O suicídio no Brasil se tornou um problema de saúde pública, hoje escapa a considerações morais e religiosas. Teresina é uma recordista nacional em suicídios, toda semana vários casos ou tentativas, pessoas que conviverão com sequelas, são notificados. Imagina tentar morrer, não conseguir e ser internada em um hospital psiquiátrico para vigilância, que não se faz mais nada além disso... é passar pelo inferno, sem perder a vida. Os intelectuais discutem, as religiões, os psiquiatras montam esquemas para a abordagem da ideação suicida. Mas acho que falta principalmente um serviço de acolhimento ao sobrevivente, um espaço que favoreça (tratamento) uma resignificação da vida. Psicofármacos não produzem esperança para a alma. Nem a culpa que as religiões imprimem em seus discursos aos sobreviventes, a familia do suicida que fica estigmatizada colaboram para essa "pintura nova" na casa da vida. É necessário que pensemos soluções coletivas.
Soluções que perpassam por valores que pesam como ouro, portanto raros: mais amor, solidariedade, tolerância, espiritualidade (além das concepções religiosas tradicionais), bondade entre as pessoas. Não me fixo num certo determinismo econômico, porque aqui em Teresina os bairros nobres lideram a estatística suicida.
Soluções que perpassam por valores que pesam como ouro, portanto raros: mais amor, solidariedade, tolerância, espiritualidade (além das concepções religiosas tradicionais), bondade entre as pessoas. Não me fixo num certo determinismo econômico, porque aqui em Teresina os bairros nobres lideram a estatística suicida.
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