Amiga Leda,
Antes de mais nada quero prestar minha solidariedade a saúde mental feita por valorosos companheiros do HAA no caso da reportagem do Diário do Povo (15/11), acho que o reporter foi de uma irresponsabilidade sem tamanho e a resposta da SESAPI infelizmente não foi a altura (18/11), porque a familia citada é que precisa de resposta, rápida, técnica e resolutiva. Se eu tivesse na gerência teria procurado a familia, uma única família, junto com o CAPS norte, já que é do seu território o endereço. Se realmente o caso fosse avaliado pelo médico como internação integral, este paciente passa o dia no CAPS norte e dorme no CAPS III, sem ônus para familia levado pelo carro da FMS. A coordenadora do CAPS norte e a assistente social, Maria José Girão e Mônica Bajur são assistentes sociais do HAA, o psiquiatra Erivan Eulálio é psiquiatra do CAPS norte, do HAA e do CAPS III à noite, é o plantonista, até onde sei. E os apartamentos não são suites, são de uma modéstia só. Constantemente ocupados sim, muitas vezes por dependentes químicos, infelizmente.
Minha solidariedade junto às equipes de CAPS (responsabilidade do municipio) que mesmo sem uma coordenação geral eficiente, sem estrutura como um vergonhoso único carro escalonado entre os cinco CAPS, o sudeste passou três semanas sem ele. Como acompanhar uma chamada urgente para ajudar numa recaída e evitar que a familia mande para o HAA? As equipes tem amadurecido a clínica psicossocial e sei porque acompanho muitos casos que podem ser considerados graves, que tem remissão no CAPS, sem uma entrada no HAA.
Hoje 19/11 no DP tem mais um ataque agressivo e virulento de representante da respeitosa velha guarda da psiquiatria piauiense, psiquiatra aposentado, Dr. Humberto Guimarães como alguns outros já o fizeram ataca sem nada acrescentar a politica da atenção psicossocial, de maneira desrespeitosa despreza e desconhece o trabalho de técnicos, chama os psicólogos de aconselhadores e que seus colegas psiquiatras, cheios de subempregos só passam no CAPS para receitar a medicação e as técnicas de enfermagem são as que rotineiramente estão lá dando o comprimido. E mistura a questão ad com as patologias mentais. Nem merece resposta. Pérola aos porcos, é um profissional de visão "crônica".
Quanto a reunião intersetorial a GSM recebeu um oficio ainda em maio ou junho, junto ao mapeamento das crianças TGDs nas escolas, lembra? Não houve resposta oficial para DEI/SEMEC. E como enviar um convite, oficio, para onde? Onde a gerência está instalada? Que telefones? Quaisquer real interesse da GSM/CAPS i participarem, o que seria de suma importância, de posse destes dados repasso para as organizadoras. A reunião é na quarta/23.
Abraço fraterno,
Edileuza
Email para Leda Trindade, psicóloga, gerente de saúde mental/SESAPI
Já prometi-me algumas vezes não ligar mais para estas celeumas entre manicomiais e representantes da reforma, em jornais e disputas palacianas mesquinhas, é adoecedor. Mas a sequência de artigos sem noção publicados por este jornal a respeito de saúde mental em Teresina é realmente deprimente literalmente, para nós militantes, técnicos e usuários informados. Dizem: "os CAPS não prestam", "familias estão desesperadas para internar", "os loucos estão andrajosos nas ruas", "os loucos estão atacando as pessoas na rua" ( alguém já viu isso? Ou viu um louco armado de pedras se defendendo de normais que caçoam, maltratam dele?), "os drogados estão sem atendimento", "os drogados estão roubando e matando". Nem são análises, são posturas do senso comum, preconceituosas e autoritárias, favoráveis ao "grande internamento" novamente, higienizador das ruas.
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