sábado, 22 de outubro de 2011

UM TELETON PARA CRIANÇAS COM TRANSTORNOS MENTAIS

DIA MUNDIAL DA SAÚDE MENTAL NA ALEPI


A Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) realizará na próxima segunda-feira (24), às 10h, uma sessão solene alusiva ao Dia Mundial da Saúde Mental. A iniciativa partiu da secretária de Estado da Saúde, Lilian Martins, e teve proposição aprovada através de requerimento do deputado estadual Tadeu Maia Filho.
Será a primeira vez que a Assembleia Legislativa irá destacar a data. Na oportunidade, será promovido um debate entre os parlamentares estaduais, enfermeiros, médicos e assistentes sociais, sobre os rumos da Saúde Mental. A sessão celebrará os 10 anos da Lei 10.216, que institucionaliza a Política Nacional de Saúde Mental.
Na oportunidade, também será lançado um catálogo com trabalhos realizados por usuários dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). O trabalho é considerado pela gerência de Atenção à Saúde Mental como a primeira mostra de arte insensata do Piauí.
Para a gerente responsável, Lêda Trindade, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), juntamente com os deputados, reconhece a importância dos serviços desta área para o tratamento dos pacientes. “Nada mais justo de que o nosso Legislativo reconhecer o destacado serviço que estamos realizando: são seminários, capacitações e, principalmente, o atendimento nos CAPS espalhados pelo Piauí”, destaca.
Participarão da mesa de honra da sessão solene psiquiatras, diretores de hospitais psiquiátricos, pacientes e representantes de movimentos ligados à saúde mental.
Modernização dos CAPS
Com um atendimento médio mensal de 1.872, o CAPSi (Infanto-juvenil), mantido e gerido pelo Governo do Estado, através da Sesapi, é referência no quesito de atendimento e atenção à saúde mental, à criança e ao adolescente, no Piauí.
A unidade está localizada no bairro Primavera, zona Norte da capital, atendendo a população de Teresina, de cidades vizinhas e até do Maranhão. “Agora, o CAPSi passará por uma grande reforma de ampliação e adequação, que já foi autorizada pela secretária Lilian Martins”, ressaltou Telma Evangelista, diretora da Unidade de Vigilância e Atenção à Saúde.
Com o apoio da Sesapi, outros CAPS serão inaugurados ainda neste semestre. Até agora, o Piauí conta com 39 CAPS, dos diversos tipos, e passará a contar com 54 CAPS, até o fim deste ano. “Floriano, Parnaíba e Inhuma, por exemplo, são algumas das cidades que receberão reforço na atenção à saúde mental, com a chegada dos novos CAPS”, destaca Leda Trindade.
Em Teresina, três Residências Terapêuticas realizam um trabalho intenso de acolhida a pessoas com transtornos mentais. As casas funcionam nos bairros Memorare (1), Porenquanto (1) e Vermelha (1), com uma coordenação e cuidadores treinados. Em cada residência cerca de seis a 10 pessoas que perderam vínculos sociais e familiares são acolhidas e assistidas.
180 Graus 


Hoje fui fazer visitas como assistente social de uma escola do município. Uma delas a familia (mãe) de um menino de 11 anos, aluno do sexto ano, antiga quinta série. A escola me enviou porque dois professores, conversei com eles, relataram o comportamento estranho do garoto: falar sozinho, fazendo ameças de enfiar caneta  na barriga de alguém... (inexistente?), de soltar uma bomba na escola, do nada solta gritos altos, escreve coisas desconexas nas respostas de provas, coisas que nada tem a ver com a disciplina e outros comportamentos atípicos.
A mãe muito armada, de cara, mesmo sem que eu tocasse em patologia mental, foi logo negando qualquer associação. Pedi que ela fosse a escola e ouvisse os professores, nada relatei, mas tentei fazer uma anamnese, a própria já "teve" depressão e usou remédios por três anos e tem um sobrinho doente mental. Então, saio de lá com uma sensação que começaremos um longo trabalho de conscientização da familia que aquela criança precisa de ajuda especializada e esbarra onde toda chance desse garoto não psicotizar aos 16, 17, ou antes ao usar alcóol ou drogas num local tão propicio onde mora? Esbarra nesse caps i/HAA, com um único psiquiatra atendendo, sem carros e a cultura da visita e acompanhamento domiciliar e aqui também escolar. Esse menino não tem nenhuma chance de diagnóstico e reabilitação precoce, será o louco incapaz de amanhã, com essa visão da medicina tradiconal, não digo, nem psiquiatria que a enfermeira Lilian Martins tem. Reformar  fisicamente o CAPS i não reformará sua cultura hospitalar.
Os técnicos da prefeitura não se dispõe a elaborar pelo menos um projeto de um CAPS i, os técnicos da GSM/SESAPI são questionam essa realidade já nas suas mãos através de mapeamento da SEMEC da existência por escola destas crianças, departamento de Educação Inclusiva, poderiam está buscando outras soluções mais efetivas em conjunto com a SMS que poderia ser o ambulatório de saúde mental infantil com psiquiatra, psicólogo escolar e psicopedagogo, na dificuldade ou falta de interesse, de sensibilização, para abertura de CAPS para crianças.
Sinto apenas uma imensa tristeza e uma saudade do meu primeiro psiquiatra, dos nove anos aos 18, Dr. Bezerra, não havia CAPS i, usei valiun (Diazepan), 5 mg desde criança., foi a escola que percebeu minhas primeiras crises, era uma menina nervosa e chorona. Tenho sequelas, claro, sou totalmente dependente de benzoadiazepínico, mas tenho funcionalidade, contribuo para produção, pago impostos e político ainda tira onda a hora que quer com o sofrimento do meu povo.

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