segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

EXCLUIDOS URBANOS

Se há uma já antiga discussão sobre a medicalização ou psiquiatrização da vida.Como diz Rotelli, italiano do grupo de Basaglia, a psiquiatria é a ciência dos refugos, tudo aquilo que a medicina biológica, a justiça e assistência social não resolve é entregue a psiquiatria. Neste momento de "grande internação" como aconteceu no século XVI, movimentos "indignados" contra a exclusão de grande contigente que não participa da produção, nem é seu exército de reserva vão-se constituindo dando uma cara ao século XXI. O movimento da luta antimanicomial  não poderia está de fora.


Assunto: [emdefesareformapsiquiatrica] Documentário Atrás da Porta


Oi, compas

No youtube está postado um video independente, Atrás da Porta, com uma reflexão muito importante nestes tempos em que nossas mobilizações precisam fortalecerem-se a ponto de a indignação traduzir-se em atitude, resistência e ação coletiva. Mais um grito que precisa ser ouvido. Na Luz em Sao Paulo, a mesma história...

Em consonância com alguns movimentos interessantes que vêm faiscando no mundo, esses coletivos de luta brigam cotidianamente por um direito que já deveria estar garantido a todos. A lógica da especulação imobiliária do centro e da marginalização periférica dos pobres é tão perversa que às vezes assusta. O que podemos fazer para que essa luta não seja apenas assistida por nós (nas ruas, no youtube, na internet)? Como agregar força, como participar e sentir na pele esse indignação?

Por favor, divulguem!


Milena Lisboa

Parte 1:
http://www.youtube.com/watch?v=NDQuRhsr8HI&feature=related

Parte 2: http://www.youtube.com/watch?v=yrx0hL87Bl0&feature=related

Parte 3: http://www.youtube.com/watch?v=nI93kuenS_M&feature=related

Parte 4: http://www.blogger.com/goog_1211598490

Parte 5: http://www.youtube.com/watch?v=6RLa68rwSSc&feature=related

Parte 6: http://www.youtube.com/watch?v=LluQccV14Z0&feature=related

Parte 7: http://www.blogger.com/goog_1211598496

domingo, 29 de janeiro de 2012

SAÚDE MENTAL COMUNITÁRIA

Em Fortaleza Formação em Saúde Mental direcionada a profissionais e a lideranças comunitárias.
O MSMCBJ está com inscrições abertas para capacitação em Saúde Mentalcom ênfase em Crise. O curso acontece nos horários da manhã e tarde, durante dez dias no mês de março, nos auditórios José Albano e Rachel de Queiroz, no campus da UFC, no Benfica. As inscrições são gratuitas e vão até o dia 17 de fevereiro de 2012, sempre às segundas, quintas e sextas-feiras, através dos telefones 3497.2176 e 9174.2960.
Movimento de Saúde Mental Comunitária do Bom Jardim 

PRÁTICA INTEGRATIVA E COMPLEMENTAR PARA SAÚDE MENTAL: BIODANÇA

Estamos divulgando o início do Grupo Quinzenal de Biodança - para o dia 10 de fevereiro, na ADUFI, das 19:00 às 21:00 horas
O processo favorece a evolução e integração da pessoa e do grupo através do estímulo dos   5 canais de expressão (ou linhas de vivência): vitalidade, sexualidade, criatividade, afetividade e transcendência.
O trabalho é desenvolvido respeitando-se a progressividade, os limites de cada partipante e do grupo.
A meta da Biodança é favorecer o despertar do ser amoroso que somos todos nós, integrando as pontencialidades naturais.
Seus efeitos: fortalecimento da autoestima, da alegria, prazer, resistência ao estresse, harmonia, coragem existencial,  dentre outros.
Biodança é alimentação de nossa essência, neutralizando a ação do mundo competitivo e violento que nos atinge independentemente do nossos desejos. Favorece o autoconhecimento e o despertar de novos potgenciais que ficam adormecidos em nós.
Grupo aberto a iniciantes
Caso você se interessa pela proposta, reserve sua vaga, pois o número é limitado.
A mensalidade (que corresponde a dois encontros mensais) é de R$ 50,00
Cordialmente

--
"A bondade humana é uma chama que pode ser oculta,
jamais extinta." Nelson Mandela
 
Ismênia Reis
Facilitadora de Biodança

Por experiência própria em inicio de crise bipolar, a  Biodança é uma importante aliada na estabilização dos sintomas, principalmente o da depressão e ruminação mental. Ismênia Reis tem bastante experiência em facilitar para grupos que tem pessoas com transtornos mentais.

A LUTA ANTIMANICOMIAL (SEM MEDO DESTA EXPRESSÃO) SE MOBILIZA BRASIL A FORA: ACOMPANHA PIAUÍ!!!

Foto do blog de Rogélio Casado, link ao lado.

Companheiros e Companheiras

Gostaria de reforçar o importante convite a representantes de movimentos sociais, Fóruns, Associações, Sindicatos, entidades intersetoriais, militantes, ativistas........etc, para o dia 08 de março a partir das 15h estarem presentes na mobilização que a Frente Antimanicomial Paulista esta organizando na ALESP.

Gostaria também de ressaltar que caravanas de São Paulo, do ABC - Paulista, da Baixada Santista e de outras regiões de São Paulo encontram-se sendo organizadas para esta presentes a ocasião.

Maiores informações

http://www.antimanicomialsp.wordpress.com

Junte-se a nós para que juntos nesta luta possamos:

Garantir a Cidadania e Direitos Humanos em São Paulo.

Garantir uma efetivo processo de Reforma Psiquiátrica Brasileiro.

Rasgar a camisa de força desta indiferença.

Atenciosamente

Mario A. Moro

Skype: +5511 9720 4052 (mariomoroalexandre)

Reporter fotografico do jornal VOZES da saúde mental

Membro do colegiado da ABRASME-SP

Delegado no segmento dos usuários na IV-CNSM-I

Membro da Camara técnica de Saúde Mental em SP

Membro do Conselho Diretor de Unidade o NAPS-I(Sto André)

Membro da Associação José Martins de Araujo Junior

Membro da Frente Estadual Antimanicomial - SP.

Membro do Fórum Popular da Saúde Mental do ABCDMRR.





Moacyr Miniussi Bertolino Neto 27 de Janeiro de 2012 17:00



Por uma Frente Parlamentar Antimanicomial!!!Não a Higienização!! Não a Internação Compulsória e Não ao Financiamento Público das Comunidades Terapêuticas! Por uma Política de Alcool e outras Drogas Pública e Não Segregativa!!!A Frente Estadual Antimanicomial do Estado de São Paulo convida a todos os movimentos sociais, sindicais, organizações, entidades, fóruns, redes, ativistas e militantes para construir conosco o #OcupeAlesp dia 08 de Março das 15h – 19h na Assembléia Legislativa de SP.O projeto higienista, manicomial e repressor de Kassab e Alckmin tem avançado. As recentes ações no Pinheirinho, na Luz e na Comunidade do Moinho não deixam dúvidas, o objetivo é causar DOR e SOFRIMENTO aos mais pobres para favorecer e garantir os interesses da Especulação Imobiliária.Seja um Multiplicador do #OcupeAlesp!!!! Divulgue, Compartilhe em suas listas de emails e em suas Redes Sociais!!!http://www.blogger.com/goog_114035645




Alguém imagina se tem algum deputado ou deputada na ALEPI (Piaui) que chegue a se preocupar ou "se expor" ao lançar um tema deste. Teria logo os votos contra da Frente Parlamentar Antidrogas, com dona Rejane Dias coordenando e na defesa do financiamento público para as comunidades terapêuticas. Aqui não tem para onde o dependente correr: ou TCs ou HAA. Os vinte leitos a mais do Hospital do Mocambinho, não se sabe o nó burocrático  porque ainda não foram instalados? Alguém pode me informar como se fala mesmo com a equipe do consultório de rua? Que casos eles atendem? Um só CAPS ad invisível, desterritorializado dos usuários, já que  mudou de endereço várias vezes.
Cárceres privados, morte de paciente queimado dentro do HAA, falta total de acessibilidade ao trabalho por contra do estigma e discrinação, aé preciso ressuscitar a proposta de projeto de lei de inserção da pessoa com transtorno mental ao mercado de trabalho de Flora Isabel, necessidade de projeto de lei que favorecesse prioridades em filas como as pessoas com necessidades especiais. Seria muito bom que tivessemos um movimento antimanicomial de luta cobrando isso às porta da ALEPI também! Mais um sonho delírio, leitores.


sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

PRÁTICA INTEGRATIVA E COMPLEMENTAR PARA SAÚDE MENTAL: YOGA

RESPIRE E RELAXE COM LAYA YOGA -  Workshop vivencial
11 de Fevereiro
 Vamos aprender e praticar as técnicas de respiração e relaxamento profundo do Laya Yoga! O nosso encontro acontecerá em uma sala climatizada da Academia Eugênio Fortes Unidade III Sâo Cristóvão, às 8h da manhã, sábado dia 11 de fevereiro. Incluso livreto de Laya Yoga e Cd de relaxamento orientado - Prof. Cícero Vasques.
Não há contra-indicações na prática do Laya yoga e os resultados são excelentes no combate ao stress, ansiedade, medo, fobias ou depressão; desequilíbrios orgânicos como gastrite, hipertensão e etc.

Venha vestido com roupas leves e confortáveis. Você pode trazer também seu travesseiro ou almofada.
 
Data: 11 de fevereiro às 8h.
Local: Academia Eugênio Fortes Unidade III - São Cristóvão
Inscrições: Espaço v.i.d.a. - Dr. Ribamar Tourinho - 3232.4589 ou via e-mail (depósito bancário ou pagseguro com facilidades no cartão)
Mais informações:
yogakaruna.blogspot.com
8816.5109
8876.5675
Paz e Saúde!
 
Compartilhe! Obrigada!
Reafirmando que Yoga me ajudou muito numa crise aguda em 2007, depois da quarta aula, a serenidade substituia totalmente a aceleração mental, característica dos meus sintomas. E a Larissa é um docinho de pessoa.
 

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

O LOUCO DO CRUZAMENTO DA DUQUE DE CAXIAS E PETRÔNIO PORTELA:ZONA NORTE

O rapaz deste vídeo tem entre 25 e 30 anos e é uma figura muito conhecida na zona Norte de Teresina, capital do Piauí. Ele vive perambulando pelas ruas da cidade. Diariamente ele se desloca da Vila Risoleta Neves (em um percurso de mais ou menos três quilômetros para limpar veículos parados no cruzamento das avenidas Duque de Caxias com Petrônio Portela, na zona Norte de Teresina.
Ele tem um jeito todo peculiar de fazer os serviços: passa uma flanela em frangalhos e extremamente imunda nos veículos e não pede gorjetas.
Pelo que tenho acompanhado o "Rapaz do Carrinho", como ele é conhecido na região, seu prazer é transitar com veículos de brinquedo pela ciclovia da Avenida Duque de Caxias.
Geralmente ele andava com uma carreta de brinquedo (uma bitrem), mas recentemente vândalos o atacaram e quebraram seu precioso brinquedo. Sobrou apenas a carcaça do cavalinho do veículo (que está sem pneus).
Por isso estamos fazendo uma campanha de ajuda lúdica e de saúde para o "Rapaz do Carrinho". Na parte lúdica, quem puder doar uma nova carreta para ele e outros brinquedos, será uma boa. Na parte da saúde, seria bom que o mesmo tivesse um tratamento psiquiátrico e recebesse uma ajuda digna para não ter de se sujeitar a ganhar algumas moedas em um dos cruzamentos mais perigosos da cidade.
O fato é que o "Rapaz do Carrinho" é garantia de bons risos para todas e todos que passam no cruzamento. É lá que ele pode ser encontrado todas as tardes, inclusive para receber seu presente (um carrinho novo)!
Vale qualquer carro, inclusive aquele usado que você rapagão grandão trocou por outros brinquedos!
Ele está todas as tardes neste cruzamento. Não faz mal a ninguém!

Postado no faceboock por Orlando Berti. Vi hoje, ele informava que houve muitas discussões a respeito mas nenhuma providência quanto ao tratamento psiquiátrico para o rapaz não aconteceu ainda. Será que nenhum técnico do CAPS norte nunca viu ou ouviu falar a respeito desta situação?Nos serviços da Reforma Psiquiátrico há um instrumento chamado busca ativa. Espero que o façam  a partir desta postagem, no mínimo. Muitos dos seus funcionários também trabalham no HAA, a coordenadora assistente social e professora universitária Maria José Girão, minha querida Mônica Baju, e aquele psiquiatra que não  me medicou e ainda me descompensou discutindo comigo na urgência do HAA em 2009, Erivan Eulálio. Cito seus nomes apenas para lembrar da prática do hospital psiquiátrico bicentenário, espera-se que o louco seja recolhido por populares e levados ao manicômio, depois localiza-se a familia e se não houver como encontrar estes vínculos, torna-se morador. Outro serviço da Reforma, as Residências Terapêuticas (RTs), o acolherá a partir de dois anos de internação. A prefeitura já deveria ter entregado a comunidade duas casas destas que há muito se espera.
A gerente de saúde mental, Dra. Leda Trindade me enviou por email algumas fotos de comemorações nos serviços alusivas ao dia da criança e natal no CAPS i, natal nas residências com direito a papai noel e tudo. Muito ofendida porque não reconhecemos ( eu e a equipe invisíve) o esforço da GSM sob a bondade da secretária Lilian Martins e o governador Wilson Martins em restaurar a dignidade humana destas pessoas. Sou Socióloga, melhor não analisar a posição destas pessoas quanto a compreensão de dignidade humana, principalmente quanto se trata de loucos. Estas pessoas (nada pessoal, juro) que estão na gerência  não são da saúde mental antimanicomial porque não entendem que a festinha com abundância de comida e forró, o HAA e MEDUNA sempre fizeram, é prática do Serviço Social e da Enfermagem constantemente.Sem a presença de médicos, claro. A mente do louco, cheia de Hadol e muita no estômago,  de experiência própria, digo do chafurdo que o barulho da música causa, o forró incomoda, drogados com um coquetel psi característicos dos hospitais , é um esforço sobre - humano para compreendermos o que está acontecendo. Mas parabéns pelas festas. Noutro momento  posto as fotos  no blog. Sugiro outras atividades nas RTs e CAPS: passeios à cidade, museu do Piaui, Casa da Cultura, cinema, shoppings, à praia. É mais dificil, né? Precisam ver o filme Estranho no Ninho e lerem sobre reabilitação psicossocial.
Então, pergunto a GSM, o que fazer para resolver a situação deste rapaz? Só quem pode fazer algo de concreto é quem está numa gestão, sugestões: uma assistente social da gerência poderia pessoalmente está mobilizando  o CAPS norte, é uma equipe esforçada e acessível. Indo até a associação de moradores do bairro ( bairro Risoleta Neves) em que ele mora, a igreja, na praça, mas encontrar sua familia e mobilizar o CRAS da região para acompanhar as dificuldades desta familia. É difícil? Delírio de Louca pela Vida? Não, é o trabalhoso serviço de articular redes sociais de apoio ao usuário. Mas é papel da atenção psicossocial, rearticular possibilidades do individuo refazer seus contratos sociais (Tikanori), viver menos constrangido pela sua condição psicótica.
Fica o apelo junto ao do cidadão que realmente compreendeu o resgate da dignidade de uma pessoa humana. Não vale interná-lo integralmente no HAA, por pedido da gerente, ou me virão bem zangada e quando fico zangada... pego fogo e ninguém me apaga!!! Façamos o CAPS na rua. Sei que tem técnico apaixonado como eu pela criatividade possível na clínica da Reforma. Ousemos, senhores e senhoras.

 

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

NA LUTA...

"Tenho em mim todos os sonhos do mundo."
Pinheirinhos / São Paulo

Para nós psicóticos até os sonhos precisam ser medidos para que a frustração deles não desencadeiem crises. Controlar a expectativa de vencer primeiros os próprios limites emocionais e depois o estigma e a discriminação. Louca pela Vida se aventurando no empreendedorismo pelo sucesso em todos os sentidos: profissional, maternagem, amoroso e militante.
O que não sair como o planejado... refazer noutra oportunidade. Grande abraço àqueles meus leitores que não desistem nunca. Vamos fazer um time?

sábado, 21 de janeiro de 2012

III CONGRESSO DA ABRASME

O III Congresso Brasileiro de Saúde Mental busca uma visão sobre a subjetividade dos usuários e o desafio de fomentar uma atenção à saúde mental de qualidade, propõe um encontro entre os diversos atores sociais – gestores, trabalhadores e usuários – para maturidade da produção científica na área e também para anunciar uma luta política frente a necessidade de se definirem novos rumos para a Saúde Mental.

Maria Salete Bessa Jorge

Presidente do Congresso Paulo Duarte de Carvalho Amarante

Presidente da ABRASME Nacional

Participe deste Congresso! Envie seu trabalho até o dia 15 de março de 2012!

Os participantes poderão apresentar suas experiências e pesquisas no campo da saúde mental por meio de modalidades de apresentação como: rodas de conversa, publicação em anais ou atividade culturais.

Confira os eixos temáticos do evento para adequação dos resumos:

1 – Formação e a produção do conhecimento em saúde mental.

2 – Políticas em saúde mental: primazia do público sob(re) o privado

3 – Práticas integrativas e complementares no contexto da atenção psicossocial

4 – Cidadania: participação social e construção dos sujeitos

5 – Linhas de cuidados e suas abordagens, sentidos e práticas em saúde mental.

6 – Processo de trabalho no cotidiano dos serviços: experiências exitosas em saúde mental.

7 – Drogas e cultura: um enfoque socioantropológico

8 – Diversidades culturais, formação artístico-cultural e a desinstitucionalização

9 – Saúde suplementar e saúde mental: a doença como mercadoria ou direito à saúde

10 – Medicalização social

11 – Gênero e sexualidade

12 – Determinação social no campo da saúde mental

VALOR DAS INSCRIÇÕES Até

30 04/2012 01/05/2012 a 31/05/2012

Profissionais não-sócios 160,00 200,00

Profissionais sócio ABRASME* 140,00 180,00

Estudantes de pós-graduação 80,00 100,00

Estudante de graduação 50,00 80,00

Usuários e familiares 50,00 80,00

Filie-se a abrasme e desfrute do desconto! www.abrasme.org.br

Maiores informações no site: www.congresso2012.abrasme.org.br

NÃO HAVERÁ INSCRIÇÃO NO LOCAL



APOIO: UNIVERSIDADE ESTADUAL

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Conselho tutelar vistoria hospital em Itupeva após denúncias - TVB afiliada Record

Conselho tutelar vistoria hospital em Itupeva após denúncias - TVB afiliada Record

PRÁTICA INTEGRATIVA E COMPLEMENTAR EM SAÚDE MENTAL: TERAPIA COMUNITÁRIA

Saúde mental: Cubatão aposta nas rodas terapêuticas
Postado por Departamento de Imprensa   
Ter, 17 de Janeiro de 2012 09:25
Pacientes relatam os efeitos positivos da Terapia Comunitária  

Euforia na formação do círculo. O momento da terapia comunitária é há muito tempo aguardado. A líder do grupo inicia o trabalho. Começa por uma espécie de quebra-gelo. É o recurso para que se sintam à vontade. Aniversariantes são parabenizados, amenidades são compartilhadas e o ambiente de identificação e de aceitação se cria. No começo, os participantes falam mais pela razão. Relatam experiências, mas ainda presos ao cuidado de não dar vazão aos sentimentos. O fluir da terapia, no entanto, estabelece a confiança e faz com que abram o coração. Extravasar e compartilhar experiências intensificam os laços. É o caminho para que recebam o conforto e toquem a vida em frente, cientes de que não estão sozinhos.
Segundo a coordenadora municipal da Saúde Mental, Mara Regina Annunciação, a terapia comunitária traz resultados impressionantes. É um reforço ao conceito da “desmedicamentalização”. O bate-papo, em muitos casos, elimina a dependência de remédios, contra insônia por exemplo. Os chamados sofrimentos mentais leves, como a depressão momentânea decorrente de uma perda, de uma expectativa frustrada, são tratados assim. Entre os fatores positivos, além da redução de custos com medicamentos há a diminuição nas filas de atendimento dos equipamentos da Saúde Mental de Cubatão.

Há um ano não era assim. No antigo ambulatório “Isabel Louzada de Campos” da Rua XV de Novembro, na Vila Nova, a sala de recepção estava sempre cheia. Quem passasse pelo local pela manhã via a movimentação até do lado de fora. Agora, está diferente. Os cerca de 4 mil prontuários começaram a ser estudados e os pacientes catalogados. O município foi dividido em quatro regiões (Cotas, Centro, Vila Esperança e região, Jardim Casqueiro/Ilha Caraguatá/Vila dos Pescadores/Vale Verde). Os usuários do serviço passaram a ser atendidos na estrutura de saúde existente mais próxima de suas casas, obedecendo ao conceito da territorialidade estabelecido pelo SUS. Com isso, passam a ter acesso mais fácil ao serviço e economizam nos gastos com condução. Além da terapia comunitária, a  equipe está mais presente na rotina dos pacientes.

Rodas de esperança – A psicóloga Marlei Ferreira Andrade atua como terapeuta comunitária no Conjunto Habitacional São Judas Tadeu, no Jardim Casqueiro. São reuniões quinzenais. Duram cerca de duas horas. Em algumas sessões, são mais de 30 pessoas na roda. Na que acompanhamos, Seo Manoel foi o primeiro a abrir o coração. Desabafou acerca da impotência diante da doença mental da filha. O depoimento sensibilizou os demais. Deles, Seo Manoel recebeu encorajamento. Mas, o efeito de sua fala foi também encorajador. E outros aproveitaram para soltar seus “engasgos”. Falam, ouvem, olham, tocam, se abraçam, sentem a dor e a alegria do outro. Ao final, são estimulados a expressar com uma palavra solta como vêem mais essa terapia em grupo. O que verbalizam é emblemático. “Solidariedade”, “esperança”, “alívio”, “liberdade”, “cumplicidade”, “amizade” formam o repertório mais comum acerca desses momentos únicos de refrigério. No entanto, para alguns uma palavra apenas parece muito pouco. “Estou encontrando amor aqui”, diz um. “A dor no peito já foi embora”, fala outro. É o melhor indicativo de que o trabalho precisa mesmo continuar e se expandir.


 
Tenho formação em Terapia Comunitária e no Amigo no Ninho, nas rodas de cuidado é uma dinâmica extremamente positiva em casos de prevenção de recaídas, manutenção da estabilização de sintomas, autogestão em situações estressoras externa que possam desencadear os sintomas de crise mental. Em crise mesmo leve, observamos a dificuldade de respostas de melhora. Na nossa experiência é sempre interessante associá-la a outras práticas integrativas àquelas pessoas mais fragilizadas por situações somáticas: acupuntura, bionergias (Reick e Jhorei), fitoenergias como banho de ervas e uso de florais. Lembrando sempre que as práticas integrativas são complementares ao tratamento medicamentoso no caso de pessoas que vivem com transtornos mentais.

 

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES PARA SAÚDE MENTAL

PESQUISA REVELA PODER DA ENERGIA LIBERADA PELAS MÃOS

Energia liberada pelas mãos consegue curar malefícios, afirma pesquisa da USP

25/11/2011 - 08h58 . Atualizada em 25/11/2011 - 09h00
Um estudo desenvolvido recentemente pela USP (Universidade de São Paulo), em conjunto com a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), comprova que a energia liberada pelas mãos tem o poder de curar qualquer tipo de mal estar.  O trabalho foi elaborado devido às técnicas manuais já conhecidas na sociedade, caso do Johrei, utilizada pela igreja Messiânica do Brasil e ao mesmo tempo semelhante à de religiões como o espiritismo, que pratica o chamado “passe”.

Todo o processo de desenvolvimento dessa pesquisa nasceu em 2000, como tema de mestrado do pesquisador Ricardo Monezi, na Faculdade de Medicina da USP. Ele teve a iniciativa de investigar quais seriam os possíveis efeitos da prática de imposição das mãos.
“Este interesse veio de uma vivência própria, onde o Reiki (técnica) já havia me ajudado, na adolescência, a sair de uma crise de depressão”, afirmou Monezi, que hoje é pesquisador da Unifesp.

Segundo o cientista, durante seu mestrado foi investigado os efeitos da imposição em camundongos, nos quais foi possível observar um notável ganho de potencial das células de defesa contra células que ficam os tumores.  “Agora, no meu doutorado que está sendo finalizado na Unifesp, estudamos não apenas os efeitos fisiológicos, mas também os psicológicos”,  completou.

A constatação no estudo de que a imposição de mãos libera energia capaz de produzir bem-estar foi possível porque a ciência atual ainda não possui uma precisão exata s obre esse efeitos.   “A ciência chama estas energias de ‘energias sutis’,  e também considera que o espaço onde elas estão inseridas esteja próximo às frequências eletromagnéticas de baixo nível”, explicou.

As sensações proporcionadas por essas práticas analisadas por Monezi foram a redução da percepção de tensão, do stress e de sintomas relacionados a ansiedade e depressão. “O interessante é que este tipo de imposição oferece a sensação de relaxamento e plenitude. E além de garantir mais energia e disposição.”

Neste estudo do mestrado foram utilizados 60 ratos. Já no doutorado foram avaliados 44 idosos com queixas de stress.

O processo de desenvolvimento para realizar este doutorado foi finalizado no primeiro semestre deste ano. Mas a Unifesp está prestes a iniciar novas investigações a respeito dos efeitos do Reiki e práticas semelhantes a partir de abril do ano que vem.
Fonte: http://www.forumespirita.net/fe/go.php?url=aHR0cDovL3d3dy5yYWMuY29tLmJyL3Byb2pldG9zLXJhYy9jb3JyZWlvLWVzY29sYS8xMDcwOTcvMjAxMS8xMS8yNS9wZXNxdWlzYS1yZXZlbGEtcG9kZXItZGEtZW5lcmdpYS1saWJlcmFkYS1wZWxhcy1tYW9zLmh0bWw

Clique aqui para ler mais: http://www.forumespirita.net/fe/outros-temas/pesquisa-revela-poder-da-energia-liberada-pelas-maos/#ixzz1jlUH7kcP
 
A acupuntura, Biodança, Yoga, florais ( prefiro os de Minas), Jhorei  e passes espiritas, são práticas que fiz ou faço. Ultimamente adepta a quatro anos da acupuntura e passes espiritas semanalmente junto a medicação dão-me uma sobrevida de saúde emocional, serenidade interior, melhora minha capacidade de suportar situações de estresse sem aparecimento de sintomas bipolares. As práticas integrativas ainda custam caro, excluindo as bionergias oferecidas por pessoas amorosas gratuitamente nos centros espiritas kardecistas e centros de Jhorei da igreja Messiânica. Os usuários mais abertos a diversidade das práticas sem maiores preconceitos percebe-se sensível melhora emocional.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

SEM VERGONHA DE TER SAÚDE MENTAL

A invejável aparente saúde mental de Lêda Trindade numa praia do Ceará em foto recente. Também estive neste final de semana numa belíssima praia daquele Estado. Num pré surto mensal por conta da disforia menstrual, ao que parece uma faceta mais grave da tensão pré menstrual para nós mulheres psicóticas. Tive que fazer uma escolha: ou me dopava ou minha assertividade extremamente abalada me excluiria do grupo, ideação suicida do nada, já com desespero mental começando... dormi e não vi a chegada à praia, perdi toda a paisagem. Felizmente, havia familiares cuidadores (embora seja difícil para eles), depois de algumas horas pude acompanhar minha filha durante muito tempo brincando no mar. Funcional, alerta e levemente feliz, mas com aquela cara característica dos loucos, né?
Mas a foto da gestora me remete outras posições: além deste blog existe outro que faça contestação ao que não é feito com eficiência na saúde mental piauiense? Existe "indignados" com os cárceres privados? Com as constantes internações e reinternações involuntárias no HAA? Continua faltando medicação nos ambulatórios? Quando o CAPS i sairá de dentro do HAA? E os CASP que respondiam em 2010 no MP, como estará a condução destes processos nesta gestão que ela mesma se recusa a cumprir decisão do MP? Acham que devo enlouquecer novamente sozinha? Eu não. Tem estudante com olho perdido, nariz quebrado, traumatizado por ter passado por uma prisão. Para quê? Perdoem-me a pelegagem, louco esclarecido e politizado é sócio de várias lutas sociais aqui em Teresina, só não colabora com a luta antimanicomial. Guardando minha viola no saco, nestes tempos brancos. Estou em mais um desafio de superação na minha vida pessoal neste momento. Filha pré adolescente surda, mãe solteira sem pensão alimentícia, assistente social pagando o conselho e ganhando como professora. Usuário bater na minha porta não fica sem ajuda, mas... que a equipe invisível esteja  sempre de plantão.
Optando pela minha saúde neste momento.

III CONGRESSO BRASILEIRO DE SAÚDE MENTAL - ABRASME/2012

III Congresso Brasileiro de Saúde Mental acontecerá em Fortaleza-CE

10/01/2012 às 13:01
O III Congresso Brasileiro de Saúde Mental (Associação Brasileira de Saúde Mental - ASBRAME) surge com o tema "Aperreios e Doidices: saúde mental como diversidade, subjetividade e luta política".

Período de Realização: 07 a 09 de junho de 2012.

Local: Centro de Convenções do Ceará.

Mais Informações: http://www.congresso2012.abrasme.org.br/


Trabalhos científicos: A Comissão Organizadora receberá até o dia 15 de março de 2012 inscrições de trabalhos científicos, individuais ou coletivos, nos eixos do congresso.


EIXOS TEMÁTICOS

Eixo 1 - Formação e a Produção do Conhecimento em Saúde Mental

Produção do conhecimento: ensino, educação permanente e pesquisa. Modelos de avaliação CAPES/CNPq no ensino de pós-graduação. Formação em saúde mental no contexto do SUS. Supervisão e formação em serviço. Políticas indutoras de transformação das práticas.



Eixo 2 - Políticas em Saúde Mental: Primazia do Público Sob(re) o Privado

Abordar as crescentes e distintas formas de terceirização do sistema de saúde em geral e da saúde mental em particular, assim como a precarização do trabalho e da gestão, as denominadas parcerias público-privado, as transferências de recursos públicos para o privado, os subsídios públicos aos planos de saúde, as OSs, OSCIPs, as cooperativas, a renúncia fiscal para as filantrópicas, a desvinculação dos recursos da União (DRU) e temas análogos.



Eixo 3 - Práticas integrativas e complementares no contexto da Atenção Psicossocial

Saúde mental comunitária, massoterapias, novas formas de intervenção e abordagem, promoção de saúde mental, arte como intervenção terapêutica, redes sociais de apoio, reiki, fitoterapia, recursos terapêuticos da comunidade, espiritualidade, saberes e práticas populares



Eixo 4 - Cidadania: Participação Social e Construção dos Sujeitos

No final dos anos 1970, os movimentos sociais intensificam a sua luta contra a ditadura militar, reivindicando seus direitos, entre eles, o movimento de reforma sanitária que luta por Direito à saúde para todos, envolvendo entidades como Centro Brasileiro de Estudos de Saúde, Movimento de Renovação Médica, Ordem dos Advogados do Brasil, Associação Brasileira de Imprensa, Comunidades Eclesiais de Base, associações comunitárias, entre outras. No mesmo período surge o Movimento dos Trabalhadores em Saúde Mental no ano de 1978 e, em 1987, se transforma no Movimento Nacional de Luta Antimanicomial radicalizando sua luta ao incorporar os usuários dos serviços de saúde mental e seus familiares na luta pelo direito à saúde mental e ao adotar o lema Por uma Sociedade sem Manicômios. Nos últimos anos, os movimentos sociais retomam a sua mobilização lutando pela re-politização do SUS. Os atores políticos envolvem desde os conselhos de saúde, as mobilizações da reforma psiquiátrica e reforma sanitária, da luta antimanicomial, a incorporação na luta pelo direito à saúde com um papel de destaque para o Ministério Público e Defensorias na defesa dos direitos, a luta pela extinção dos manicômios judiciários, práticas co-gestivas e de emancipação. Ainda ampliam a discussão sobre a violação aos Direitos humanos em saúde mental, gestão autônoma da medicação e a luta contra o estigma e exclusão social.



Eixo 5 - Linhas de Cuidados e suas abordagens, sentidos e práticas em Saúde Mental

Frente a novas formas de sofrer próprias aos tempos atuais, abordar experiências clínicas inovadoras com grupos sociais que passam a ser objeto da atenção psicossocial, tais como idosos, população em situação de rua, indígenas, trabalhador (a) s do sexo, LGBT, imigrantes clandestinos, etc.



Eixo 6 - Processo de Trabalho no cotidiano dos serviços: experiências exitosas em Saúde Mental

Aborda as questões do trabalho em saúde mental, com ênfase no processo de trabalho e subjetividade; na atuação da equipe multiprofissional e interdisciplinar com seus saberes e práticas, considerando o cuidado integral a partir da interlocução da saúde mental com a rede de serviços assistenciais, intersetoriais, no território e junto as comunidade. Nesse contexto, destacam-se temas como, apoio matricial, participação da família/cuidadores no trabalho em SM, ações em rede e intersetoriais, a inserção do usuário como protagonista no processo de cuidar. Busca discutir, ainda, a precarização do trabalho em saúde mental no Sistema Único de Saúde (SUS), a organização dos trabalhadores de saúde mental.



Eixo 7 - Drogas e Cultura: um Enfoque Socioantropológico

No atual contexto dos problemas relacionados ao abuso de Substâncias Psicoativas (DROGAS), novos e antigos dilemas ainda se tensionam. Impulsionado pela falácia da epidemia de Crack, setores políticos tradicionais e midiáticos pressionam pelo financiamento público de comunidades ditas terapêuticas, centradas na doença, na segregação e exclusão dos usuários de drogas. Enquanto os serviços de atenção psicossocial sofrem com a falta de investimentos, seja para melhoria das condições de trabalho, seja para articular novos equipamentos sociais e de saúde como: os consultórios de rua, unidades de desintoxicação em hospital geral e casas de passagens, assim como ações mais concretas de redução de danos. Discursos higienistas, internações compulsórias e involuntárias põem de lado a discussão sobre os problemas relacionados à comercialização e a propaganda das drogas lícitas: álcool, tabaco, medicamentos. O apelo moral concernente ao uso de drogas desconsidera os laços sociais e culturais destas substancias com a humanidade, prejudicando ações mais resolutivas de prevenção e tratamento ao uso problemáticos de drogas pela sociedade.



Eixo 8 - Diversidade Cultural, Formação Artístico-cultural e a Desinstitucionalização

É notório como as ações artísticas e culturais vêm colaborando para a construção de um outro olhar para os modelos e as abordagens na área da saúde mental e atenção psicossocial, bem como contribuindo no fortalecimento de uma nova visão de política pública onde o respeito a identidade e a diversidade cultural contribuem no fomento de um país mais democrático, no sentido de incluir, socializar, descentralizar e potencializar o direito à criação e a produção. A Organização dos Grupos de trabalho prevê alguns eixos que tratam dos avanços, dificuldades e desafios enfrentados nas seguintes esferas: Arte e cultura no campo da saúde mental; Iniciativas Culturais; Trabalhos artisticos-culturais e geração de renda; Arte como promoção de saúde, vida, saúde mental e expressão cultural; Formas de vida e cultura; Regionalismo e saúde mental; Direitos Humanos e Diversidade cultural.



Eixo 9 - Saúde Mental e Saúde Suplementar: a doença como mercadoria ou direito à Saúde

Abordar a concepção do processo saúde-doença no âmbito da saúde suplementar, experiências assistenciais relacionadas a rede suplementar (planos de saúde e seguro saúde), mercantilização da doença e do sofrimento, saúde suplementar e direito à saúde, universalidade, integralidade, subsídios públicos à saúde suplementar, as contradições e impasses entre o SUS e a saúde suplementar,



Eixo 10 -Medicalização Social

O marketing da loucura e a construção social das psicopatologias. A formação dos profissionais de saúde mental segundo os critérios dos Manuais de Diagnóstico hoje hegemônicos, e os desafios para o aprofundamento da desinstitucionalização psiquiátrica. Experiências de movimentos sociais de luta contra a medicalização da vida.



Eixo 11 - Gênero e Sexualidade

Diferenças de gênero, modos de adoecimento e políticas públicas de saúde mental. Diversidade sexual, cidadania e processos de subjetivação. Violência de gênero e sofrimento mental (homofobia, violência doméstica, discriminação, estígma).



Eixo 12 - Determinação Social no Campo da Saúde Mental

Abordar a relação entre saúde mental e modo de vida. É importante ressaltar que esse último não deve ser entendido simplesmente como os comportamentos do individuo perante a saúde mental, mas refere-se aos aspectos simbólicos dos acontecimentos sociais da vida cotidiana apreendidos sob a perspectiva sócio histórica. Nesse contexto, alguns temas se destacam: Qualidade de vida; Proteção e Promoção da saúde; Processos de Trabalho; Acesso aos bens e serviços; Intersetorialidade; Violência social; Migração; Equidade em saúde mental; Situação de rua; Marginalização; Territorialização e Epidemiologia em saúde mental.

PÓTERE ASSESSORIA SOCIAL

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

ATENÇÃO PSICOSSOCIAL EM PARNAÍBA

Continuo com horríveis dores de estômago. Abandonei a medicação indicada por meu médico, estava sentindo uma pressão no coração, associei sua ingestão a uma interação medicamentosa com meus veneninhos úteis.Hoje marquei um médico gástrico, pode ser algo além dos efeitos colaterais do divalproato, não é? Comprei um carro e estou sem dinheiro para a acupuntura e outras práticas ingrativas, ainda caras. Mas é férias... eu e minha menina de onze anos compramos lindas cores de esmaltes junto àqueles assessórios de manicure e pedicure. Diversão terapêutica, se meu bichinho da indignação não estivesse o tempo todo me provocando a escrever um texto sobre a saúde mental pública em Parnaíba. Fora da gerência não tenho informações precisas, mas  notícias recentes veiculadas num blog de um jornalista daquela cidade nos desperta alguns questionamentos sobre a ação da atenção psicossocial ali implantada: CAPS ad e CAPS II. Não sei  se uma CAT (Casa de Acolhimento Transitório) aprovada para implantação lá, instalou-se realmente. Alguém poderia responder-nos por email ou comentário.
Toda cidade tem seus loucos de rua. As pessoas não se chocam, a loucura não é uma doença contagiosa. Os usuários de crack são mais temidos porque seus comportamentos são associados a delinquencia, furtos e outras violências. Mas louco que não mexe com  ninguém, de certa maneira a rua adota. Observamos nos comentários dos casos expostos nos posts do blog importantes informações para a busca ativa dos serviços, os internautas (infelizmente anônimos, este senhor Carlson não publica comentários de quem se identifica, é uma pena nestes casos).
A senhora nua parece ser uma idosa, há toda uma legislação que protege o idoso, há o serviço social , a representação do Ministério Público do município, a articulação com saúde básica e a familia, que deixei por último, porque ás vezes precisamos acionar todos estes dispositivos e outros para alcançá-la. O que o CAPS tem com isso? Salvo engano, alguém me corrija se estiver errada. O CAPS II Parnaíba foi uma adaptação de um hospital dia local? A clínica psicossocial devagar, se encontrar um grupo de profissionais da Reforma Pisquiátrica, que conheça seus princípios e aceite o desafio de fazê-los acontecer, fará a diferença. Uma das principais funções do CAPS é articular a rede de atendimento no processo de atendimento médico-psiquiátrico e promover a reinserção social na familia, comunidade, no trabalho, etc. Um CAPS tem que ser diferente dos antigos hospitais-dias que constituiam e constituem-se em um espaço que o usuário frequenta até se plugar novamente na realidade. O CAPS precisa trabalhar com técnicos de referência. O psicólogo ou a enfermeira podem em vez de ir ao CAPS num dia em seu turno, passar a manhã na praça com esta senhora, tentar abordagem, convencê-la a usar uma roupa. Fazer a rede com conhecidos, transeuntes e levá-la ao serviço, ou não, mas não abandoná-la até a conquista que geralmente se dá aos profissionais que realmente se empenham.

Esse rapaz estava pendurado em uma mangueira por muito tempo. Os internautas informam que era normal e usou drogas desde cedo, associam a loucura a dependência química. Busca ativa para o CAPS II ou CAPS ad, dependência química com comorbidades psiquiátricas?
Temos mais noticias de suicídio de  um idoso. Como em todo Piauí, com ídices significativos de ocorrências Parnaíba também não tem um plano de saúde mental de prevenção, assistência a ideação suicida, específico e nem em conjunto com a saúde básica.
Há dez dias apenas do ano novo, de felicitações vazias e agradecimentos a Deus e mais pedidos de bênçãos nas várias festas dos serviços e particulares, por favor, não viremos as costas com indiferença a problemática do usuário de saúde mental, é possível a reabilitação psicossocial. Olha eu aqui, pintando a unha com cor mel metálico, é elegante, mas gostaria mesmo de usar um azul turqueza. Mas só se fosse uma pessoa normal, louca como sou, seria sintomático.
Acompanhem as histórias nos links:
Blog do Pessoa - dia 05
Blog do Pessoa - dia 07
Blog do Pessoa - dia 09

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

TRATAMENTO PARA DEPENDÊNCIA QUÍMICA E EXCLUSÃO SOCIAL

AFINAÇÃO DE ORQUESTRA
Edmar Oliveira

Foi no horário nobre pela TV que a polícia de São Paulo invadiu com carros pipas e uma brigada militar armada a chamada cracolândia do centro da cidade. A marcha de um exército de homens armados contra o gueto de farrapos humanos, que consumiam e eram consumido pelo crack, lembrou a SS nazista invadindo o gueto de Varsóvia em filmes preto e branco que tentaram retratar o horror fascista. Porque o fascismo se arma contra os fracos para exterminá-los, afinal “os fracos de corpo são fracos da mente e não merecem viver no darwinismo social”. Foram imagens horrendas essas coloridas de agora. Homens, mulheres, crianças e o lixo eram varridos da mesma forma, numa operação em que a autoridade paulista chamou, de maneira sem-vergonha, mas apropriada, de “dor e sofrimento”. De maneira cínica era admitido que a redenção (pelo o tratamento) só viria após o martírio. E a polícia paulista foi flagrada em vários vídeos no youtube como soldados romanos que infringiam o martírio nos usuários de crack quase crucificados. O ódio se apodera dos fascistas como mostraram as imagens de tortura explicita contra homens dominados e, covardemente, apanhando por trás, sem qualquer possibilidade de defesa, como tão bem as imagens mostram o prazer do algoz com o sofrimento da vítima (ver no youtube:
http://youtu.be/GHz-8rSDvuA).

São Paulo só fez aumentar o som de ações orquestradas pela “internação compulsória”, que teve início no Rio de Janeiro e é imitada em outras cidades, com o apoio das políticas federais de governo. O recolhimento compulsório iniciado no Rio de Janeiro, já há quase um ano, e festejado pelas autoridades, tem requintes também de ações fascistas: a ação tem apoio policial e os recolhidos, homens, mulheres e crianças, são levados primeiro a uma delegacia, pois os que têm passagem por algum delito anterior são presos, não tendo direito ao suposto tratamento a que os outros serão submetidos. Assim é a autoridade policial que decide quem vai a “tratamento”. Se fosse verdade, onde estaria os direitos humanos dos que foram somente presos, embora fossem também usuários e “dependentes químicos”. Os prisioneiros que têm direito à assistência são violados em seus direitos humanos primários. Portando foi criada uma situação onde o fascismo se expressa sem máscaras. Os “doentes” que (ainda) não cometeram um delito em folha corrida policial são recolhidos aos abrigos para a ação dos profissionais de saúde. E aqui ocorrem mais uma perversão fascista: a Ação Social aprisiona o suposto paciente para que os profissionais de saúde atuem nos abrigos-prisões. Voltamos a instituição total manicomial. Lembro que na década de 1970, no Rio de Janeiro, clínicas conveniadas recolhiam mendigos para tratamento involuntário, objeto de nossos protestos antimanicomiais. Qual a diferença?

Será que ninguém faz uma correlação entre a falta da construção de rede em Saúde Mental e, primeiro o surgimento das cracolândias, segundo, as ações policialescas? Pois o Rio de Janeiro e em São Paulo são metrópoles onde não há rede de suporte suficiente. No Rio, para uma população de 6 milhões de habitantes existe dois CAPS ad municipais, tipo II, nenhum em funcionamento nas 24 horas, inexistem Unidades de Acolhimento intermediário e não há leitos em Hospitais Gerais para os agravos clínicos. Natal, com um décimo da população, tem uma rede superior: dois CAPS ad, um deles 24 horas, leitos no hospital geral de qualidade. Tem ainda problemas, mas é um avanço em relação ao Rio. São Bernardo do Campo, num raro exemplo de vontade política para a ação, dispensa as “comunidades terapêuticas” e não tem cacrolândias (ver no youtube:
http://youtu.be/M9Ij17O4-Fs).

Nunca é demais repetir: o que falta, para impedir essas soluções fascistas, são serviços de saúde inclusivos e não somente. É preciso políticas sociais que possibilitem a inclusão na educação, na moradia, no trabalho e lazer, social. O que existe é uma epidemia do abandono.

Estamos criando uma democracia grega: o Brasil está bombando, em crescimento acelerado. Nunca tivemos um desenvolvimento assim antes. Mas para os incluídos. Os excluídos não usufruem da democracia e são tratados como cidadãos de segunda categoria, quando não encontram lugar nessa sociedade competitiva. E não podemos nos conformar com uma democracia grega.
Não resisti e fiz mais esta postagem hoje. O texto de Edmar Oliveira é contundente, as palavras são como escudos que nos protegem e nos defendem dos ataques das armas do inimigo e o melhor, são armas para fazer com que pensemos diferente. Que sejamos mais razoáveis em nossas posições sobre determinados assuntos.

ATENÇÃO PSICOSSOCIAL EM CRACK, ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS NO GOVERNO DE WM

Wilson reassume cargo e usará exemplo dos EUA contra as drogas

Publicado em 05/01/2012 às 09h22
Ao desembarcar em Teresina, nesta quarta-feira (4), após viagem oficial aos Estados Unidos, o governador Wilson Martins afirmou que a primeira experiência que conheceu naquele país e pretende adaptar no Piauí será na área de combate às drogas. Wilson Martins cumpriu agenda oficial durante 10 dias em Miami, Livermore e Palm Beach, enquanto Moraes Souza Filho permaneceu como governador em exercício. O termo de reassunção ao cargo de governador foi assinado no hangar do Governo do Estado.

Governador Wilson Martins chega de viagem do exterior(Foto: Paulo Barros)
“Conhecemos o trabalho desenvolvido pelo DARE (Drug Abuse Resistance Education) no combate às drogas, com foco no trabalho de prevenção dentro das escolas. Já temos um trabalho nesse sentido no Piauí, com o Proerd (Programa Educacional de Resistência às Drogas) e vamos ampliá-lo”, disse o governador Wilson Martins. Criado há 28 anos, o DARE já exportou sua metodologia de atuação para 45 países, inclusive o Brasil. Durante reunião com a direção do DARE foi definido que técnicos do órgão visitarão o Piauí para trazerem para o estado a experiência que vivenciam nos Estados Unidos.

“Também pude conhecer experiências bem sucedidas nas áreas de segurança pública, saúde e meio ambiente. Tenho certeza de que vamos conseguir boas parcerias, especialmente em relação à vinda de tecnologia e modernos sistemas de inteligência para o Piauí”, comentou Wilson Martins, que visitou ainda a maior rede hospitalar dos Estados Unidos, um moderno complexo de tratamento de resíduos sólidos que gera energia a partir do lixo recolhido.

Sobre o ano de 2012, o governador disse que será aprimorado o sistema de gestão com foco no planejamento, estabelecimento e acompanhamento de metas para todos os órgãos da administração estadual. “Alcançamos muitos avanços no ano de 2012 graças a esse planejamento, como a construção de obras com recursos próprios, como a Ponte do Mocambinho, que tem melhorado a mobilidade entre as zonas Norte e Leste de Teresina”, disse o governador.

Já o vice-governador, Moraes Souza Filho, avaliou como positivo o período em que ficou à frente do Governo do Estado. “Foi um período muito produtivo. Não houve dificuldades, o governador Wilson Martins deixou tudo programado e agora volta com novas idéias para serem implementadas pelo Governo do Estado”, argumentou.

Portal Vooz
 
Em um ano o governador e assessores da área ( será mesmo que "são" da saúde mental e dependência química? Entendem de politica de saúde mental e tecnicamente destas questões?), não conseguiram implementar serviços da politica nacional de saúde mental e combate ao crack, álcool e outras drogas. Só conseguiram fazer uma caminhada, salvo engano. E nas escolas estaduais apenas uma orientação "desorientada" para professores trabalharem a temática: na minha escola os alunos iam a biblioteca, onde todo material sobre drogas é ultrapassado, nenhum contém o crack e as pesquisas no gogle. Organizaram uma passeata pelas ruas do bairro que acabou não acontecendo. Nenhum especialista foi a escola falar da temática, não estou falando só de militares, que é o mais comum, mas de profissionais da saúde, psicologia e serviço social envolvidos no cotidiano dos cuidados. Falta administração das atividades pensadas pela câmara.
Em 2010 fiz parte da equipe da Gerência de Saúde Mental/SESAPI e tenho em mãos cópia do planejamento de ações a serem implementadas "no enfrentamento ao álcool e outras drogas/2011. NADA foi cumprido em Teresina. Projeto que ficou do governo passado, conseguido a base de luta politica, a implantação de um CAPS ad III 24 h, que funcionaria nas instalações sub utilizadas do hospital dia do complexo do HAA, já havia sido aprovado pela bipartite. Não foi levado a cabo.  Em substituição a GSM divulgou que este CAPS ficaria nas imediações do centro administrativo. Ainda não está atendendo, por quê? Hoje, os pavilhões e apartamentos do HAA recebem dependentes químicos em crise psicótica. Ainda bem. Não há para onde correr. É bom para o governador? Tanto faz, né?
CAPS ad III de Parnaíba e ad II de Floriano não tenho informações porque todos os técnicos, sem excessão, que trabalham em saúde mental no Piauí não socializam informações com movimento de usuários. Por quê? Fazem parte da maioria que fazem questão do nosso não protagonismo? Usuário bonzinho, é aquele que parece normal, passivo, canta num coral ou faz alguma outra coisa amestrada. Só nâo sei se comem de BPC, no serviço ou de distribuição de cestas alimentícias, porque destas artes dos CAPS tenho certeza que não.
Ampliação do Serviço Hospitalar de Referência ad do Mocambinho, cadastramento de mais 20 leitos, só há 10 e para quem não sabe a luta começou em 2004 e apenas em 2010 c0meçaram a funcionar. Imagino que só no final do governo, ou seja daqui há três anos estes novos leitos existirão. Será que o programa americano é mais rápido?
Escola de supervisores clínicos-institucionais da rede de atenção psicossocial, álcool e outras drogas para qualificar 30 profissionais de nível superior para acompanharem as equipes de saúde mental, álcool e outras drogas no Estado, muito triste a não concretização desta proposta, este foi um projeto aprovado pelo ministério da saúde e teria parceria com a UFPI, mas com a ausência de um coordenador de saúde mental por mais de dois meses iniciais do ano, depois a ocupação do cargo por técnicos totalmente estranhos aos processos da politica de saúde mental, acabaram-se os prazos e perdeu-se tão oportuna possibilidades de quslificação para os serviços que a  partir de agora, da portaria 3088/11, todos direta ou indiretamente estarão ligados ao enfrentamento do crack.
O Amigo no Niho está acompanhando uma mãe que desde a véspera de natal precisa de ajuda para tirar a filha de vinte anos da rua, viciada em crack e fazendo prostituíção não temos segundo a coordenadora da câmara de enfrentamento  ao crack, "equipamentos sociais" para uma intervenção concreta ou seja não há para onde encaminhar. Minhas fiéis companheiras do Serviço Social do HAA me informam que esta mãe pode recorrer ao Ronda Cidadão, localizar a filha e tentar (no caso de está psicótica), trazê-la para uma avaliação, se for o caso, a internação integral no HAA. É o desespero, gente! O pessoal da câmara desconhece, não dar informações exatas na televisão que existe uma rede de atendimento a este público: consultório de rua, CAPS ad, leitos em hsopitais gerais (Mocambinho e Primavera), as Comunidades Terapêuticas financiadas pela SASC, para àqueles que se adaptam funcionam muito bem por aqui.
Mas andorinha só, não faz verão. Sou apenas uma voz que clama no deserto. Deus me ajude minha cabeça continue regulando "marromeno" e encima do meu pescoço.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

PORTARIA 3.089: FINANCIAMENTO DOS CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL (CAPS)

PORTARIA Nº 3.089, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2011


Legislações - GM
Sex, 30 de Dezembro de 2011 00:00
PORTARIA Nº 3.089, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2011(*)

Dispõe, no âmbito da Rede de Atenção Psicossocial, sobre o financiamento dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS).

O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso das atribuições que lhe conferem os incisos I e II do parágrafo único do art. 87 da Constituição, e
Considerando a Portaria nº 3.088/GM/MS, de 23 de dezembro de 2011, que institui a Rede de Atenção Psicossocial para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito do Sistema Único de Saúde;
Considerando a necessidade de garantir recursos financeiros para consolidar a implementação dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), visando o acesso integral às ações de saúde mental, álcool e outras drogas; e
Considerando a necessidade de identificar e acompanhar os pacientes que demandam atenção em saúde mental, álcool e outras drogas e qualificar os serviços, resolve:

Art. 1º Fica instituído recurso financeiro fixo para os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) credenciados pelo Ministério da Saúde, destinado ao custeio das ações de atenção psicossocial realizadas, conforme descrição a seguir, por tipo de serviço:
I - CAPS I - R$ 28.305,00 (vinte e oito mil e trezentos e cinco reais) mensais;
II - CAPS II - R$ 33.086,25 (trinta e três mil, oitenta e seis reais e vinte e cinco centavos) mensais;
III - CAPS III - R$ 63.144,38 (sessenta e três mil, cento e quarenta e quatro reais e trinta e oito centavos) mensais;
IV - CAPS I- R$ 32.130,00 (trinta e dois mil e cento e trinta reais) mensais;
V - CAPS AD - R$ 39.780,00 (trinta e nove mil, setecentos e oitenta reais) mensais; e
VI - CAPS AD III (24h) - R$ 78.800,00 (setenta e oito mil, oitocentos) mensais.
Parágrafo único. Os recursos serão incorporados ao limite financeiro de média e alta complexidade dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

Art. 2º Fica instituído recurso financeiro variável de custeio, para cada tipo de CAPS, que será normatizado em portaria específica do Ministério da Saúde no prazo de cento e oitenta dias.
§ 1º O Ministério da Saúde implantará sistema de informação com vistas à avaliação e monitoramento, por meio de indicadores que serão objeto de ato próprio do Ministério da Saúde, do repasse de recursos de que trata o caput deste artigo.
§ 2º No primeiro semestre de 2012 será realizado novo cadastramento dos CAPS, com base em formulário específico, a ser disponibilizado pelo Ministério da Saúde, para alimentar a base de dados de que trata o § 1º deste artigo.

Art. 3º Nas situações em que há repasse mensal maior do que os valores estabelecidos no art. 1º desta Portaria, deverá haver avaliação in loco das condições de estrutura, equipe e  produção e repactuação para adequação dos valores repassados.

Art. 4º Os recursos referentes à contrapartida federal para custeio dos CAPS municipais e para os CAPS estaduais serão repassados, mediante transferência, regular e automática, pelo Fundo Nacional de Saúde para os respectivos fundos de saúde.

Art. 5º Somente será realizado o repasse de recursos de que trata o art. 2º desta Portaria aos Municípios e Estados após efetivo cadastramento do serviço junto ao Ministério da Saúde e de seu devido funcionamento.

Art. 6º O processamento da documentação para o cadastramento das novas unidades ou de mudança de tipo de CAPS será de responsabilidade do gestor estadual.
§ 1º Os processos de que trata o caput deste artigo deverão ser instruídos com a seguinte documentação:
I - informações sobre a Secretaria Municipal de Saúde e o gestor, consoante o modelo constante do anexo I a esta Portaria;
II - projeto Técnico do CAPS;
III - planta Baixa do CAPS;
IV - relação nominal dos profissionais integrantes Equipe Técnica, anexados seus currículos;
V - relatório de Vistoria realizada pela Secretaria de Estado da Saúde;
VI - relatório de Vistoria da Vigilância Sanitária local;
VII - apresentação do número do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) do CAPS; e
VIII - aprovação do cadastramento pela Comissão Intergestores Bipartite que poderá reprovar ou aprovar o cadastramento com exigências, caso em que o processo retonará ao gestor municipal para arquivamento ou adequação.
§ 2º No que toca ao Relatório de Vistoria de que trata o inciso V deste artigo, a vistoria deverá ser realizada in loco pela Secretaria de Estado de Saúde, que avaliará as condições de funcionamento do serviço para fins de cadastramento, considerando-se:
I - área física;
II - recursos humanos; e
III - responsabilidade técnica e demais exigências estabelecidas na Portaria n° 336/GM/MS, de 19 de fevereiro de 2002, acrescido de parecer favorável da Secretaria de Estado da Saúde.
§ 3º O processo deverá ser encaminhado à Área Técnica de Saúde Mental do Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas da Secretaria de Atenção à Saúde (DAPES/SAS/MS), que emitirá parecer, conforme determinado pelo art. 6º da Portaria n° 336/GM/MS, de 2002.
§ 4º Os CAPS já habilitados pelo Ministério da Saúde não são objeto do caput deste artigo.

Art. 7º Os procedimentos relativos ao cadastramento dos CAPS AD III (24h) ou a conversão de CAPS AD para CAPS AD III serão normatizados em portaria específica do Ministério da Saúde no prazo de sessenta dias.

Art. 8º A mudança de tipo de CAPS implicará em ajuste do repasse financeiro de custeio de acordo com o novo tipo do serviço, por meio de Portaria a ser publicada pelo Ministério da Saúde.

Art. 9º Os recursos financeiros para custeio das atividades de que trata esta Portaria são oriundos das dotações orçamentárias consignadas ao Ministério da Saúde, devendo onerar o Programa de Trabalho 10.302.1220.8585 - Atenção à Saúde da População para Procedimentos de Média e Alta Complexidade.

Art. 10. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. Art. 11 Fica revogada a Portaria nº 189/SAS/MS, de 20 de março de 2002, publicada no Diário Oficial da União, Seção I, do dia 22 seguinte, página 108, republicada no Diário Oficial da União, Seção I, do dia 2 de setembro de 2002, página 71.

ALEXANDRE ROCHA SANTOS PADILHA



ANEXO I

DADOS DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E GES-

UF:
ENDEREÇO:
CNPJ:
TELEFONE:
FAX:
E-MAIL:
SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE:
CPF:
DATA DA POSSE:
E-MAIL:
DADOS DO CAPS
NOME:
ENDEREÇO:
TELEFONE:
FAX:
E-MAIL:
Nº DE REGISTRO NO CNES:
COORDENADOR DO SERVIÇO:




PSIQUIATRIA SEM HOSPÍCIO

POR UMA CLÍNICA DA REFORMA PSIQUIÁTRICA: COM SUBJETIVIDADE, MEDICAÇÃO COM MENOS EFEITOS COLATERAIS E MAIOR PODER DE RESOLUTIVIDADE ASSOCIADA A PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.