segunda-feira, 4 de maio de 2009

BIPOLAR PRODUTIVO, JÁ!!!!!!!!!!!

Lá estou eu sentada diante das chefes das minhas chefes. Uma delas leva a mão na cabeça, nem imagino se há gravidade no gesto. Se tem alguma coisa comigo. Mas tento parecer normal, "cara de pateta, burra e pedinte". Não consigo. Dez anos de UFPI para quê? Para continuar oprimida?
Então a chefe principal, que sempre foi minha "considerada" demonstrou que não gostou do que fiz na quizila do ano passado, e do início deste ano quando a vice direção, porque adjunto não é titular, enviou um relatório para a regional mentindo a meu respeito, me diagnosticando como estressada, que não deixava meu "problema de saúde em casa". Mentiu, denegriu minha imagem como profissional e eu tenho como provar. Fiz uma exposição de motivos para o seretário de educação, meu ex professor, com quem aprendi Gramsci e Habermas. Pedia sindicância, processo, pena, para que não acontecesse mais, o que considero discriminação explícita com pessoa que vive com transtorno mental.
Então, um ano depois, eu estou convaslecendo mais uma vez de uma crise aguda, recuperando atividades prazeirosas, sofrendo com trocas e retrocas de medicação e terapias dolorosas e cansativas, de efeito "homeopático". Sem tirar atestado da maternidade ou da vida, né? Volto de mais quinze dias de atestado médico e já estou às voltas com a "compreensão" destes normais, bons cristãos, participantes de encontros de casais com Cristo, comungando em toda missa e se benzendo antes de entrar na escola. O secretário deu sua ordem, a chefe principal tem que me tirar da sala de aula, para o bem da minha saúde. E o julgamento dos fatos? Os chefes normais livram-se da professora "doente" e fica tudo bem para o tranquilo, inoperante e ninguém liga Serviço Público. Nada acontece a caluniadora. Colega, não diagnosticada. Irei entulhar mais uma sala de ASPONE? Sinto calafrios na minha dignidade. Me senti o cara do Kafka que virou barata. Ou aquele outro personagem do Hesse de Lobo da Estepe. Fazer cinquenta anos e sair para dançar o absurdo da vida.
Explico para as chefes, que transtorno mental é como uma sinusite, os sintomas ficam em remissão até você tomar uma chuva, enfrentar umidade, eles podem aparecer. No nosso caso, podem ocorrer quando acontecem situações estressantes externas. Meu ponto de vista pode está
equivocado pela a maneira que vejo e percebo a realidade, diferente dessas pessoas. Se alguém mentiu e te prejudicou de algum modo no trabalho, sendo seu superior, se caracteriza assédio moral no trabalho. Aqui em Teresina parece que não há jurisdição a esse respeito. Não tenho tempo e nem saúde para andar atrás dessa justiça morosa.
Torcer para não adoecer e resistir. BIPOLAR PRODUTIVO, JÁ!!!!!!!!!!!!!!!!!

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