sexta-feira, 6 de julho de 2012

SOBRA DINHEIRO, MAS FALTA PROJETOS NA ÁREA DA DEPENDENCIA QUÍMICA

Autoridades que participaram do Seminário de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas, realizado ontem em Rio Preto, revelaram que sobra dinheiro, mas faltam projetos adequados para implantação de ações de combate ao tráfico e tratamento de dependentes.
Os governos federal e estadual  disponibilizam até 2015, R$ 750 milhões para prevenção e tratamento de dependentes químicos do  estado de São Paulo.  “Em 2010, o governo federal colocou R$ 120 milhões à disposição, mas só R$ 15 milhões foram liberados por falta de projetos adequados de combate ao crack”, disse o deputado estadual, Orlando Bolçone, integrante da Frente Parlamentar de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas.
Andréa Gallassi, coordenadora nacional da Área Técnica de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas do Ministério da Saúde, orientou os participantes sobre as políticas que devem ser adotadas para a liberação do dinheiro.
O ponto alto das discussões foi que a prevenção, combate e tratamento dependem de ações conjuntas entre os setores da saúde, educação, social, justiça e segurança.Para se obter resultados positivos também é consenso que só por meio de união dos municípios, estado e governo federal. “O problema das drogas é tão complexo e desafiante que só com o envolvimento de toda a sociedade é que poderemos ter um futuro melhor”, diz Bolçone.
Fórum /No final do seminário foi criado um fórum que vai manter os debates e orientações de políticas públicas de enfrentamento ao crack e outras drogas.
Pesquisa /Dos 645 municípios do estado, 315 participaram de uma pesquisa feita pela Frente Parlamentar e, para 58% dessas cidades, o alcoolismo é o vício que mais demanda recursos do sistema público de saúde para tratamentos. Em seguida vem o crack, com 28%. A cocaína representa 8% e a maconha, 6%.
Interior não tem leitos para dependentes
Dos 315 municípios que participaram da pesquisa, só 6% têm leitos destinados para o tratamento de dependentes químicos, sendo que Rio Preto é uma das cidades que oferece leitos para internação.
76% dos usuários de drogas têm entre 16 e 35 anos. A faixa etária mais atingida é a dos 16 aos 20 anos, com 25% das citações.
Retorno às drogas é superior a 50%
Das cidades participantes, 39% afirmam que a reincidência nos tratamentos a usuários é superior a 50%. Já, para outros 26% dos municípios pesquisados, a recaída às drogas chega a 91% dos usuários que se submeteram a tratamento.

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