A cidade de São Paulo sediará entre
os dias 05 e 07 de setembro de 2013, o I Fórum
Brasileiro de Direitos Humanos e Saúde Mental (www.direitoshumanos2013.abrasme.org.br
). O Fórum será realizado pela Associação Brasileira
de Saúde Mental – ABRASME, e tem por objetivo
debater com os diferentes atores sociais, as
questões referentes aos Direitos Humanos e a Saúde
Mental em suas implicações transversais com os temas
como População de Rua, Política sobre Drogas,
Assistência na Reforma Psiquiátrica e Rede de
Atenção Psicossocial, Políticas de Encarceramento,
Saúde e Violência em relação a Juventude Negra,
Cultura, Economia Solidária, Democratização da
Comunicação, entre outros.
O Fórum segue a tradição
iniciada com o movimento Madres da Plaza de Mayo, da
Argentina, durante um dos Congressos das Madres, que
são marcados pelo debate realizado por um grande
número de militantes dos movimentos sociais da
América Latina. O Fórum, surgido em um dos
Congressos, tem a intenção de promover um diálogo
onde as idéias, questões e propostas circulem sem os
caminhos específicos de apresentação de trabalhos
somente. No Brasil, o Fórum avança na Luta
Antimanicomial, iniciada no Brasil em fins da década
de 1970 pelo Movimento Nacional de Luta
Antimanicomial e pelo Movimento de Reforma
Sanitária, após denúncias de violações aos direitos
humanos em pessoas internadas em instituições
psiquiátricas no Brasil no ano de 1978.
A cidade de
São Paulo não foi escolhida de maneira aleatória. O
Estado possui desde as primeiras mobilizações pela
Luta Antimanicomial e pela Reforma Psiquiátrica,
importantes ações de militância política. O momento
atual foi interpretado por muitos, como de extrema
importância para a realização do I Fórum Brasileiro
de Direitos Humanos e Saúde Mental, na capital
paulista. Em consequência da questão do crack, São
Paulo vive sérios dilemas que podem levar a um
retrocesso no modelo de atenção destinado a essa
população. Diferentes movimentos sociais estão
envolvidos no debate. O Fórum servirá para
fortalecer e estreitar ainda mais as lutas dos
movimentos sociais em defesa dos princípios da Luta
Antimanicomial, da Reforma Psiquiátrica, dos
Direitos Humanos e do Sistema Único de Saúde
(SUS).
Uns três anos atrás uma reporter do Correio Brasiliense, salvo engano, ligou-me naquele vexame, ( no nosso piauiês, quer dizer pressa, impaciência), queria porque queria que eu lhe indicasse casos de cárceres privados, já que ela estava fazendo uma reportagem nacional sobre saúde mental e já havia encontrado vários casos. Na época, eu também não tinha conhecimento, só elogiava a rede de CAPS que se instalava e as residências terapêuticas que acompanhei os processos de instalação e conhecia todos os pacientes moradores do HAA que foram morar nas casas. Somente em 2010, na gerência de saúde mental, por acaso saindo em viagens de inspeção em cidades do interior do Estado, descobri alguns e fui ficando atenta, às denúncias que chegavam ao Ninho, casos que nunca fomos ver, por falta de estrutura da ONG. Informamos ao MP em processo administrativo, mas é preciso acompanhar a resposta dos órgãos de saúde em saúde mental, continuar cobrando, viajando, iniciativas dificies de manter. Poucos voluntários, gente fragilizada sempre pelos sintomas, não são militantes sociais.
Então, publico aqui este material da ABRASME e vejam não há nenhuma referência ao cárcere privado ou internação domiciliar perpétua como chamo. Fazer? Esse militantes acadêmicos não sabem disso?
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