domingo, 14 de agosto de 2011

USUÁRIOS VÃO A LUTA CONTRA FINANCIAMENTO PÚBLICO DAS COMUNIDADES TERAPÊUTICAS

Movimento de saúde mental questiona financiamento do SUS a comunidades terapêuticas
 

Na quinta-feira, 11 de agosto, foi divulgado o Relatório Final da IV Conferência Nacional de Saúde Mental. Durante a tarde, Gilberto Carvalho, ministro da SecretariaGeral de Presidência da República,  recebeu usuários dos serviços de saúde mental, familiares, representante do Conselho Nacional  de Saúde e de entidades profissionais da área, entre eles o presidente do Conselho Federal de Psciologia, Humberto Verona.
Além de apresentar o documento, solicitaram audiência com a presidenta Dilma Rousseff para posicionar-se contra o financiamento público, via Sistema Único de Saúde, para comunidades terapêuticas. Políticas nessa linha vão contra as deliberações da IV Conferência, organizada e referendada pelo governo Federal.
“Viemos aqui para dizer que estamos diante de um problema grave, pois enxergamos um retrocesso na política de tratamento dos usuários de drogas, que é contrário ao que prevê a Reforma Psiquiátrica e também um retrocesso no que a luta antimanicomial construiu”, disse Humberto Verona.
O ministro Gilberto Carvalho mostrou-se preocupado e disse que tentará levar à presidenta da República, destacando a importância de não haver retrocesso nas políticas da área. Ele disse que pedirá prudência do governo ao tomar providências sobre o tema. “Vou demandar à presidenta que não percamos o que foi avanço”, disse.
As entidades seguem buscando canais para conseguir audiência com a presidenta Dilma Rousseff sobre o tema, pois foram informadas que está agendada reunião com defensores das comunidades terapêuticas.

Do que temos medo? Da volta da indústria da loucura, travestida de dependência química. Imagine, as CTs cobrando de 600,00 a 800,00 mês por cada usuário, será um negócio muito lucrativo e caro para o contribuinte. Continuemos apostando na rede de saúde mental, nos CAPS ad, na política de redução de danos, na prevenção e assistência ao àlcool/tabagismo nas escolas: trabalho mais duro, mas que aponta para a reabilitação em liberdade e reconquista dos contratos sociais e autonomia dos usuários.




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