Pequeno livro azul com um desenho de uma bússola e uma âncora na capa, organizado por professora Lúcia Rosa da UFPI, trazendo as colaborações de Alexandre Barbosa Nogueira, psiquiatra, Irlane Gonçalves de Abreu, professora e familiar, Josélia Carvalho, atuante assistente social na área da saúde mental. Publicação de 2003.Projeto de pesquisa financiado pela FAPEPI/Ministério da Saúde.
"O que é o louco?"
Em primeiro lugar, é um xingamento; em todos os sentidos, seja quando nos dirigimos a terceiros ou ao próprio doente, devemos evitar esse termo, por ser pejorativo e depreciativo.
"Como devemos nos dirigir a uma pessoa considerada louca pela comunidade?"
Com respeito e com cautela; evitar concordar com alucinações e delírios do paciente, bem como evitar contra-argumentar sobre tais sintomas; se o paciente diz que está ouvindo "vozes", você pode dizer que acredita que ele esteja ouvindo [...]; mas não deve dizer que "essas vozes não existem".[...]
"O que é o nervoso?"
É um xingamento menos agressivo, mais atenuado do que o anteriormente descrito. [...] de forma geral esa pessoa descrita como nervosa tem algumas características, tais como: ansiedade,irritabilidade, medos exagerados ou infundados, inibições, recalques, fobias, obssessões,rituais compulsivos; pessoas que se meocionam facilmente, que têm dificuldade de começar a dormir, que têm medo de doença, [...] choram por motivos banais.
"Como a família age? (quando detecta que seu familiar é Portador de Transtorno Mental (PTM))
Uma vez constatada a situação de que o familiar "está dando problema" a família começa a busca por soluções: médicaos de toda natureza ( a questão é clínica? É hrmonal? É cardíaca? É psicológica?), parapsicólogos, terapeutas alternativos ( leia-se tratamentos espirituais, com ervas, em casa de mãe de santo...), tudo é procurado. O médico psiquiatra e os tratamentos convencionais, com consultas regulares e a prescrição de medicamentos, tornam-se, entretanto, a " solução".
"Quais são os os principais cuidados com o PTM?
[...] A aceitação da medicação é causa de muita argumentação e convencimento. [...] Os remédios, muitas vezes, são jogados fora ou tomados em horários inadequados, por isso o cuidador usa, frequentemente, a estratégia de colocá-los camuflados na alimentação.
Páginas: 9/10/54 e 55
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