domingo, 31 de maio de 2009

ESCOLA INCLUSIVA E TRANSTORNO MENTAL

Há tempos falo sobre a inexistência de uma política senão da saúde mental, porque temos um CAPS -i que fica dentro do espaço de um hospital psiquiátrico e que em sua equipe não há um professor qualificado em apoio pedagógico específico, um pedagogo ou psicopedagogo que haja então uma sensibilização contra o preconceito e discriminação nas escolas contra estas crianças que vivem ou convivem com transtornos mentais.
Chegaram a mim duas situações:
- E. M. Dom Elder que há três crianças com transtornos mentais em uma mesma sala, pelo fato da professora se mostrar habilidosa em lidar com elas. Uma das crianças "surta", corre a escola toda, se auto-mutila, arrancando as próprias unhas, precisa-se mobilizar várias pessoas para contê-la. Será que a sala de APE e a sala de Recursos segura a crise? Se está em crise aguda não deveria está frequentando a escola, até os sintomas redimirem. Ora, será que têm diagnóstico psiquiátrico? O manejo da medicação pela família é correto? Essa família deveria está amparada por um grupo de apoio, como são os pais de alguns deficientes como os surdos por exemplo. Sou mãe de surdo e recebo apoio, orientação e muito carinho por isso, no Centro de Apoio ao Surdo. Que tem cara de escola, não de hospital, havendo vários profissionais de saúde lá.
-E.M. Altina Castelo Branco, aqui o caso é com uma criança que convive com o transtorno mental ou seja tem mãe psicótica, pessoa com diagnóstico psiquiátrico em tratamento medicamentoso, chega a escola para reclamar sobre supostos maus tratos que o filho de quatro anos teria chegado em casa relatando. Há uma discussão com a diretora da escola, atritos físicos que fazem com que a diretora caia machucando sério o antebraço. Promete a mãe processo policial. A mãe anda descompensada aos prantos por conta da situação. Essa é uma situação repetida em outra escola da região, as diretoras, imagino administradoras competentes, mas totalmente intolerantes e impacientes com uma pessoa agitada. Na matrícula, já deveria entre outras informações começarem a cobrar sobre a saúde mental da mãe e da criança, não para exposição que facilite a exclusão mas para que a SEMEC, que tem feito vigorosos esforços para qualidade da escola inclusiva incluísse em sua pauta de capacitações o conhecimento sobre os transtornos mentais que atingem crianças e adolescentes, luta contra o estigma, apoio ao pleno desenvolvimento cognitivo destas pessoas.

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