quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

TAMPINHAS DE REFRIGERANTE

Vejo-o sempre na praça do Renascença I, onde moro ou nas proximidades da praça cultural do Dirceu I, sei que não mora no Renascença, então imagino que sua casa deve ficar  no Dirceu. Fica nas praças juntando tampinhas de refrigerantes, só de calção, corpo magro, sem parecer que passa fome. Acredito que tenha família, troca de roupa e não anda esfarrapado. Parece construir coisas, que só tem formas na sua imaginação. Fica acocorado horas no seu trabalho feliz de "escravo egípcio" ( li não sei onde que os escravos no Egito sentiam-se honrados em se matarem trabalhando construindo aquelas pirâmides). Já tentei alguma abordagem, ele nunca respondeu uma palavra. Sempre o cumprimento. Parece já me reconhecer.
Hoje Tamara, a moça do Democrata, barzinho do bairro, me entregou uma sacola de tampinhas que pedi que juntasse para que eu podesse tentar uma aproximação mais consistente. Tamara, já é minha cuidadora, conhece minha impaciência sintomática ou minhas bizarrices, cuida de mim e não se estressa comigo e Bia, loucas insuportáveis, quando aperreadas!!!


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