rolando Toro, dentro de um hospital psiquiátrico. É uma prática corporal, dialógica e reflexiva. Um encontro amoroso. Todo encontro amoroso é terapêutico. Ismênia Reis é uma facilitadora indo e voltando, como dizemos dos bons profissionais por estas bandas.

CRACK:DESENTORPECENDO A RAZÃO

Há um problema no artigo recente em que Dráusio Varela propõe internação compulsória dos dependentes. As cracolândias exigem ação — mas também calma…
Por Antonio Lancetti, do DAR – Desentorpecendo A Razão
Um dos maiores riscos da incidência do crack no cenário nacional é o da interrupção do processo de construção do sistema público de saúde mental brasileiro, tido como exemplar por representantes da Organização Mundial de Saúde, inclusive para países de grande população, como Índia ou China.A lei argentina de saúde mental, recentemente promulgada, é baseada em nossa lei, a 10.216, com a diferença de que no país vizinho a internação compulsória deve ser decidida pela família e por uma equipe multidisciplinar com, pelo menos, a assinatura de um médico e um psicólogo. Aqui, basta a assinatura do médico.
Esse processo de construção de nosso SUS da Saúde Mental chama-se reforma psiquiátrica pelo fato de que, nas últimas décadas, foram fechados vários locais de horror (em torno de 60 mil leitos), onde a simples permanência de alguns dias deixaria qualquer leitor pelo menos mais deprimido do que entrou.O resgate de cada um desses seres humanos exigiu um enorme esforço por parte dos terapeutas. A suspensão dos procedimentos iatrogênicos, como sequestro, maus tratos, tempos e espaços fixos e repetitivos e outras formas de desrespeito aos direitos, não foi suficiente.
Houve necessidade de criar, utilizando todos os saberes existentes (psiquiatria, psicanálise, psicologia social, socioanálise, esquizoanálise, arte, economia solidária, etc.), instituições velozes, criativas, que operam onde as pessoas habitam.
Os chamados CAPS – Centros de Atenção Psicossocial — vão se constituindo em serviços de 24 horas de funcionamento, com internações, integrados a serviços de emergência e moradias terapêuticas onde vivem oito pessoas que saíram de internações de 10 ou 20 anos, mostrando que o hospital psiquiátrico é cada vez mais prescindível.
Além desses serviços, hoje se faz saúde mental nos mais recônditos locais, por meio da parceria de equipes especializadas com médicos de família, enfermeiros e agentes comunitários de saúde, atendendo inclusive casos graves, ajudando na diminuição da internação psiquiátrica, da violência e do consumo de drogas legais e ilegais.
Mas o chamado Movimento da Luta Antimanicomial (que conta com usuários e familiares de usuários) está em uma encruzilhada. Aprendeu a cuidar de casos graves desconstruindo manicômios e atendendo as crises nos bairros, melhorando a reabilitação das pessoas com grave sofrimento psíquico. Agora, com o advento dos dependentes de crack, expostos na paisagem urbana e na mídia, devem enfrentar um clamor pelas internações em clínicas fechadas, primas-irmãs dos hospícios.
As cracolândias, onde qualquer um é aceito, são ao mesmo tempo manicômios a céu aberto, no dizer de Franco Rotelli, um dos principais líderes da Psiquiatria Democrática Italiana**.
Mas transformaremos esses manicômios criando outros manicômios?
As cracolândias são os manicômios pós-modernos e os craqueiros, os loucos do século XXI. E estão aí, nas regiões degradadas das cidades para mostrar nosso fracasso, nossa miséria existencial consumista. O modo como vamos enfrentar a questão expressará nossa sabedoria e ética.
O artigo de Drauzio Varella, da Folha de S.Paulo de 16 de julho, convoca a internação compulsória dos craqueiros e craqueiras e termina perguntando: “Se fosse seu filho, você o deixaria de cobertorzinho nas costas dormindo na sarjeta?”.
Essa pergunta sugere imediatamente a diferenciação de crianças e adultos. Mesmo com famílias que não se importem com o cobertorzinho nas costas, interná-los à força implica a existência de um vínculo que se aproxime ao de pai e mãe. Gerará ódio, ressentimento e futuras rebeliões se forem brutalmente recolhidos e amontoados em grande número ou com metodologias negativas e baseadas exclusivamente na abstinência.
Em segundo lugar, o que o doutor Drauzio talvez não saiba (e acredito que gostaria de saber) é que muitos desses homens, mulheres e crianças estão com graves problemas de saúde e já estão sendo internados em São Paulo (embora o sistema precise ser aperfeiçoado), em hospitais gerais e atendidos em Unidades Básicas de Saúde por equipes de Saúde da Família. Eles não pedem para ser tratados da dependência, mas demandam atendimentos clínicos e, como consequência do vínculo com seus cuidadores, muitos pedem ajuda para abandonar o uso do crack.
Internar ou prender todos os craqueiros é tão ideológico como pensar que eles vão sair daí pela própria vontade. Ou, dito de outra forma, o problema não é internar – que na prática funciona como uma redução de danos -, mas sim como internar e, principalmente, onde e com que perspectivas.
E o que faremos com instituições fechadas que já estão sendo criadas pelo Brasil afora, especialmente as denominadas comunidades terapêuticas? Como se sabe, as instituições de contenção fundamentadas na abstinência possuem uma tendência à cronificação e algumas usam recursos violentos ou não se adequam às regras sanitárias vigentes.
As instituições que cuidam de crianças e adolescentes usuários de drogas não podem ser de contenção, mas de aceleração e criatividade. Em São Bernardo, por exemplo, há Centros de Atenção 24 horas para adolescentes dependentes de drogas, moradias fundamentadas em propostas pedagógicas de ação: meninos e meninas têm atividades o dia inteiro e à noite, sessões de cinema. Em Vitória, Espírito Santo, o atendimento é feito a partir das equipes de Saúde da Família associadas ao CAPS Álcool e Drogas ou pelo consultório de rua… E há muitos trabalhos interessantes sendo realizados no Brasil.
Nessa hora de desespero, devemos tomar cuidado com os fenômenos que costumo chamar contrafissura ou tentação de cair no erro da guerra às drogas, infiltrados na clínica e no alarmismo infundido na população.
A intervenção nas cracolândias exige ação e calma. Por enquanto no Brasil, a única pesquisa que demonstrou ter êxito significativo, em torno de 70%, foi a realizada pela Unifesp – “O uso de cannabis por dependentes de crack – um exemplo de redução de danos”, Eliseu Labigaline Jr. in Consumo de Drogas Desafios de Perspectivas, de Fábio Mesquita e Sergio Seibel, Ed. Hucitec, 2000 -, livro que leva apresentação de Drauzio Varella. A pesquisa constata mudança de comportamento, como parar de roubar a família, voltar a estudar, trabalhar e, inclusive, parar de usar maconha.
Mas nenhuma estratégia parece ser aplicável como receita única. Calma não significa paralisia, mas enfrentar o problema em sua complexidade de modo a não interromper o processo vitorioso e eficaz da reforma psiquiátrica, mas aprofundá-lo.
Os riscos são muitos e, por isso, é sempre bom lembrar de que o problema das drogas está longe de depender exclusivamente da saúde. O termômetro que avaliará o valor e a ética do processo será a observância ou não dos diretos das pessoas assistidas e, consequentemente, a sua eficácia.

*Psicanalista, autor de Clínica Peripatética, Editora Hucitec.
**Acompanhei os doutores Franco Rotelli e Angelo Righetti em uma visita à cracolândia de São Paulo e a expressão me foi transmitida por Roberto Tykanori, coordenador nacional de saúde mental.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

* Primeiro Curso Gratuito e Online de Prevenção de Drogas para Pais do Brasil‏

Pais Conectados
O curso tem 19 capítulos, destinado a prevenção, oferece bastante informações sobre o uso de substâncias psicoativas.
Email de Lúcia Rosa

Denúncias de torturas e/ou maus tratos em Comunidades Terapêuticas e clínicas para dependentes químicos

Pessoal
Os últimos acontecimentos apontam para a ingerência de outros setores do governo na formulação da política de atenção aos usuários de álcool e outras drogas e indicam a flexibilização das regras para a formalização e o financiamento das comunidades terapêuticas. Precisamos mobilizar-nos e encontrar uma maneira de apoiar a Coordenação de saúde mental e a Secretaria de Direitos Humanos, que sozinhas não têm força para barrar estas medidas (apoiadas pessoalmente pela Presidente Dilma) e fazer valer as disposições da IV CNSM.
Segue uma extensa relação de vídeos com denúncias de torturas e maus tratos em Comunidades Terapêuticas ou clínicas supostamente criadas para tratamento de dependentes químicos e uma compilação de entrevistas com autoridades, bastante preocupantes.
Abraços, Tania
 
Denúncias de torturas e/ou maus tratos em Comunidades Terapêuticas e clínicas para dependentes químicos
Comunidades terapêuticas funcionam como prisões – 07 Comunidades Terapêuticas denunciadas em Bragança Paulista http://www.youtube.com/watch?v=MUH1pQQFacA

SBT Brasil reportagem especial revela a "terapia do terror" em Comunidade Terapêutica de Osasco-SP
http://www.youtube.com/watch?v=HOYnju4HCt4&NR=1

Tortura: Homem tem dois dedos amputados em clinica para dependentes em Clínica para Dependentes químicos em Ituverava - SP http://www.youtube.com/watch?v=EbljrMxTyBE&feature=related

Jornal da Globo 2907 2011 Donos de clínica para dependentes químicos são acusados de tortura em Ituverava - SP http://www.youtube.com/watch?v=GyhyRq5Ts8g&feature=related

Denuncia de tortura na clinica El Shaddai – Bragança Paulista - SP http://www.youtube.com/watch?v=81NgEuw7srk&feature=related

Maus tratos e morte em clínicas clandestinas em Pindamonhangaba
http://www.youtube.com/watch?v=bfVIl-WBhSY&feature=related

Terror – tortura e maus tratos em Clínicas
http://www.youtube.com/watch?v=oG5KkF4_Lq8

Cárcere privado e maus tratos em São José dos Campos - SP - 18/09/2009 http://www.youtube.com/watch?v=2gugdwK-yMQ&feature=related

Maus tratos e tortura em Clínica em Jaguariúna
http://www.youtube.com/watch?v=rCnDFrFmj5c
    
Polícia Civil apura denúncias contra clínica de recuperação.wmv http://www.youtube.com/watch?v=jHawIGWKzW4&feature=related
 
Pastor é preso no RS por tortura em clínica de reabilitação http://www.youtube.com/watch?v=2xQ2Gn-YhaU&feature=related

CLÍNICA JAMBEIRO DENÚNCIA - 01/10/2009 http://www.youtube.com/watch?v=dJNt5Uwtdqc&feature=related

JOVEM MORRE EM CLINICA SBT BSB 1º ED 10 11 09http://www.youtube.com/watch?v=m6PWEZdLQNo&NR=1

MORTE EM CLÍNICA DE REABILITAÇÃO - http://www.youtube.com/watch?v=_MhT-YhRn0g&feature=related

Ariston Roger morre em clínica de recuperação após menos de 24 horas de internaçãohttp://www.youtube.com/watch?v=zAxlSFqweLk&feature=related 

São até Torturados http://www.youtube.com/watch?v=LvJ0bcgx8LM


Vídeos - a posição do Governo a favor da flexibilização das regras para o funcionamento e o financiamento das comunidades terapêuticas. Atenção para a Frente Parlamentar em Defesa das Comunidades Terapêuticas.

Presidente Dilma recebe representantes de comunidades terapêuticas http://www.youtube.com/watch?v=bIegHPnDsUE&feature=related

Reunião com Dilma trata sobre recursos para dependentes químicos
http://www.youtube.com/watch?v=o20LTiOyncw&NR=1

Paulina Duarte da Senad fala sobre financimento de comunicadades terapêuticashttp://www.youtube.com/watch?v=MagmKb5O-s0

Entrevista com representantes de unidades terapêuticas - Acompanhado pela secretária nacional de Políticas sobre Drogas, Paulina Duarte, grupo foi recebido pela presidenta Dilma Rousseff
 http://www.youtube.com/watch?v=CHu_uBLLum4&feature=related

Governo flexibiliza regras para financiar entidades que atendem dependentes químicos
http://www.youtube.com/watch?v=QV4XnvVUA0Q&feature=related

Entrevista com a diretora da Anvisa, Maria Cecília Brito
http://www.youtube.com/watch?v=rN-wpRhQtsM

Grupo técnico pede apoio às comunidades Terapêuticas http://www.youtube.com/watch?v=PqvfNPw0NWE

Comissão Especial - Políticas Públicas de Combate às Drogas - Deputado Eros Biondini http://www.youtube.com/watch?v=s4r65Z6RV18&feature=related

Palavra Aberta entrevista Fábio Faria sobre combate às Drogas http://www.youtube.com/watch?v=OuWmSSUPVQs&feature=related

Seminário Estadual de Combate e Prevenção às Drogas no RN http://www.youtube.com/watch?v=XL9jOnuNuX0&feature=related
 
Programa do governo de Minas irá fortalecer combate às drogas apoiando as Comunidades Terapêuticas http://www.youtube.com/watch?v=Ts_maZF8l5Q

Poder público não tem estrutura para tratar dependentes químicos - Repórter Rio 
http://www.youtube.com/watch?v=PC9RCwnUYpE&NR=1

Poder público não tem estrutura para tratar dependentes químicos (parte 2)« Repórter Rio http://www.youtube.com/watch?v=YWhpAg9mqlo&feature=related
 
Jornal da CBN - São Paulo adota comunidades terapêuticas para tratar dependentes de crack - Entrevista com Januário Montone, secretário de Saúde da cidade de São Paulo http://cbn.globoradio.globo.com/programas/jornal-da-cbn/2011/08/05/SAO-PAULO-ADOTA-COMUNIDADES-TERAPEUTICAS-PARA-TRATAR-DEPENDENTES-DE-CRACK.htm
Secretaria da Justiça de SP lança Manual para Comunidades Terapêuticas http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/lenoticia.php?id=216087
 
Do grupo em defesa da reforma psiquiátrica brasileira ( email de Edmar Oliveira )
 
Pensar que novata parlamentar piauiense gaba-se da luta e conquista do financiamento público para as CTs tenham começado aqui no Piauí. No governo passado, o MS, coordenação de saúde mental e álcool e outras drogas realizou pesquisa, cujo resultado teria reprovado em qualidade de atendimento várias destas instituições, daí as restrições e a politica direcionada aos CAPS ad. Se algo não dá certo em alguns CAPS é porque a cultura manicomial é grande, o estigma da sociedade com o dependente químico hoje é maior que com o louco, não existem projetos de reinserção no trabalho ou primeiro emprego, trabalho protegido e apesar da repressão policial aos traficantes, as drogas continuam nas ruas. A situação é complexa. 

domingo, 18 de setembro de 2011

ACESSIBILIDADE PARA PESSOAS QUE VIVEM COM TRANSTORNO MENTAL

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Ministra Tereza Campello anuncia novidades no programa Bolsa Família

Nesta segunda-feira (19), o MDS explica, em entrevista coletiva da ministra, as ações que vão aprimorar o programa.

Com foco na superação da extrema pobreza, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) anuncia, às 11h desta segunda-feira (19), um conjunto de ações de aprimoramento do Bolsa Família. As novidades, que fazem parte do Plano Brasil Sem Miséria, serão apresentadas pela ministra Tereza Campello em entrevista coletiva no auditório do Bloco A, na Esplanada dos Ministérios.

Além do aumento no número de beneficiários, as novas medidas devem promover maior atenção às gestantes, nutrizes, crianças e adolescentes. Atualmente, o programa de transferência de renda do Governo Federal atende mais de 12 milhões de famílias em todo o Brasil e se destina a lares com renda por pessoa de até R$ 70 (extrema pobreza) e entre R$ 70,01 e R$ 140 (pobreza).

Para receber o benefício, a família precisa estar inscrita no Cadastro Único, com os dados atualizados, além de cumprir uma série de contrapartidas, que reforçam o acesso a direitos sociais básicos nas áreas de educação, saúde e assistência social.

SERVIÇO

Coletiva de imprensa da ministra Tereza Campello

Data: 19 de setembro (segunda-feira)
Horário: 11h
Local: Auditório do Bloco A, Esplanada dos Ministérios, Brasília, DF
Informações: (61) 3433-1021


Fonte: MDS

Extrema pobreza tem relação direta com a loucura. As frentes antimanicomiais devem está atentas a estes programas e a inserção de usuários de saúde mental nestes.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

DESAFIO MAIS SAÚDE

Desafio Mais Saúde

Você já enviou a sua inscrição para o desafio Mais Saúde: melhorando a vida de pessoas, familias e comunidades?

Ainda há tempo para inscrever o teu projeto, anexar imagens e vídeos e, ainda, interagir com outros innovadores sociais  da sua área.

Lembre-se que a banca julgadora esta à procura de inovação, impacto social e sustentabilidade, portanto, leia com atenção a seção de  orientações e critérios, assim poderá melhorar a sua inscrição e ter certeza de que ela se encaixa da melhor maneira nos critérios desse desafio!

O prazo final para as incrições é  até as 18h (horário de Brasília) da próxima quarta-feira, dia 21 de setembro.

A movimentação no nosso website aumenta a cada dia e nós não queremos que você fique de fora dessa iniciativa que premiará os três melhores projetos com uma quantia em dinheiro de US$ 10.000 (dez mil dólares) cada.

Para evitar dificultades na hora da inscrição, sugerimos que você a faça antes da data final.

Estamos muito curiosos para saber sobre a sua inovação na área da saúde e bem-estar.

Inscreva-se já e participe desse desafio global!

Estamos a sua disposição para esclarecer quaisquer dúvida que você possa vir á ter.

Atenciosamente,

Ana Rosa Colhado
Equipe Changemakers da Ashoka
Tel: +55 (11) 3085-9190
e-mail: changemakers@ashoka.org.br
Msn: changemakers.brasil@gmail.com
Skype: changemakers.brasil

A adolescente acusada de praticar bullyng contra outro colega de turma sentou-se na minha frente. E tivemos uma longa conversa sobre o ocorrido, acabei descobrindo que em sua familia há pessoas com transtornos mentais  e sua temerosa relação com eles. Sua distância e desclassificação absoluta de quaisquer subjetividade destas pessoas. Esta jovenzinha voltará outras vezes à sala do Serviço Social e com sorte conseguiremos melhorar esta visão dela num sentido mais tolerante para com seus parentes. Relato em resumo esta experiência porque mostra quão subjetivo, não palpável de imediato é nosso trabalho.
A SEMEC atendeu a diretora enviando um professor estagiário para auxiliar na turma daquela criança, usuária do CAPS i constantemente em crise.
O Amigo no Ninho recebe psicólogas residentes em saúde da familia para atividades em conjunto com o CAPS Sudeste.
O que há de inovador nestas atividades não é palpável, muito cansaço, não se consegue formar um grupo de apoio e ajuda mútua, algumas pessoas são sempre fragilizadas pelos sintomas, outras cultas, são militantes de várias causas sociais menos da saúde mental, outras não conseguem sair de seus "eus" problemáticos e construir resiliências. Desestimulada este ano não fiz inscrição.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

S.O.S. SAÚDE MENTAL INFANTIL

Prezad@s Colegas,

O Grupo de Trabalho Educação do CRESS/PI vem informar que nossa reunião prevista para o dia 16/09/2011 será adiada para a sexta-feira da próxima semana dia 23 de agosto de 2011, às 15:00 no CRESS.

Lembrando a tod@s que na oportunidade iremos discutir e apresentar nossa proposta de lei aos colegas do Conselho Regional de Psicologia e Conselhos de Educação seguindo a orientação do CFESS.

Nesses termos reafirmamos a importância da participação de tod@s.

Aguardamos confirmação!!!

Att,

GT EDUCAÇÃO/CRESS-PI
Em tempos de luta por melhorias no atendimento a criança com transtorno mental, intersetorialmente, farei um esforço para está lá, munida de documentos e ofícios para sensibilização do CRP e CRESS, este último, já bastante parceiro através de assistentes sociais conselheiras como Amanda Marques, Magali, Sandra Caetano e Sandra Leite da SEMEC e CONADE.
Já penso que confrontar com esse pessoal da SESAPI é só doença, melhor buscar apoio para pressionar a saúde mental da FMS à elaboração de um projeto de CAPS i, levado para a SESAPI, esta o encaminha para o Ministério da Saúde, mesmo reformado e cheio de coisas novas com 1.800 pacientes mês, não atende a demanda, mais um CAPS como tem ser, municipalizado é o ideal.

SESAPI CONTRARIA MP E REFORMA CAPS i

A gerente de Atenção à Saúde Mental, Leda Trindade, entregou na manhã desta segunda-feira (12) cerca de 60 novos equipamentos para o Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil (CAPSi), que fica localizado no bairro Primavera, zona Norte de Teresina. O CAPSi é mantido e gerido pelo Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) e atende cerca de 1.800 crianças, adolescentes e famílias, mensalmente.
Entre os equipamentos, materiais de informática, de escritório, entre outros. “É um ato muito importante. São equipamentos que permitirão aos profissionais do CAPSi otimizar os serviços oferecidos à população, vai otimizar o nosso trabalho. Além disso, vamos ter melhores condições de atender toda a demanda, podendo inovar. Nós, profissionais do CAPSi, só temos a agradecer à Secretaria da Saúde”, destaca Edna Castelo Branco, assistente social do CAPSi.
O Centro adota uma estrutura de atendimento entre casos intensivos, semi-intensivos e não-intensivos, nesse último tipo, em que crianças e adolescentes já se encontram num estágio de melhor controle, com a saúde, o comportamento, mais estabilizado. “Aqui também envolvemos os pais e trabalhamos com a filosofia de reinserção na sociedade. Eles fazem atividades individuais e em grupo, como os trabalhos de pintura, em argila, entre outros”, ressalta Rita Bastos, coordenadora geral do CAPSi, que tem o objetivo de prevenir doenças mentais e emocionais, bem como favorecer o controle efetivo dos problemas mentais das crianças e dos adolescentes atendidos, com uma posterior reinserção.
Crianças, adolescentes e famílias de todo o Piauí, além do Ceará, do Maranhão e do Pará recebem atendimento humanizado pelo CAPSi, que conta com profissionais diversos, do serviço social, da psicologia, da psiquiatria, da enfermagem, da educação física, da fonoaudiologia, entre outras áreas.
“Essas e outras iniciativas serão tomadas no sentido de aprimorar ainda mais a atenção à saúde mental no Estado do Piauí. É um recurso do SUS/CAPS, conveniado com a Sesapi, que possibilita dar mais conforto ao atendimento a essas crianças e adolescentes. Isso reforça a preocupação da Sesapi em otimizar os serviços de saúde pública”, finaliza a gerente Leda Trindade, que fez o ato formal da entrega dos materiais.


Será que um carro tembém foi disponibilizado para visitas e acompanhamento domiciliar e na escola? Ns escola, por que não? É a escola que percebe a crise da criança psicótica, quando os pais deixam de medicar, quando acontece algo na vida desta criança que serve com disparador de crises. E o CAPS fica somente com a carbamazepina.
 Será que aumentaram o número de psiquiatras e rede com os locais que tem neuropediatras será foi fortalecida? Não. Destas 1.800 crianças e adolescentes, mais adolescentes que crianças com certeza, estão fadadas a não vencerem, a daqui a 10 anos estarem como pacientes integrais do HAA. Duvidam? Este pavilhão  do HAA que chamam de CAPS i, tem algum projeto terapêutico individual ou coletivo que vise o contrário? Uma equipe só realiza reabilitação psicossocial quando acredita nela... sabe o que ela.
Esforço-me para não me envolver mais nestas questões institucionais da saúde mental, já que somos abandonados pelas instituições geridas por normais que não nos ouvem nunca. A mulher do governador e deputada e a vereadora gerente nas suas vocações de palanque não vão desistir da reforma para mídia, para as poses, para as futuras campanhas. Reforma Psiquiatra é tudo que elas não entendem.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

MERCADO DE TRABALHO E SAÚDE MENTAL


PSIQUIATRIA SEM HOSPÍCIO

POR UMA CLÍNICA DA REFORMA PSIQUIÁTRICA: COM SUBJETIVIDADE, MEDICAÇÃO COM MENOS EFEITOS COLATERAIS E MAIOR PODER DE RESOLUTIVIDADE ASSOCIADA A PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.