terça-feira, 3 de julho de 2012

SAÚDE MENTAL INFANTIL E ESCOLA INCLUSIVA

Estive recentemente participando da Conferência  Estadual da Pessoa com Deficiência, e como sempre acontece fico babando de inveja branca das conquistas por mínimas, mas visíveis que os determinados grupos organizados por deficiência já conquistaram. Os surdos com direito a interpretes de LIBRAS, alguns cegos empoderados, presidentes de conselhos, nacional e estaduais. Alguns cadeirantes motorizados, com seus carros adaptados e com financiamento facilitado. A mesa da manhã do dia 29 era composta hegemonicamente de pessoas com deficiência e familiares. Exemplo de protagonismo dos sujeitos que discutem, opinam e tem voz e voto sobre suas possibilidades de viver melhor.
Os delegados eleitos para a conferência nacional na sua maioria foram pessoas com deficiência, bem diferente da conferência  estadual de saúde mental intersetorial de 2010, onde "os normais" fizeram tanta confusão e não levaram nem um louco genuino, apenas um ad. Longa luta ainda é necessário ser travada para que aconteça a acessibilidade em saúde mental, empoderamento então, será um momento muito mais amadurecido da batalha.
Uma representante do MEC ( deficiente física) expôs sobre a política de Educação inclusiva, a formação continuada para professores em bilinguismo, sobre o número de salas de AEE ( Atendimento especializado) para crianças com deficiências. Expressão já conhecida crianças TGDs ( Transtornos Globais do Desenvolvimento), mas somente as diversas manifestações do autismo são reconhecidas e a síndrome de Doaw, as psicoses infantis e os trantornos invasivos da infãncia sem outras especificações, estes últimos incluo uma nova geração de crianças que chegam às escolas, que são os filhos de mulheres dependentes químicas, crianças com algum comprometimento psíquico observado pelo comportamento bizarro, agressivo, retraído, com dificuldades cognitvas, de atenção, etc. Estas são invísíveis nos documentos do MEC. O movimento antimanicomial precisa urgente encampar campanhas a favor das crianças loucas, porque criança também tem crise mental, por mais que a ideologia da antimedicação da vida negue, estas crianças necessitam de um diagnóstico e reabilitação precoce, acesso a educação especial para que tenhamos adultos psicóticos ( se não houver cura da loucura nos próximos 18 ou 20 anos ), estes terão viverão com mais qualidade de vida e acessibilidade, quem sabe até empoderados. Não mais naquelas mesas dos encontros de saúde mental liderados por normais, que são sempre as últimas: "fala louco, que ninguém mais te escuta."

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