segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

DOIS MESES SEM GERENTE DE SAÚDE MENTAL NO ESTADO

A sala reformada ficou mais confortável, antes um amontoado de papeis, armários velhos, sem cadeiras. Era um ambiente de trabalho feio e desconfortável. Agora é mais bonito, bem climatizado, armários novos e cadeiras suficientes. Como as demais salas da SESAPI, tem vidros que mostram que há dois meses ninguém senta à mesa da (o) gerente de saúde mental. Apenas cinco funcionários no momento, não comentemos aqui seus vínculos com o Estado. Ninguém responde nem interinamente pela pasta. Uma assistente social ficou mantida em sua função de coordenadora de CAPS, mas ações tão importantes como as supervisões aos serviços no interior do Estado, para  acompanhamento e resolução de problemas que dificultam o desempenho com qualidade da clínica da atenção psicossocial não estão sendo executada, gravemente entre estes problemas estão os muitos casos de cárceres privados.
Tivemos dentro da política de enfrentamento ao álcool e outras drogas projetos aprovados que já deveriam está em curso como o Centro de Referência para Formação Permanente de profissionais que atuam nas redes de atenção integral à saúde e de assistência social com usuários de crack e outras drogas e familiares (portaria n. 58 de 14/12/2010: parceria entre SESAPI e UFPI coordenado por José Ivo Pedrosa e a Escola de Supervisores Clínicos, também voltados para ad, coordenado pela UFPI, através de Lúcia Rosa. Perdemos uma experiência exitosa, a ETAC, enfermaria  transitória de atenção à crise, instalada via ministério público no HAA que servia como reguladora da porta de entrada do usuário: 72 horas na ETAC com acompanhante, avaliado por equipe multidisciplinar era encaminhado para os CAPS ou descia para os pavilhões se fosse o caso. Acompanhei casos "crônicos" de pacientes e familiares acharem novos rumos diferentes das internações regulares e sem visitas.
A festa é dos ratos, quando o gato não está em casa (acho que é assim o ditado) HAA lotado. CAPS lotados, ambulatórios e consultórios particulares lotados. Suicídios e tentativas mal notificadas acontecendo com frequência. Luta pela regularização da medicação atípica na farmácia de excepcionais (não falta apenas as psicotrópicas) e convencimento aos nossos psiquiatras que podemos tomar apenas uma drágea e ficar bem, não há necessidade de um coquetel psi de seis medicamentos ou mais. Precisamos estarmos incluidos nos programas de acessibilidade para pessoas sob condições vulneráveis: emprego, moradia, educação inclusiva, lazer (não temos um centro de convivência e cultura), benefício de prestação continuada, cotas em concursos, e outros. 
Quem liga?


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POR UMA CLÍNICA DA REFORMA PSIQUIÁTRICA: COM SUBJETIVIDADE, MEDICAÇÃO COM MENOS EFEITOS COLATERAIS E MAIOR PODER DE RESOLUTIVIDADE ASSOCIADA A PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.