III Congresso Brasileiro de Saúde Mental acontecerá em Fortaleza-CE
10/01/2012 às 13:01
O III Congresso Brasileiro de Saúde Mental (Associação Brasileira de Saúde Mental - ASBRAME) surge com o tema "Aperreios e Doidices: saúde mental como diversidade, subjetividade e luta política".
Período de Realização: 07 a 09 de junho de 2012.
Local: Centro de Convenções do Ceará.
Mais Informações: http://www.congresso2012.abrasme.org.br/
Período de Realização: 07 a 09 de junho de 2012.
Local: Centro de Convenções do Ceará.
Mais Informações: http://www.congresso2012.abrasme.org.br/
Trabalhos científicos: A Comissão Organizadora receberá até o dia 15 de março de 2012 inscrições de trabalhos científicos, individuais ou coletivos, nos eixos do congresso.
EIXOS TEMÁTICOS
Eixo 1 - Formação e a Produção do Conhecimento em Saúde Mental
Produção do conhecimento: ensino, educação permanente e pesquisa. Modelos de avaliação CAPES/CNPq no ensino de pós-graduação. Formação em saúde mental no contexto do SUS. Supervisão e formação em serviço. Políticas indutoras de transformação das práticas.
Eixo 2 - Políticas em Saúde Mental: Primazia do Público Sob(re) o Privado
Abordar as crescentes e distintas formas de terceirização do sistema de saúde em geral e da saúde mental em particular, assim como a precarização do trabalho e da gestão, as denominadas parcerias público-privado, as transferências de recursos públicos para o privado, os subsídios públicos aos planos de saúde, as OSs, OSCIPs, as cooperativas, a renúncia fiscal para as filantrópicas, a desvinculação dos recursos da União (DRU) e temas análogos.
Eixo 3 - Práticas integrativas e complementares no contexto da Atenção Psicossocial
Saúde mental comunitária, massoterapias, novas formas de intervenção e abordagem, promoção de saúde mental, arte como intervenção terapêutica, redes sociais de apoio, reiki, fitoterapia, recursos terapêuticos da comunidade, espiritualidade, saberes e práticas populares
Eixo 4 - Cidadania: Participação Social e Construção dos Sujeitos
No final dos anos 1970, os movimentos sociais intensificam a sua luta contra a ditadura militar, reivindicando seus direitos, entre eles, o movimento de reforma sanitária que luta por Direito à saúde para todos, envolvendo entidades como Centro Brasileiro de Estudos de Saúde, Movimento de Renovação Médica, Ordem dos Advogados do Brasil, Associação Brasileira de Imprensa, Comunidades Eclesiais de Base, associações comunitárias, entre outras. No mesmo período surge o Movimento dos Trabalhadores em Saúde Mental no ano de 1978 e, em 1987, se transforma no Movimento Nacional de Luta Antimanicomial radicalizando sua luta ao incorporar os usuários dos serviços de saúde mental e seus familiares na luta pelo direito à saúde mental e ao adotar o lema Por uma Sociedade sem Manicômios. Nos últimos anos, os movimentos sociais retomam a sua mobilização lutando pela re-politização do SUS. Os atores políticos envolvem desde os conselhos de saúde, as mobilizações da reforma psiquiátrica e reforma sanitária, da luta antimanicomial, a incorporação na luta pelo direito à saúde com um papel de destaque para o Ministério Público e Defensorias na defesa dos direitos, a luta pela extinção dos manicômios judiciários, práticas co-gestivas e de emancipação. Ainda ampliam a discussão sobre a violação aos Direitos humanos em saúde mental, gestão autônoma da medicação e a luta contra o estigma e exclusão social.
Eixo 5 - Linhas de Cuidados e suas abordagens, sentidos e práticas em Saúde Mental
Frente a novas formas de sofrer próprias aos tempos atuais, abordar experiências clínicas inovadoras com grupos sociais que passam a ser objeto da atenção psicossocial, tais como idosos, população em situação de rua, indígenas, trabalhador (a) s do sexo, LGBT, imigrantes clandestinos, etc.
Eixo 6 - Processo de Trabalho no cotidiano dos serviços: experiências exitosas em Saúde Mental
Aborda as questões do trabalho em saúde mental, com ênfase no processo de trabalho e subjetividade; na atuação da equipe multiprofissional e interdisciplinar com seus saberes e práticas, considerando o cuidado integral a partir da interlocução da saúde mental com a rede de serviços assistenciais, intersetoriais, no território e junto as comunidade. Nesse contexto, destacam-se temas como, apoio matricial, participação da família/cuidadores no trabalho em SM, ações em rede e intersetoriais, a inserção do usuário como protagonista no processo de cuidar. Busca discutir, ainda, a precarização do trabalho em saúde mental no Sistema Único de Saúde (SUS), a organização dos trabalhadores de saúde mental.
Eixo 7 - Drogas e Cultura: um Enfoque Socioantropológico
No atual contexto dos problemas relacionados ao abuso de Substâncias Psicoativas (DROGAS), novos e antigos dilemas ainda se tensionam. Impulsionado pela falácia da epidemia de Crack, setores políticos tradicionais e midiáticos pressionam pelo financiamento público de comunidades ditas terapêuticas, centradas na doença, na segregação e exclusão dos usuários de drogas. Enquanto os serviços de atenção psicossocial sofrem com a falta de investimentos, seja para melhoria das condições de trabalho, seja para articular novos equipamentos sociais e de saúde como: os consultórios de rua, unidades de desintoxicação em hospital geral e casas de passagens, assim como ações mais concretas de redução de danos. Discursos higienistas, internações compulsórias e involuntárias põem de lado a discussão sobre os problemas relacionados à comercialização e a propaganda das drogas lícitas: álcool, tabaco, medicamentos. O apelo moral concernente ao uso de drogas desconsidera os laços sociais e culturais destas substancias com a humanidade, prejudicando ações mais resolutivas de prevenção e tratamento ao uso problemáticos de drogas pela sociedade.
Eixo 8 - Diversidade Cultural, Formação Artístico-cultural e a Desinstitucionalização
É notório como as ações artísticas e culturais vêm colaborando para a construção de um outro olhar para os modelos e as abordagens na área da saúde mental e atenção psicossocial, bem como contribuindo no fortalecimento de uma nova visão de política pública onde o respeito a identidade e a diversidade cultural contribuem no fomento de um país mais democrático, no sentido de incluir, socializar, descentralizar e potencializar o direito à criação e a produção. A Organização dos Grupos de trabalho prevê alguns eixos que tratam dos avanços, dificuldades e desafios enfrentados nas seguintes esferas: Arte e cultura no campo da saúde mental; Iniciativas Culturais; Trabalhos artisticos-culturais e geração de renda; Arte como promoção de saúde, vida, saúde mental e expressão cultural; Formas de vida e cultura; Regionalismo e saúde mental; Direitos Humanos e Diversidade cultural.
Eixo 9 - Saúde Mental e Saúde Suplementar: a doença como mercadoria ou direito à Saúde
Abordar a concepção do processo saúde-doença no âmbito da saúde suplementar, experiências assistenciais relacionadas a rede suplementar (planos de saúde e seguro saúde), mercantilização da doença e do sofrimento, saúde suplementar e direito à saúde, universalidade, integralidade, subsídios públicos à saúde suplementar, as contradições e impasses entre o SUS e a saúde suplementar,
Eixo 10 -Medicalização Social
O marketing da loucura e a construção social das psicopatologias. A formação dos profissionais de saúde mental segundo os critérios dos Manuais de Diagnóstico hoje hegemônicos, e os desafios para o aprofundamento da desinstitucionalização psiquiátrica. Experiências de movimentos sociais de luta contra a medicalização da vida.
Eixo 11 - Gênero e Sexualidade
Diferenças de gênero, modos de adoecimento e políticas públicas de saúde mental. Diversidade sexual, cidadania e processos de subjetivação. Violência de gênero e sofrimento mental (homofobia, violência doméstica, discriminação, estígma).
Eixo 12 - Determinação Social no Campo da Saúde Mental
Abordar a relação entre saúde mental e modo de vida. É importante ressaltar que esse último não deve ser entendido simplesmente como os comportamentos do individuo perante a saúde mental, mas refere-se aos aspectos simbólicos dos acontecimentos sociais da vida cotidiana apreendidos sob a perspectiva sócio histórica. Nesse contexto, alguns temas se destacam: Qualidade de vida; Proteção e Promoção da saúde; Processos de Trabalho; Acesso aos bens e serviços; Intersetorialidade; Violência social; Migração; Equidade em saúde mental; Situação de rua; Marginalização; Territorialização e Epidemiologia em saúde mental.
PÓTERE ASSESSORIA SOCIAL
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