terça-feira, 18 de junho de 2013

DIREITOS HUMANOS E SAÚDE MENTAL

A cidade de São Paulo sediará entre os dias 05 e 07 de setembro de 2013, o I Fórum Brasileiro de Direitos Humanos e Saúde Mental (www.direitoshumanos2013.abrasme.org.br ). O Fórum será realizado pela Associação Brasileira de Saúde Mental – ABRASME, e tem por objetivo debater com os diferentes atores sociais, as questões referentes aos Direitos Humanos e a Saúde Mental em suas implicações transversais com os temas como População de Rua, Política sobre Drogas, Assistência na Reforma Psiquiátrica e Rede de Atenção Psicossocial, Políticas de Encarceramento, Saúde e Violência em relação a Juventude Negra, Cultura, Economia Solidária, Democratização da Comunicação, entre outros.
            O Fórum segue a tradição iniciada com o movimento Madres da Plaza de Mayo, da Argentina, durante um dos Congressos das Madres, que são marcados pelo debate realizado por um grande número de militantes dos movimentos sociais da América Latina. O Fórum, surgido em um dos Congressos, tem a intenção de promover um diálogo onde as idéias, questões e propostas circulem sem os caminhos específicos de apresentação de trabalhos somente. No Brasil, o Fórum avança na Luta Antimanicomial, iniciada no Brasil em fins da década de 1970 pelo Movimento Nacional de Luta Antimanicomial e pelo Movimento de Reforma Sanitária, após denúncias de violações aos direitos humanos em pessoas internadas em instituições psiquiátricas no Brasil no ano de 1978.
            A cidade de São Paulo não foi escolhida de maneira aleatória. O Estado possui desde as primeiras mobilizações pela Luta Antimanicomial e pela Reforma Psiquiátrica, importantes ações de militância política. O momento atual foi interpretado por muitos, como de extrema importância para a realização do I Fórum Brasileiro de Direitos Humanos e Saúde Mental, na capital paulista. Em consequência da questão do crack, São Paulo vive sérios dilemas que podem levar a um retrocesso no modelo de atenção destinado a essa população. Diferentes movimentos sociais estão envolvidos no debate. O Fórum servirá para fortalecer e estreitar ainda mais as lutas dos movimentos sociais em defesa dos princípios da Luta Antimanicomial, da Reforma Psiquiátrica, dos Direitos Humanos e do Sistema Único de Saúde (SUS).


Uns três anos atrás uma reporter  do Correio Brasiliense, salvo engano, ligou-me naquele vexame, ( no nosso piauiês, quer dizer pressa, impaciência), queria porque queria que eu lhe indicasse casos de cárceres privados, já que ela estava fazendo uma reportagem nacional sobre saúde mental e já havia encontrado vários casos. Na época, eu também não tinha conhecimento, só elogiava a rede de CAPS que se instalava e as residências terapêuticas que acompanhei os processos de instalação e conhecia todos os pacientes moradores do HAA que foram morar nas casas. Somente em 2010, na gerência de saúde mental, por acaso saindo em viagens de inspeção em cidades do interior do Estado, descobri alguns e fui ficando atenta, às denúncias que chegavam ao Ninho, casos que nunca fomos ver, por falta de estrutura da ONG. Informamos ao MP em processo administrativo, mas é preciso acompanhar a resposta dos órgãos de saúde em saúde mental, continuar cobrando, viajando, iniciativas dificies de manter. Poucos voluntários, gente fragilizada sempre pelos sintomas,  não são militantes sociais.
Então, publico aqui este material da ABRASME e vejam não há nenhuma referência ao cárcere privado ou internação domiciliar perpétua como chamo. Fazer? Esse militantes acadêmicos não sabem disso?

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