quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

NÃO QUERO PSICOCIRURGIAS, ECTS PARA CONTROLAR MINHA SUBJETIVIDADE!

Diálogo na loja:
__ Onde processo os chineses que produziram este guarda-chuva? Quebrou .Comprei ontem, lembram? Quero trocar por outro.
Vendedor simpático de ontem:
__ Não é comigo. Fale com o gerente.
__ Ora, resolva. Você me vendeu. Juro, que não gostaria de me ver zangada ... ( meus pedreiros odeiam essa parte).
O gerente aparece e pega a peça que soltou do guarda-chuva impedindo que se feche e abra automaticamente e ajeita e ajeita... tenta me devolver "consertado". Não aceito e não tenho o cupom fiscal da compra. Esqueci. Aparece um outro senhor autoritário, deve ser o dono, "manda" que me sente. Não sento. E cai  na desgraça de dizer que estou nervosa. Odeio.
__ Não estou nervosa: sou psicótica mesmo. E vou procurar nesta loja uma capa de chuva enquanto vocês resolvem se trocam o guarda-chuva. Se tiver que ir em casa pegar o cupom, vou querer o meu dinheiro de volta!!! Todos vocês viram que comprei aqui, mais uma bolsa e tudo a vista.
Resolveram trocar o guarda-chuva. Ouvi o infeliz comentário do homem mais velho, sobre a situação de se encontrar em frente a um redemoinho (eu!!). Tomei-lhes das mãos o tal guarda-chuva, empunhei e disse:
__ Redemoinho não: TEMPESTADE gosto de ser chamada assim. Sou tempestade mesmo, com raios, trovoadas... água levando tudo.
Sei lá. Desde a universidade o povo comum tem a mania de associar minha personalidade às  estas interpéries naturais. Mais se o cabra não tivesse me chamado de nervosa não teria tido confusão. É como somos, o que anos de medicação fazem com nossas mãos que tremem. É uma condição de existência. Se tivesse me chamado de  louca ( não é bom está sintomática), teria feito seis respirações e negociado com mais calma.


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PSIQUIATRIA SEM HOSPÍCIO

POR UMA CLÍNICA DA REFORMA PSIQUIÁTRICA: COM SUBJETIVIDADE, MEDICAÇÃO COM MENOS EFEITOS COLATERAIS E MAIOR PODER DE RESOLUTIVIDADE ASSOCIADA A PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.