MULHERES EMPODERADAS. Essa era uma discussão da época de Francisca Trindade deputada e Sônia Terra assumindo a FUNDAC em 2003. Flora Gaioso marcando presença nos movimentos sociais. Nesta eleição de 2010 com ex primeiras damas e suas estruturas a luz dos maridos, imbatíveis. Traz-me a reflexão dos setenta anos de luta pelo sufrágio feminino. Muitas mulheres foram a luta,eram presas. Somente em 1935 as mulheres votam pela primeira vez no Brasil.Neste pleito Landins, Rego, Napoleão, Coelho, Morais Souza, Portela e outros nomes de familias de políticos tradicionais piauienses, estas candidatas ostentam seus sobrenomes como possíveis passaportes para um cargo na nossa democracia representativa.
Se estas mulheres e outras oriundas dos movimentos sociais, com campanha menos expressivas economicamente forem eleitas em números significativos, mudaria alguma coisa na política piauiense? Estamos diante de uma questão de gênero ou classe? Mulheres podem reinventar uma nova forma de fazer política no Brasil por serem mulheres ou mulheres da classe dominante continuariam a defender e manter o status quo dos grupos sociais privilegiados no Brasil. Representantes da classe trabalhadora manteriam seus compromissos com suas origens, apesar das coligações (necessárias a governabilidade?) com as classes empresariais, verdadeiros donos do Estado (quem diz isso é Marx, em outras palavras, mas é isso) Observaram que as canditadas majoritárias Dilma e Marina, seus vices são homens? Não havia mulheres representantes nos partidos coligados? Por que não uma chapa "pura", duas mulheres. Ainda é uma condescendência, senão conveniência histórica, que os homens, presidentes dos partidos "permitam" que mulheres estejam na disputa pelos cargos majoritários no Brasil? Se Dilma se tornar presidente que seu câncer não volte. Se Marina levar, que use baton bem colorido da Natura.
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