sexta-feira, 17 de setembro de 2010

APELO AO MOVIMENTO NACIONAL DA LUTA ANTIMANICOMIAL: Tirou do hospital, cuida!!

Alguém ou algum grupo precisa colocar o dedo na ferida. Os usuários estão sendo maltratados nos CAPS, dispensados ... pareceu que está estabilizado é "jogado na rede", ambulatórios onde o único tratamento é medicamentoso. E esse fato é como eletrochoque, usado como punição: reclamou da qualidade das terapias, do trabalho de algum técnico, não frequenta atividades (junto com um monte de agudos) então vai para rede. Que rede? Ambulatórios despreparados "psicossocialmente". Por que o CAPS não pode ser um ambulatório especializado? O usuário possa voltar para uma consulta de manutenção mensal, rever os amigos, usuários e técnicos, voltar num momento de prevenção, que estiver passando por estressores externos, porque aprendeu a reconhecer os sinais do aparecimento de sintomas, aparecer para um café e um bate-papo salvador.
Sou ex paciente de hospital psiquiátrico, e sei que sofremos lá numa crise aguda por conta das contenções, do pavilhão com grades, das surras de agudos agressivos, ainda é usado muita medicação convencional que faz impregnações extremamente dolorosas. Mas "orientados" como se fala no hospital, fazemos amigos, usuários e técnicos, lá também criamos vínculos e paradoxalmente, muita gente diz preferir está de volta aos pavilhões, porque acho eu, o espaço do hospital é o único local onde podemos ser somente loucos, andar nus, delirar, não tem regras de normalidade a serem cumpridas. Aqui fora, precisamos provar a toda hora que nosso comportamento não é sintoma de crise. E nos serviços substitutivos onde poderíamos está expressando nossa subjetividade com desenvoltura, como expressão de diversidade humana, somos tolhidos quando representamos quaisquer perigo a "autoridade normal" da equipe. A lógica manicomial persiste. O MNLA precisa entrar num novo momento, que é da luta pela acessibilidade da pessoa com transtorno mental, melhoria do serviço psicossocial baseado no amparo irrestrito (telefone do técnico de referência já!!) ao usuário no território.

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