Final do ano passado Santa Catarina enfrentava o dilúvio. Muitas vítimas fatais e desabrigados. Lembro de ter visto na televisão um psiquiatra da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) falando sobre como a saúde mental destas pessoas estava em a relação a perdas tão severas e a capacidade de reconstrução dos danos emocionais e materiais. Não recordo-me com precisão se a instituição prestou algum serviço de intervenção àquela população. Mas aqui em Teresina neste momento que o governo do Estado e município decretaram calamidade pública, observo a mobilização das pessoas, governo e igreja católica no sentido de prover as necessidades materiais imediatas das pessoas desabrigadas, vários postos de arrecadação são montados para recebimentos de roupas, cobertores, alimentos e remédios.
Fico a imaginar a condição psíquica de centenas de pacientes e familiares com as difículdades de locomoção para os serviços psiquiátricos, já que a cidade praticamente está parada. Tenho quase certeza que esses serviços existentes aqui em Teresina não montaram equipes de emergência, visita a abrigos, domiciliar, etc.
Infelizmente grupos de apoio como o Ninho são tão pequenos e sem estrutura que num momento desses até saberíamos como, mas não temos como dar o apoio necessário a pessoas que vivem e convivem com transtorno mental e estão expostas ao estresse da situação de alagados.
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