É realmente um absurdo essa Lei do Ato Médico. Há alguns anos venho fazendo a minha parte, defendendo a atuação de profissioanis não médicos, ou seja, PROFISSIONAIS DE SAÚDE, de forma multi, inter e transdisciplinar, entendendo que cada um faz sua parte e, como não poderia deixar de ser, existem sim áreas de superposição, e que não há mal nenhum se duas ou mais categorias profisisonais fizerem a mesma coisa em algumas situações, desde que TODOS estejam capacitados para tal. Não é a categoria que legitima o fazer, mas o saber.
Num país em que milhões de brasileiros não têm acesso a nenhum médico, como restringir a atuação dos outros profissionais de saúde devido à reserva de mercado? Então a saúde é apenas um terreno comercial disputado entre setores que querem para si o lucro? Ou o médico é um ser superior que, por natureza, tem o direito de subjugar todos os outros profissionais que, como ele, cursaram nível superior e muitas vezes têm mestrado, doutorado, etc.?
Como médica me envergonho de minha classe neste momento, e penso que este comportamento é de uma minoria de médicos passados, com suas clínicas particulares familiares e seus saberes antigos, de velhas e cristalizadas corporações acadêmicas, de saberes rotos e ultrapassados defendendo como feras seu direito à inércia intelectual e à manutenção, a qualquer preço, de seus "staus quo".
A classe médica que eu conheço, de Saúde Pública, médico de povo e de pobre, não pensa assim; trabalha diuturnamente lado a lado com os enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, assistentes sociais e todos os outros profissioanais que, juntos, formam um mesmo time, todos do mesmo lado do campo. A proposta é que joguemos contra o time inimigo, o da falta de condições de trabalho, da injustiça do sistema de saúde e da falta de condições sociais dignas para que o ser humano goze de saúde plena.
Guida Silva
SMSDC/Rio de Janeiro
Email da Cristina Isabel, assistente social em Recife
retirado de comunições em grupos do yahoo.
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