Querida Nercinda,
Uso medicação desde os nove anos. Vão lá uns trinta e tanto. Deixei-as por algum tempo por variadas temporadas da minha vida. Mas desde 2007 ciclei muito. Sou ex paciente de manicômio mesmo. Corri nua na rua, perdi qualquer noção de realidade. Não quero nunca mais isso. Tenho pavor só de pensar em crises agudas, então aprendi a aceitar a doença mental, minhas limitações e com muita dificuldade aderi mesmo às medicações. Mamas cresceram, vivo cheia de gases e não posso usar anti-inflamatórios que há interação medicamentosa com as 500 mg de divalproato de sódio e me enlouquecem. E tarja preta (ansiolítco) , cinco dias sem eles descompenso totalmente. Não luto mais contra, mas a favor de medicações com maior poder de resolutividade e menos efeitos colaterais. Já tentei várias e vou ficando com a que deixa minha cabeça funcionando melhor, apesar do corpo ( partes dele, padecerem).
Acho temeroso essa coisa da rejeição a medicação, já perdi amigos por suicídio em crise, e conheço tantas outras que tentaram, além de se tornarem pessoas disfuncionais, com cara e comportamentos bizarros, etc. Paciente esclarecido que vai buscar sua saúde mental por várias maneiras, uma delas vencendo o autopreconceito é a melhor estratégia para qualidade de vida vivendo com transtornos mentais.
Beijo
Uso medicação desde os nove anos. Vão lá uns trinta e tanto. Deixei-as por algum tempo por variadas temporadas da minha vida. Mas desde 2007 ciclei muito. Sou ex paciente de manicômio mesmo. Corri nua na rua, perdi qualquer noção de realidade. Não quero nunca mais isso. Tenho pavor só de pensar em crises agudas, então aprendi a aceitar a doença mental, minhas limitações e com muita dificuldade aderi mesmo às medicações. Mamas cresceram, vivo cheia de gases e não posso usar anti-inflamatórios que há interação medicamentosa com as 500 mg de divalproato de sódio e me enlouquecem. E tarja preta (ansiolítco) , cinco dias sem eles descompenso totalmente. Não luto mais contra, mas a favor de medicações com maior poder de resolutividade e menos efeitos colaterais. Já tentei várias e vou ficando com a que deixa minha cabeça funcionando melhor, apesar do corpo ( partes dele, padecerem).
Acho temeroso essa coisa da rejeição a medicação, já perdi amigos por suicídio em crise, e conheço tantas outras que tentaram, além de se tornarem pessoas disfuncionais, com cara e comportamentos bizarros, etc. Paciente esclarecido que vai buscar sua saúde mental por várias maneiras, uma delas vencendo o autopreconceito é a melhor estratégia para qualidade de vida vivendo com transtornos mentais.
Beijo
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