quinta-feira, 26 de julho de 2012

O DINHEIRO DO CRACK CHEGA AGORA NO PIAUI?

Piauí receberá cerca de R$ 10 milhões para o combate ao crack
O governador Wilson Martins (PSB) e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, assinarão na tarde desta quinta-feira a adesão do Piauí ao Plano Crack, é Possível Vencer, do governo federal.
O Piauí deverá receber cerca de R$ 10 milhões para a execução do plano.
Com o pacto, começam e são fortalecidas ações para aumentar a oferta de tratamento de saúde e atenção aos usuários de drogas, para enfrentar o tráfico e as organizações criminosas e para ampliar atividades de prevenção. Serão investidos no Estado recursos do Ministério da Saúde, do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e do Ministério da Justiça.
Lançado no dia 7 de dezembro de 2011 pela presidenta Dilma Rousseff e os ministros da Saúde, Alexandre Padilha, e da Justiça, José Eduardo Cardozo, o programa prevê um investimento de R$ 4 bilhões da União e articulação com estados, Distrito Federal e municípios, além da participação da sociedade civil.
Participam ainda da reunião representantes da Prefeitura de Teresina.
A reunião tem inicio às 8h30, ao final dos trabalhos deve acontecer a pactuação do plano “Crack, é possível vencer”, com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, com o governador Wilson Martins e com o prefeito da capital, Elmano Férrer (PTB).
Estados como Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Espirito Santo e Acre já aderiram ao programa.
A diretora de Vigilância e Atenção à Saúde da Secretaria Estadual de Saúde, Telma Evangelista, afirmou que alguns recursos serão discutidos com o governador Wilson Martins e o ministro Alexandre Padilha.
Ela afirmou que com a adesão, o Piauí poderá nos próximos dois anos ter 200 leitos para atendimento aos usuários de drogas, em especial o crack. As vagas serão possíveis por meio da abertura leitos em enfermarias especializadas; construção de três centros novos Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS) 24 horas, sendo um em Teresina, um em Parnaíba e um em Floriano. e uma Unidade de Acolhimento Infanto Juvenil.
As Unidades de Acolhimento Infanto Juvenil só podem ser criadas em cidades com população a partir dos 100 mil habitantes e 2 mil crianças em vício. Telma Evangelista diz que as cidades que atendem esses critérios no Piauí são Teresina e Parnaíba.
Será criada um residência terapêutica na Colônia Agrícola Major César de Oliveira, em Altos (42 km de Teresina) porque lá estão detidos várias pessoas com transtornos mentai.
Telma Evangelista informou que será criado um Centro de Referência Feminino em Teresina, que não existe, para tratamento de mulheres dependentes químicas.
“É importante que a rede de Saúde acolha sem preconceito, acolha o dependente e seus familiares e ajude o dependente a reconstruir seu projeto de vida”, destacou Padilha.
A iniciativa tem o objetivo de aumentar a oferta de tratamento de saúde e atenção aos usuários drogas, enfrentar o tráfico e as organizações criminosas e ampliar atividades de prevenção.
Na área da saúde, o plano prevê a estruturação da rede de cuidados Conte Com a Gente, que auxiliará os usuários e seus familiares na construção de projetos terapêuticos, em parceria com a Rede SUAS – Sistema Único de Assistência Social, atuando na reinserção social dos usuários. A rede de cuidado é composta de equipamentos de saúde distintos, para atender os usuários em situações diferentes.
Uma das novidades do plano é a criação de enfermarias especializadas nos hospitais gerais do Sistema Único de Saúde (SUS).
Serão criados consultórios na rua, que farão atendimento volante. Cada consultório terá equipes de médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, que atuarão de forma integrada com as equipes de Abordagem Social.
Já os Centros de Atenção Psicossocial para Álcool e Drogas (CAPSad) passarão a funcionar 24 horas por dia, 7 dias por semana. O atendimento será reforçado também pela criação de unidades de acolhimento, adulto e infanto-juvenil, que ofertarão cuidados para garantia da integralidade da atenção psicossocial.
O Crack, é possível vencer contempla também a ampliação dos repasses do Ministério para as instituições da sociedade civil que fazem atendimento aos usuários e seus familiares, desde que cumpram critérios estabelecidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e assegurem um ambiente adequado, que respeite a integridade dos direitos humanos dos usuários e de seus familiares.
O senador Wellington Dias (PT) foi convidado a participar de uma reunião com a equipe do governo federal para tratar do Programa de
Políticas sobre Drogas. No encontro com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha,, em Brasília,
Wellington apresentou sugestões para reduzir a burocracia que está atrapalhando os objetivos da Política sobre Drogas.
“Boa parte das sugestões apresentadas pelo senador Wellington Dias foram incluídas na reformulação da Política sobre Drogas do governo
federal, como a criação de uma unidade tipicamente de saúde para internação prolongada do dependente químico”, explicou o ministro da
Saúde.
A unidade de saúde atenderá os dependentes, com áreas de acolhimento e tratamento do vício funcionando com o apoio de uma equipe integrada formada por vários profissionais de saúde, educação e assistência social com qualificação na área do dependente químico. Essas unidades funcionarão como uma parceria entre o setor público – o governo federal financiará 80% dos custos – sendo 20% por conta dos
municípios, Estados ou setor privado.
“O objetivo é a desintoxicação, o tratamento psiquiátrico, psicológico, além da parte física. Após isso, os pacientes devem ser
encaminhados para comunidades terapêuticas para a reinserção social”, falou Wellington Dias.


Há meses acompanha a arenga sobre o Piauí não receber recursos federais para fazer suas ações de saúde ( repressão é outra área), na questão do uso do crack e outras drogas. Ora, sempre houve recursos disponíveis no MS para instalação de novos serviços que correspondem a política da Reforma Psiquiátrica, precisando apenas que os gestores municipais, principalmente, já que a politica de saúde é municipalizada, elaborassem seus projetos de CAPS ad (álcool e outras drogas), com qualidade e a gestão estadual, Gerência de Saúde Mental os enviassem ao MS. Tudo correto, o serviço poderia ser instalado e a partir de um certo tempo, receber mensalmente os valores estipulados a cada tipo de CAPS.
No dia que saiu o edital sobre o consultório de rua no site do MS/saúde mental enviei a companheiras da FMS que fizeram o projeto e o serviço está funcionando. Com que resolutividade não sei. O fato do Estado  nesse momento não ofertar um número maior de serviços, formando uma rede de saúde mental realmente resolutiva não é a falta de recursos, mas de má gestão, de não técnicos da área comandando o que não conhecem, exemplo claro, é Wellington Dias insistir na volta dos grandes "PAs" (Pavilhão dos Alcólicos, desativado em 2005 no HAA), onde se internava todo tipo de dependência química, com registros de mortes inexplicáveis.
No final de 2010, depois de uma luta politica, saúde mental tem muita luta politica, não é diabetes, hipertensão ou saúde bucal, conseguiu-se passando por audiência pública na Cãmara de Vereadores, bipartite e tudo que um CAPS III ad funcionaria nas dependências sub utilizadas do Hospital Dia do complexo do HAA. Assumindo o novo governo e a louca da enfermeira Lílian, que ficou peidando sem entender de nada, esse CAPS não foi construído. Esse centro de tratamento para mulheres com esforço de quem realmente tivesse compromisso já teria saido. Esperemos. O dinheiro chegou!!!

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