Domingo de sol. Eu e Bia fomos ao bairro Angelin, zona sul de Teresina, à casa de Maria*, a pedidos sofridos da irmã da mesma, nossa vizinha. Motivos: nova crise, a moça estava tirando a roupa, podia ficar agressiva. Mora só com uma mãe de 72, surda moderada. Não sabíamos muito o que fazer. Que trabalho em rede seria possível.
Encontramos a usuária estabilizada, como já tínhamos orientado, usando medicação atípica,o calor a obriga andar de toalha ou lençolzinho dentro de casa. Vizinhos bastante sensíveis, a casa encheu para nos conhecer. Nossa possibilidade de rede!
Vizinhos que vivem com transtorno mental estabilizados, familiares, outros apenas solidários. Freira antes das crises esquizofrênicas há quase dez anos, pensamos em procurar um convento que fica no território e tentar mais um gancho de rede: envolvê-la em algum trabalho religioso, suas referências do passado, além de convencê-la da necessidade de ter pelo menos uma calcinha para o período menstrual.
Se tivermos saúde suficiente voltaremos lá no domingo que vem.
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