quarta-feira, 30 de novembro de 2011

CAPS i Linda Nicinha

Em 1997, quando o conselho da mulher ficava perto do mercado velho. Não lembro o nome daquela rua. Tivemos uma roda de biodança. Ismênia Reis já era nossa parceira, nessa época, Maria do Carmo Bedard, Lúcia rosa e outras intelectuais sentaram-se algumas tardes para discutir os serviços de saúde mental do município. Infelizmente, mas um grupo que não vingou, mas uma sementinha daquelas tardias, que nascem qualquer dia de teimosa em solos insólitos, brechas de cimento ou em meios a pedras, é hoje o que é o Amigo no Ninho.
Sofrendo com uma mudança de medicação, guerreira velha armada mais uma vez para uma batalha, não me apressei, não estava ansiosa. Pus uma roupa de normal (há dias que abuso do exótico) e fui a reunião na SEMEC, fruto de uma mobilização de meses, o objeto desta foi conversar com os CRAS/SEMTCAS para pensarmos ações integradas no atendimento as crianças TGDs, especificamente às psicóticas e suas familias. Bastante produtiva, por um equívoco de comunicação somente os CRAS norte, que são quatro estiveram presentes, uma representante da Educação Especial da SEDUC. Agradecemos a sensibilidade de Márcia Raica, gerente da área. Ficamos esperançosos que a sensibilização chegue às escolas do Estado. Agradecemos a Lucas Guimarães da residência multiprofissional em saúde da familia/FACIME e sua residente Indira, garantindo o interesse e a fala da academia. Infelizmente não conseguimos a presença do CAPS i. A maioria das pessoas presentes não sabiam que só existe um único serviço em todo o Estado. O município de Teresina com quase 900.000 h poderia comportar três CAPS i, no mínimo, na lei figura um CAPS i para uma cidade de 200.000 h, salvo engano.
Pensa-se na organização de um guia informativo sobre os diagnósticos dos Transtornos Globais do Desenvolvimento, sua prevalência, tratamento e serviços existentes em Teresina direcionado a profissionais da educação, assistência social e familiares. A realização de um Fórum Intersetorial de Saúde Mental Infanto Juvenil de Teresina e o mais importante a parceria com a assistência social às famílias das crianças TGDs,  notificadas pelas escolas. A guerreira cansada, sente-se revitalizada. Um agradecimento a meu anjo de uma asa só, amiga, cuidadora, conselheira e mulher competente, de alta astral que conduziu nossa reunião, socióloga e assistente social da SEMEC, Sandra Leite. Beijo Loura. 
* o título da postagem é um desses sonhos, meio que delirio, uma homenagem a uma das loucas da minha infância e uma das mais famosas de Teresina. Os gestores normais e burocratas dificilmente dariam seu nome a um serviço destinado à crianças. Mas, normais podem enlouquecer, né?

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