sábado, 23 de maio de 2009

COMISSÃO DO SENADO ACOLHE CRÍTICA DA ABP SOBRE POLÍTICA DE SAÚDE MENTAL: newsletter de 21 de maio da ABP

Toda luta é ideológica. Os psiquiatras manicomiais defendem o poder médico. Não a saúde mental das comunidades. O povo se esclarecido fosse e principalmente as pessoas que vivem com transtorno mental fossem mais protagonistas, como os soros positivos, renais crônicos, hansenianos e outros movimentos específicos, talvez nessa briga ideológica lembrassem de nós, que somos as principais vítimas.
Todo o texto do newsletter da ABP foi reproduzido nas postagens abaixo em ordem decrescente, simbolicamente, as vozes do atrazo. Penso nos discursos e intervenções dos representantes dos escravocratas durante a luta pela abolição. O negro estava livre a partir da lei Áurea, mas numa das cláusulas não podia ser possuidor de terras. Virava "servo" ou vagabundo. Há todo um processo histórico para que ocorra a inserção desse negro na sociedade de classes. A abolição não foi caridade da princesa Isabel. A Inglaterra inventou o tráfico negreiro e quando não era mais conveniente mercados escravos, ela tinha interesse em vender seus produtos industrializados, então potência mundial, acaba com a escravidão negra.
A ABP evoca a saúde mental internacional, que tendências internacionais? Que proposta tem a ABP? A volta do "grande internamento". A volta da ECT em vez da terapia cognitiva comportamental. Será que algum louco acredita em humanização do manicômio. Isso também é discurso. Quantos dependentes químicos foram recuperados dentro dos hospitais psiquiátricos?
Uma amiga terapeuta ocupacional conclama já, o alerta de usuários, trabalhadores antimanicomias principalmente dos serviços substitutivos contra a possível onda de internamentos que possa voltar a ocorrer país afora.

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PSIQUIATRIA SEM HOSPÍCIO

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