quinta-feira, 21 de outubro de 2010

ALÔ! É DO CAPS? É A EDILEUZA...

Recuperando-me de algumas semanas sintomática, ainda fragilizada, essa frase tem se tornado comum. Ligo para os CAPS em busca de parcerias, atendimendo para usuários que me procuram, populares que fazem denúncias sobre possíveis cárceres privados, usuários sem nenhum atendimento em alguma área da cidade. Identifico o serviço do "território" e ligo. Há causas que adotamos que não podemos mais desistir delas. 
Venho a público agradecer aos profissionais que me atendem com presteza, principalmente minhas colegas do Serviço Social.

CAROLINE CRUZ
Sem vínculos familiares que sustentem sua estabilidade. Há mais de ano  segue delirante. Agradeço o CAPS Norte na pessoa da assistente social Mônica, que está tentando uma abordagem. Carol diz que só lhe faço mal. Está bem zangada comigo.

CAPS SUDESTE
Agradeço a psicóloga Vanessa, depois de alguns desacordos, acertamos nossa amizade. Ambas estamos do lado do usuário. Particulamente estou do lado do usuário e pronta para colaborar com profissionais comprometidos e sem nenum medo, denunciar aqueles que só atrapalham a vida de pessoas em desvantagens sociais, como a pessoa que vive com transtorno mental. A assistente social Didata e outros profissionais da equipe sempre marcam as consultas para a anamnese, eu é que nem sempre consigo convencer o usuário da necessidade e importância de passar pelo CAPS. Meu muito obrigada a todos.

Nosso grupo não tem feito visitas domiciliares, somente reuniões sistemáticas, as rodas do amor terapêutico e demais atividades de defesa dos direitos dos usuários. Geralmente participo de todas as atividades, e ultimamente para manter minha saúde tenho reduzido significativamente essa participação. Ouço muitas queixas de usuários dos serviços que requerem uma ação mais política, só que infelizmente, não temos tantos normais parceiros que tomem a frente desses enfrentamentos. Precisamos admitir nossas limitações impostas pelas patologias com as quais vivemos... mas estamos vivos e atentos e prontos para recorrer aos órgãos de defesa dos Direitos Humanos e Ministério Público. A luta dá um desãnimo, a exposição excessiva, as cobranças maiores que as ajudas, muitos companheiros anunciam estarem militando em outras áreas, disfarçados de normais. Resistimos pensando em outras estratégias: se intelectuais orgãnicos loucos não estiverem no front, quem nos defenderá? Fiquemos com o que resta na caixinha de Pandora: a esperança!

 






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