quarta-feira, 30 de novembro de 2011

CAPS i Linda Nicinha

Em 1997, quando o conselho da mulher ficava perto do mercado velho. Não lembro o nome daquela rua. Tivemos uma roda de biodança. Ismênia Reis já era nossa parceira, nessa época, Maria do Carmo Bedard, Lúcia rosa e outras intelectuais sentaram-se algumas tardes para discutir os serviços de saúde mental do município. Infelizmente, mas um grupo que não vingou, mas uma sementinha daquelas tardias, que nascem qualquer dia de teimosa em solos insólitos, brechas de cimento ou em meios a pedras, é hoje o que é o Amigo no Ninho.
Sofrendo com uma mudança de medicação, guerreira velha armada mais uma vez para uma batalha, não me apressei, não estava ansiosa. Pus uma roupa de normal (há dias que abuso do exótico) e fui a reunião na SEMEC, fruto de uma mobilização de meses, o objeto desta foi conversar com os CRAS/SEMTCAS para pensarmos ações integradas no atendimento as crianças TGDs, especificamente às psicóticas e suas familias. Bastante produtiva, por um equívoco de comunicação somente os CRAS norte, que são quatro estiveram presentes, uma representante da Educação Especial da SEDUC. Agradecemos a sensibilidade de Márcia Raica, gerente da área. Ficamos esperançosos que a sensibilização chegue às escolas do Estado. Agradecemos a Lucas Guimarães da residência multiprofissional em saúde da familia/FACIME e sua residente Indira, garantindo o interesse e a fala da academia. Infelizmente não conseguimos a presença do CAPS i. A maioria das pessoas presentes não sabiam que só existe um único serviço em todo o Estado. O município de Teresina com quase 900.000 h poderia comportar três CAPS i, no mínimo, na lei figura um CAPS i para uma cidade de 200.000 h, salvo engano.
Pensa-se na organização de um guia informativo sobre os diagnósticos dos Transtornos Globais do Desenvolvimento, sua prevalência, tratamento e serviços existentes em Teresina direcionado a profissionais da educação, assistência social e familiares. A realização de um Fórum Intersetorial de Saúde Mental Infanto Juvenil de Teresina e o mais importante a parceria com a assistência social às famílias das crianças TGDs,  notificadas pelas escolas. A guerreira cansada, sente-se revitalizada. Um agradecimento a meu anjo de uma asa só, amiga, cuidadora, conselheira e mulher competente, de alta astral que conduziu nossa reunião, socióloga e assistente social da SEMEC, Sandra Leite. Beijo Loura. 
* o título da postagem é um desses sonhos, meio que delirio, uma homenagem a uma das loucas da minha infância e uma das mais famosas de Teresina. Os gestores normais e burocratas dificilmente dariam seu nome a um serviço destinado à crianças. Mas, normais podem enlouquecer, né?

terça-feira, 29 de novembro de 2011

ESTAMOS USANDO O CRACK

 

                             Edmar Oliveira*


Estamos assistindo ao desmonte de um conjunto de políticas modernas e revolucionárias na área da Saúde Mental e a reimplantação de um modelo cruel e historicamente falido. Vamos olhar a questão por uma lente grande angular: setores hipócritas da sociedade, uma mídia alarmista e políticas públicas equivocadas (quando não intencionais) estão usando o crack para criminalizar a pobreza e atacar os bolsões de populações em situação de vulnerabilidade com o eufemismo do “acolhimento involuntário”. Construção inconciliável, que nós, os que trabalhamos no campo da Saúde Mental, sabemos ser falsa: ou bem o acolhimento é voluntário ou, se involuntário, aí não é mais acolhimento, e sim recolhimento. Primeiro veio o ataque às “cracolândias” de São Paulo, depois adotado na Cidade Maravilhosa que precisa ser “higienizada” para os eventos do calendário esportivo mundial. E por imitação, começa a acontecer em outras metrópoles.
            A situação complexa dos bolsões de pobreza, com pessoas em situação de vulnerabilidade, não pode ser entendida de forma simplificada e menos ainda ser resolvida por atitudes apressadas. Para enfrentar a disseminação do uso de crack e outras drogas (o álcool, droga lícita permitida, e os solventes, vendidos para outros fins, estão associados ao crack, que quase nunca é consumido isoladamente), o Ministério da Saúde, através da sua Área Técnica em Saúde Mental, vinha adotando uma Política Nacional de Enfrentamento ao Álcool e outras drogas (PEAD) que previa uma complexidade de equipamentos comunitários, móveis e hospitalares. São os Centros de Atenção Psicossocial para Álcool e outras drogas (CAPS ad como centro de acolhimento diurno ou com leitos funcionando 24 horas); aproximação aos Programas de Saúde da Família através dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (os NASFs); Casas de Acolhimento Transitório (as CATs) para pessoas em situação de vulnerabilidade territorial; Consultórios de Rua, móveis, para o acolhimento e atenção dessas pessoas; Leitos Hospitalares de Referência nos Hospitais Gerais (sim, porque só neles podem ser tratados os agravos clínicos consequentes ao uso de drogas lícitas e ilícitas); além dos hospitais especializados.
Ou seja: a situação complexa do usuário deve ser atendida de forma também complexa, com um conjunto de dispositivos adequados a cada momento às necessidades do usuário. O leito comunitário do CAPS ad e o da Casa de Acolhimento Transitório não é o mesmo do Hospital Geral ou o do Hospital Especializado. Eles não competem entre si, mas são complementares, segundo a necessidade real psicológica e física do usuário a cada momento. A política do recolhimento involuntário oferece apenas um dispositivo, a antiga e inadequada internação psiquiátrica, que a mesma política de Saúde Mental vinha combatendo por seu caráter repressivo e violador dos direitos humanos. Esta forma não pode ser encarada como um tratamento adequado e resolutivo na nossa modernidade, mas apenas um retorno ao “tratamento moral” do começo da psiquiatria no século XVIII.
Assistir ao desmantelamento das políticas complexas, que ainda estavam em ritmo de implantação, para a recuperação de um modelo já condenado no século passado é um martírio que os militantes da construção da Reforma Psiquiátrica estão vivendo. A Reforma Psiquiátrica é um movimento que implantou dispositivos comunitários de Saúde Mental, reduzindo consideravelmente o uso do hospital psiquiátrico especializado. E pior é saber que o modelo da internação (na contramão da Reforma), proposto atualmente, condena à exclusão intencional, em nome do tratamento, populações vulneráveis que sofrem da epidemia de abandono social. E para as quais haveriam de ser implantadas políticas públicas sociais, educacionais, habitacionais e de emprego propondo a inclusão dessas pessoas que ficaram para trás no apressamento competitivo dessa sociedade.
Pois não é o crack a epidemia a ser enfrentada, mas o abandono de populações marginalizadas que não encontram lugar nessa sociedade do individualismo. Talvez por isso eles se juntam nos guetos, onde ainda encontram a solidariedade dos iguais, já que a sociedade não tem lugar para esta gente que não soube encontrar seu lugar. É a partir dos guetos, lugares que geralmente são depósitos de lixo, que os abandonados gritam à sociedade que são o lixo humano sobrante dessa sociedade egoísta. Um observador estrangeiro chamou esses lugares de “manicômios a céu aberto”. Correta observação. Eles estão presos à impossibilidade de pertencimento à sociedade moderna.
Voltando a olhar pela lente grande angular: não é pelo uso do crack que eles se encontram nestes lugares marginalizados a que chamam de “cracolândia”, mas por estarem nestes lugares em situação de vulnerabilidade e abandono é que – também - fazem uso do crack. Todos nós estamos “usando” o crack para esconder nossa sujeira debaixo do tapete.    
*O psiquiatra Edmar Oliveira foi diretor do Instituto Nise da Silveira (RJ). É autor dos livros “Ouvindo Vozes” Vieira & Lent, 2009, RJ; e “von Meduna”, Oficina da Palavra, 2011, Pi, ambos sobre práticas em Saúde Mental.

domingo, 27 de novembro de 2011

DIAGNÓSTICOS DO SENSO COMUM

Postagem no faceboock:
"Pior coisa do mundo é gente bipolar, metaforicamente falando, uma hora está no pólo positivo, aí vc é a melhor pessoa do mundo, em outra, está no pólo negativo, aí você é a pior pessoa do mundo, gente, vamos resolver nossos problemas, assumir nossos defeitos e fragilidades, cuidar de si mesmo, fazer o que é possível. Atribuir a infelicidade, incompetência e inconsequências aos outros, é no mínimo leviano e passar recibo de mediocridade crônica!"

Na escola:
Crianças do sétimo ano (antiga sexta série), avisam a um professor que um coleguinha "está bipolar", ficando alegre e zangado ao mesmo tempo. Converso com o menino alto para os seus doze anos, parece-me um rapazinho decidido. Tomou uma atitude sem consultar os pais e estava enfrentando as consequências da repreensão destes e a culpa. Diz nem perceber que andava zangado. Bipolar?

Professora, familiar de pessoa com transtorno mental. Fala-me de comportamentos bizarros de um certo aluno, ela diz que leu  O. G. Rego, O rio subterrâneo, que o autor descreve o comportamento de um personagem esquizofrênico, ela teria então reconhecido os sintomas no comportamento do menino.


No gogle há várias definições que simplificam, dão a idéia que a bipolaridade é uma doença mental das mais fáceis de cuidar, que as internações são raras para estes casos. Pessoas do senso comum como as dos casos acima fazem o "diagnóstico" mais rápido que um psiquiatra. Uma assistente social amiga, experiente técnica na área, numa discussão sobre reabilitação de usuários dos CAPS através do arte, trabalho protegido, redarguiu que minha funcionalidade, que eu conseguia está bem, era pelo fato de ser uma F30 ( CID 10 - transtorno bipolar ), os serviços, principalmente o HAA está cheio de F20 (esquizofrenia), na concepção dela muito mais difícil. Considero mito, qualquer transtorno mental não tratado adequadamente é incapacitante. Infelizmente, prevalece nos serviços esta mentalidade e todos aqueles que não rompem com este círculo, buscando informações, alternativas diferentes, ainda são medicados em excesso com o coquetel psi de medicamentos tradicionais: clopomazina de 1952, haloperidol de 1957, diazepan ou congêneres mais um outro para combater a impregnação dos primeiros. Medicações mais atuais, também, apesar do poder de resolutividade da remissão dos sintomas ser maior, ainda nos maltratam  muito com efeitos colaterais extremamente desagradáveis.
Talvez esta popularização dos diagnósticos seja benéfica para o usuário e sua família. Loucos não "correm" mais na rua hoje em dia. Quer dizer, pode está havendo um reconhecimento precoce dos sintomas antes da agudização da crise. É só deixarmos o preconceito de lado... e pensarmos em prevenção de infarto ou outra patologia grave qualquer.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

SEBASTIÃO DE PARNAÍBA

25/11/2011

PEDIDO DE AJUDA: Desaparecimento do doente mental "Sebastião"de Parnaiba.‏


Bom dia Carlson, sou de Cocal e ontem (24/11) por volta das 21h40min, quando passava de carro na avenida Raimundo Alves Pereira, avistei uma pessoa que eu tenho quase certeza se tratar deste rapaz desaparecido. Ele se encontrava nesta mesma avenida sentado em uma calçada de uma revenda de carro.

BLOG DO PESSOA 

 

Mais pessoas viram o Sebastião de Parnaíba, ( segundo comentários) Cocal fica perto de Parnaíba, tem um CAPS que os funcionários passaram alguns meses em greve, sai da GSM/SESAPI, não sei como ficou. O serviço era de uma precariedade sem tamanho. Parnaíba no momento se destaca na qualidade se seus serviços em saúde mental, pelo  menos aparece na mídia como tal. E o seu Sebastião, com a foto arrancada da carteira de trabalho, está na rua, conhecido no trecho, como se diz, louco manso, a rua alimenta. O que a familia fará se o encontrar? Trará para Teresina para uma internação no HAA, voltar a tomar medicação, tomar o prumo novamente? O que farão os CAPS da região?

Aqui em Teresina, bairro Dirceu/Renascença I temos o doidinho das tampinhas, coleciona tampas de refrigerantes e passa horas furando-as com um prego, sorrir, sabe-se que graça haverá em seu mundo de tampinhas e outros lixos que vai juntando? Conheço seu percurso, fico tranquila ao vê-lo chegando ou indo embora da praça, reconheço seus cantinhos preferidos pelas tampinhas lá abandonadas até os garis varrerem. Ele já me reconhece e sorrir para dentro do seu mundo de tampinhas de fanta e outros lixos, desde o dia que o alimentei pela primeira vez, antes não respondia a meu cumprimento. Sei que tem familia porque troca de roupas, somente um calção bermuda, vi-o apenas uma vez de chinelos... há dias que tem um certo ar de preocupação, sério,  como se tivesse frustrado, outros dias como nós que parecemos normais, está com semblante mais ameno, suavemente feliz, como que realizado. Não imagino o homem das tampinhas furando-as dentro do HAA, talvez num CAPS atraído por elas, podendo a hora que marcasse no seu tempo, levantar e ir embora e voltar no outro dia. Pena, que o CAPS sudeste, no novo endereço, ficou distante para ele.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

REDE DE ATENÇÃO AD EM SÃO BERNARDO DO CAMPO


Repassando para que se veja que, quando se quer, é possível! 
Assistam ao vídeo da Prefeitura de São Bernardo do Campo, posicionando-se a favor de uma Política para usuários de álcool e outras drogas sem exclusão, em liberdade, e contrária às comunidades terapêuticas. Uma rede potente construída com firme decisão política e financiamento direcionado exclusivamente aos serviços substitutivos.

Email de Edmar Oliveira



CARTA A PRESIDENTE DILMA: POR UMA POLITICA DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS NÃO SEGREGATIVA E PÚBLICA

 
  
Trabalhadores, Gestores e Usuários enviem vocês também a carta à presidenta Dilma e aos ministros e ministras da Saúde, Casa Civil, Justiça, Secretaria-Geral da Presidência da República. Também receberão a mensagem a Coordenação de Saúde Mental do Ministério da Saúde, o Conselho Nacional de Políticas Sobre Drogas e a Secretaria Nacional de Articulação Social.
O texto foi edigido pelo Conselho Federal de Psicologia e pela Rede Internúcleos de Luta AnCarta à Presidenta Dilma 
 
 
Por uma Política de Álcool e Outras Drogas Não Segregativa e Pública
                                 CARTA À PRESIDENTA DILMA
A eleição de uma mulher presidenta da República, pela primeira vez na história, nos encheu de orgulho e foi festejado pelos brasileiros e brasileiras, em particular por todos os movimentos sociais, organizações populares e sindicais que lutam junto aos setores mais vulneráveis de nossa sociedade, pela ampliação dos direitos e de uma cidadania ativa. O compromisso definido como central para seu governo – o combate e eliminação de uma das principais mazelas da sociedade brasileira, a pobreza e a miséria – traduz, para nós, sua sensibilidade e filiação à Construção de um Novo Brasil, mais justo e solidário.
Esse compromisso assumido com o povo brasileiro é motivo de esperança e perspectivas de avanços no processo de inclusão social e de ampliação das conquistas cidadãs.
A Rede Nacional Internúcleos de Luta Antimanicomial, RENILA, e o Conselho Federal de Psicologia, CFP, presentes em todo o país, trabalhampela construção de uma sociedade sem manicômios, projeto político que originou e inspira a Reforma Psiquiátrica brasileira, política pública que é referência para a Organização Mundial da Saúde.
Apostamos que o atual governo iria avançar e aprofundar esse processo emancipatório, extinguindo os manicômios ainda existentes e em funcionamento e ampliando a rede substitutiva, contudo, estamos neste momento, seriamente preocupados com o futuro e os rumos da saúde mental brasileira.
Informações veiculadas com insistência pela imprensa sobre as possibilidades de tratamento para usuários de álcool e outras drogas preocupa-nos, sobretudo, por seu caráter francamente contrário aos princípios que sustentam as políticas deste governo, a saber, a superação da exclusão social, condição historicamente imposta a uma parcela da sociedade brasileira. Como atores sociais e de direitos humanos, queremos alertar para os riscos que se anunciam nestas propostas.
O primeiro e mais grave risco diz respeito ao modo como a questão é colocada: ameaça, que fundada na cultura do medo, produz pânico e autoriza a violência, além de solicitar respostas precipitadas e superficiais. A apresentação de soluções mágicas, de respostas totais e plenas de garantias é não apenas ilusório, mas, sobretudo falacioso. Preocupa-nos, de modo particular, a defesa da internação compulsória e das comunidades terapêuticas, dois modos de resolver a questão recorrendo à exclusão e a segregação. Tais soluções opõem-se, radicalmente, aos princípios que sustentam o compromisso desse governo de trabalhar pela ampliação da cidadania e inclusão de todos. Portanto, não tem como dar certo!
Senhora Presidenta, se tais medidas forem implantadas produzirão, além de prejuízos políticos, danos à democracia brasileira. Uma das maiores referências e patrimônio da nossa sociedade, o SUS e várias de suas políticas, dentre estas, a Reforma Psiquiátrica, serão seriamente comprometidas, além de perderem o caráter público tão caro à saúde. Submeter a saúde a interesses privados, à lógica de mercado, é fazê-la retroceder ao ponto que inaugurou o SUS como direito; é impor a saúde à dimensão de objeto mercantil, gerador de lucro para alguns e dor para muitos. Submeter o Estado e as políticas públicas a crenças e confissões, fere um princípio constitucional e a dimensão laica do mesmo. Submeter os cidadãos e suas famílias que sofrem com uma dependência a um modo de proteção que anula direitos é legitimar a violência como resposta institucional, portanto, não é uma ação cidadã, nem tão pouco solidária; é violência e tortura admitidas como recurso de tratamento.
Senhora Presidenta, mantendo nossa confiança e aposta em seu compromisso público anunciado quando de sua posse, mas também em sua sensibilidade e capacidade para conduzir um projeto de nação que seja justo, solidário e cidadão, alertamos: não se pode admitir o sequestro de direitos como recurso de tratamento, não se pode admitir a redução de problemas complexos a soluções mágicas, não se pode admitir, acima de tudo, a banalização de valores democráticos em nome de nenhum mal. Não se pode fazer o mal em nome do bem! Não se autoriza ao Estado e nem à sociedade, o direito a desrespeitar e torturar ninguém, em razão de nenhum motivo.
Sabendo que um governo se compõe de forças distintas e de perspectivas diversas, articuladas a setores e interesses sociais múltiplos, alguns mais próximos e comprometidos com valores republicanos, e outros com perspectivas mais restritas e a valores morais e religiosos, identificados na Casa Civil, conclamamos a Chefe da Nação a defender a cidadania de todos e a democracia brasileira, preservando suas conquistas, de modo especial, o Sistema Único de Saúde e suas políticas.
Nossa posição não é sustentada em interesses particulares nem em preferências. É coerente com a ampla mobilização social em todo o país que resultou na IV Conferência Nacional de Saúde Mental - Intersetorial, fórum que foi claro e decidido neste ponto: comunidades terapêuticas não cabem no SUS, como também não cabem internações compulsórias. O tratamento dos usuários de álcool e outras drogas, incluído neste conjunto o crack, deve seguir os princípios do SUS e da Reforma Psiquiátrica, sendo também este o caminho a ser trilhado pelo financiamento: a ampliação da rede substitutiva.
Senhora Presidenta, o Brasil precisa de mais CAPS-ad, necessita que os mesmos tenham condições que os permitam funcionar vinte e quatro horas, carece de leitos em hospital geral, de casas de acolhimento transitório, consultórios de rua, equipes de saúde mental na atenção básica, de estratégias de redução de danos e de políticas públicas intersetoriais. Este deve ser o endereço dos recursos públicos!
Por uma Sociedade Sem Manicômios!! Por um Tratamento Sem Segregação!! Pelo Fortalecimento do Sistema Único de Saúde e da Reforma Psiquiátrica!!

Rede Nacional Internúcleos de Luta Antimanicomial

Conselho Federal de Psicologia
Conselho Regional de Psicologia da 2ª Região - Pernambuco/ F. de Noronha
Conselho Regional de Psicologia da 8ª Região - Paraná
Conselho Regional de Psicologia da 19ª Região - Sergipe
Conselho Regional de Psicologia da 20ª Região - Acre, Amazônia, Rondônia e Roraima
 timanicomial (Renila).

 

A todas as pessoas, entidades, trabalhadores, gestores e usuários do SUS
Apresentamos  para conhecimento e ampla divulgação a Carta à presidenta Dilma "Por uma Política de Álcool e Outras Drogas Não Segregativa e Pública", dada a necessidade de enfrentarmos o retrocesso à Reforma Psiquiátrica que se anuncia na política para álcool e outras drogas, solicitamos a urgente adesão das entidades que apoiam e/ou defendem, SUS, e uma sociedade sem segregação e sem manicômios. 
A mobilização de todos é urgente! Façamos circular em todos os nossos canais de comunicação e em todas as nossas redes esse apelo.
 
As entidades que decidirem aderir e assinar a Carta devem enviar e-mail para sg@cfp.org.br com cópia para gerencia@cfp.org.br .

FALECIMENTOS

Encontro Cocota, uma senhora amiga que trabalha há muitos anos na admissão do HAA. Trocamos carinhos, está mais magra, alinhada como sempre e com um guarda-sol coloridíssimo, de tecido chinês. Entre outros assuntos me comunica o falecimento de dois companheiros de trabalho que também conheci. Seu Juvenal também da recepção e seu Valdinar, auxiliar de portaria. Acho que ambos deveriam ter décadas no centenário hospital, já eram ambos senhores de mais de sessenta.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

1º DE DEZEMBRO: DIA MUNDIAL CONTRA AIDS

LUA +
LocalEsp: aço Osório Junior - Clube dos Diários
Hora:  18:30
Atrações: Marlon e os Brandos , Os Olivêra entre outros
Realização : RNP+ / MNCP

Ano passado a Gerência de Saúde Mental/SESAPI realizou um encontro com os CAPS sobre  a questão da AIDS. Com o tratamento na comunidade (CAPS), residência terapêutica, espaços d e convivências estamos mais livres, namorando outros loucos e loucas, uma mobilidade que nos permite ir a um trabalho ou casar. Os serviços precisam está informando sobre a sexualidade segura.
Quanto a saúde mental de pessoas positivas, Socorro Freitas sempre me dá umas prensas a respeito, consideramos bastante difícil a abordagem, tanto quanto no caso da pessoa com transtorno mental que não deseja revelar sua condição ou não a aceita. Mas defendemos a adesão ás práticas integrativas e complementares como àquelas que trabalham o corpo tranquilizando a mente, como a yoga, a biodança, as massagens chinesas, aplicação de bionergias, etc. São práticas que auxiliam no controle emocional  e equilibrio interior. Assim que tivermos uma sede, nosso sonho é ofertá-las para nosso povo, independente de pertencer a outras lutas/vida.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

LOUCOS PARA VIVER SEM LIMITES

Governo Federal lança plano nacional para pessoas com deficiências. Muita emoção da presidenta dividindo o choro com as mães... não há nada para nós, para nossas crianças futuros adultos vivendo com transtornos mentais. O texto do decreto 3.398 de 1999, alterado em 2004 e novamente em 2010 não nos classifica enquanto deficientes. Estamos no limbo da lei, sofremos de patologias mentais desde a infância ou as desenvolvemos a partir de vivências psicossociais estressoras que puxam os sintomas, sintomas que nos tornam  disfuncionais momentaneamente ou por longos períodos de nossas vidas produtivas.
A maioria mais incapacitada e humilde não consegue o beneficio de prestação continuada, o próprio INSS recomenda que depois da terceira perícia médica negada, o usuário procure um advogado. Acredito que o perito não tem como se respaldar na lei para ceder o benefício. Não consegue emprego por conta das ciclagens, do estigma, da discriminação. Falou-se muito no auge da luta antimanicomial das cooperativas de trabalho protegido, nunca mais ouvi falar delas, leio sobre economia solidária, mas nunca vi por aqui nenhuma experiência. O plano fala de microcrédito a juros menores e isenção de impostos na compra de produtos necessários para seu cotidiano,  não usamos cadeiras de rodas, mas uso medicação e pago práticas integrativas há anos, gostaria de não pagar impostos também. E moradia? A maioria humilde mora em condições precárias, de miséria extrema. Tenho acompanhado muitas histórias por estas periferias teresinense sobre a miséria e sua relação estreita com a pobreza. Defendo que o Minha Casa Minha Vida reformasse, refizesse estas moradias no local que o louco se encontra, na sua comunidade, onde a rua cuida dele, o vizinho, a professora da escola, o povo da igreja, onde todos o conhecem. Mas nada foi pensado para nós neste plano. E quanto a educação, eixo importante da politica, serão construídas milhares de salas multifuncionais, contratados outros milhares de tradutores de LIBRAS, em cada estado brasileiro haverá um curso de Letras em Libras, pelo que eu sei não há nada, nenhum documento do MEC que aprofunde a questão das psicoses infantis, área agora revitalizada pelos espectros autistas, mas nada de oficial destinada a escola inclusiva ainda.
Fala-se em jornal local que o plano foi inspirado pela experiência de reabilitação do Piauí, a experiência da SEID. Ironicamente, para ilustrar nossa profunda exclusão do  mundo dos excluídos, o Estado com uns  260 municípios, uma capital de quase 900 mil habitantes, polo de saúde referência do meio norte, só contamos com um único CAPS i, com um único psiquiatra, sem carros para visitas domiciliares, sem atividades comunitárias ou de inserção na escola, para atender uma demanda de todo Estado, capital e estados vizinhos. Imagina a escola inclusiva deste plano, que pretende integrar todas as crianças e adolescentes deficientes, como integraremos nossas crianças TGDs, subjetivas, caóticas, na maioria das vezes sem acesso a um diagnóstico, a acompanhamento médico. As crianças crescem rápido, é preciso que corramos atrás da sensibilização da sociedade para que estas,  nossas, parecidas conosco, tenham uma chance para o futuro como uma criança deficiente.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

SOLIDARIEDADE A ATIVISTAS ANTIMANICOMIAIS EM JULGAMENTO EM CACHOEIRO DO ITAPEMIRIM/ES

Zulmira fala comigo no bate-papo do faceboock no sábado, sente-se sozinha, pede ajuda. Precisa de ajuda jurídica, precisa de advogados. Falo das limitações de minha "ajuda", morando tão distante uma da outra e que a única coisa que poderíamos fazer juntas seria divulgar em emails novamente sua causa para todos militantes dos Direitos Humanos e luta antimanicomial que conhecemos. Sou muito solidária a ela e Nercinda, sei que a luta nesta área é dura, invisível para o povo que gosta de discursar e publicar livros sobre Direitos Humanos e saúde mental. É dificil sensibilizar para situações reais, individuais, extremamente dolorosas pelo que passam alguns usuários e familiares. Um abraço enorme e a torcida para que a verdade e a justiça prevaleçam. 


ATIVISTAS ANTIMANICOMIAL, NOVAMENTE, SERÃO JULGADAS EM CAHOEIRO...”
Por:  Pettersen Filho
Ativistas na Luta Antimanicomial, Zulmira Fontes e Nercinda Claresminda serão, novamente, Julgadas, em Audiência de Instrução e Julgamento, nessa Quinta Feira, 24/11, segundo Processo tipo “Cala Boca”, que se arrasta, sem definição, há anos, conforme conseqüência de Audiência de Conciliação, em 14/06, realizada sem sucesso, onde são acusadas pelo suposto Crime de Calúnia, Injúria e Difamação, segundo Queixa Crime ofertada pelo proprietário da Clinica Santa Izabel, em Cachoeiro do Itapemirim/ES, Senhor Sbastião Ventury Baptista.
Há muitos anos envolvidas na Luta pelos Direitos Humanos , desde que ela mesma, Zulmira, foi, segundo alega, Vitima de uma suposta Internação Involuntária em Clinica Psiquiátrica, que a teria lançado no acometimento de Transtorno Pós - traumatico , por cerca de dois anos, a Blogueira e Ativista Política de Cachoeiro do Itapemirim/ES, Zulmira Fontes , que luta pelo completo fechamento da Clinica Santa Izabel, de propriedade do Senhor Sbastião Ventury Baptista, conveniada ao Estado do Espírito Santo e ao SUS, segundo nos foi informado, de quem recebe repasses Públicos, foi Intimada, judicialmente, a retirar do seu Blog http://zuzufontes.blogspot.com/ “ toda e qualquer divulgação das informações e imagens veiculadas ... ” relativo ao Senhor Sebastião Ventury Baptista, quem move contra si Queixa - Crime na Quarta Vara Criminal da Cidade.
A mesma Queixa pesa, também, contra Claresminda, quem, segundo ela, teria perdido uma Filha, morta na Clinica, por reação medicamentosa, situação nunca Investigada, Criminalmente, segundo nos consta.
Decisão ” Liminar, exarada pela MM.Juiza Kelly Kiefer, ainda em 19/08/010, cumprida na integra, via Carta Precatória para a Comarca de Marataizes/ES, onde atualmente reside Zulmira, impõe, inclusive, Multa Diária de R$500,00 em caso de descumprimento, dispondo que deixem as supostas Quereladas de atacarem a Imagem da Clinica, e do seu Proprietário.
Sendo, no entanto, uma espécie “ Prematura ” de Antecipação de Juízo, a que é permitido ao Magistrado , tão logo receba o Processo, a pedido da Parte, uma vez se convença da procedência da reclamação, a Queixa - Crime , na verdade, se presta a, em tese, repreender a possível Conduta Delituosa da Querelada, Zulmira Fontes , em razão do Querelante, Sebastião Baptista, quem, para melhor esclarecimento, reportamos, trata-se do proprietário da Clinica Psiquiátrica Santa Izabel , naquela Cidade, a real interessada no deslinde da questão, onde persistem internados mais de Quatrocentos Pacientes com distúrbios, ou não, mentais, o que é, inclusive, totalmente inadequado, segundo a Psiquiatria Moderna.
Conhecidas nacionalmente como Ativistas Políticas , e por seu Blog , voltado à Luta contra a Internação Manicomial , como regra absoluta, e não exceção, sobretudo, a Querelada Zulmira é, também, Autora de Abaixo Assinado Eletrônico pela Legislação de Lei que resguarde o Direito a Acompanhante ao Interno em Manicômio no Site http://www.abaixoassinado.org/assinaturas/abaixoassinado/6433  , que, ora, com a Decisão Judicial , diante da iminência de tão sobrepesada Multa / Diária , e por acatamento a Ordem Judicial, se viu obrigada a retirar do seu Blog as denúncias que faz contra a tal Clinica Santa Izabel, segundo ela, entidade com fins lucrativos que atende pelo SUS – Sistema Único de Saúde, onde estariam, ainda, segundo ela, ocorrendo várias irregularidades, conforme transcreve em e-mail repassado a sua lista, com esclarecimentos que teriam sido prestados pelo próprio Conselho Regional de Psicologia da 16ª Região/ES (CRP-16) , que, endossariam parte das suas Denúncias.
Decisão, como dito dantes, em anterior Matéria, aparentemente tosca, já que proferida ainda em fase de Antecipação de Tutela em Juízo Penal, quando deveria ser versada, salvo melhor juízo, em Esfera Cível , em propicia Ação Cautelar , independente de que procedam as tais graves denúncias perpetradas por Zulmira e Claresminda , ademais, fere o próprio principio do Direito de Opinião, e a mais elementar Liberdade de Imprensa , assegurados a todo e qualquer Cidadão brasileiro.
Pessoas que possuem Domicilio certo e sabido, onde receberam a própria Intimação , quem, inclusive, Assinam suas matérias, não oferecendo qualquer risco à Sociedade , nem de possível Fuga Processual, portando, não ocultas pelo manto sombrio da clandestinidade, Zulmira Fontes , e Nercinda Claresminda, são, ademais, o próprio “ Grito ” calado dos que não podem, por detrás das Grades Obscuras dos Manicômios, e Clinicas Psiquiátricas, quiçá, a Santa Izabel, ser ouvidos.
Soa aparentemente, portanto, tal Decisão , não como um Ato Deliberado e Contraditado de Justiça, Poder que se quer, ainda, a ouviu, mas, sim, na atual fase processual nascitura, como a mais Ignomia e Repulsiva Censura : Amordaçamento !!!
Ainda, segundo o Advogado Antônio Fernando de Lima Moreira da Silva, que foi constituído Representante Legal de Zulmira, e entrará no Tribunal com Habeas Corpus pela nulidade do Processo, também, combativo Advogado da AMAFAVV – Associação das Mães e Familiares das Vitimas de Violência do Estado do Espírito Santo ( http://www.amafavv.blogspot.com/) : ”... A ação penal privada foi instrumentalizada através de procuração genérica, que não observou os requisitos específicos previstos no artigo 44 do Código de Processo Penal. Como é cediço, no Direito Penal, a falta de representação quando exigida para o exercício da ação penal, é falta de condição para o exercício da ação penal, também chamada de condição de procedibilidade.  Tal situação conduz à rejeição da queixa, conforme dispõe o artigo 395, inciso II, do Código de Processo Penal, com a redação dada pela Lei nº 11.719/08” , informa.
...Mas isso, somente nos dirá, afinal, possível Sentença, que, junto com a Liberdade, ou Não de Zulmira e Claresminda, encerrará, de fundo, o destino da Luta Antimanicomial no Brasil, em alvitre e temeridade que ultrapassam o próprio Juízo Subjetivo encerrado nas Partes em apreço.
Questões essas, aliás, sobre as quais não podem deixar de manifestar-se o Conselho Regional de Psicologia nem os Direitos Humanos, em si.
ANTUÉRPIO PETTERSEN FILHO é Advogado Militante e Assessor Jurídico da ABDIC – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE DEFESA DO INDIVÍDUO E DA CIDADANIA, além de EDITOR do Periódico Eletrônico JORNAL GRITO CIDADÃO

Mais no blog do Dr. Rogélio Casado

domingo, 20 de novembro de 2011

A LOUCURA NO CINEMA

"Louca para mim é uma pessoa que tem o QI desenvolvido, que poderia inventar algo em prol, em benefício da humanidade e ela desenvolve uma arma de destruição em massa”. Esta é a opinião do vendedor de rua baiano, Carlos Magno de Souza, sobre a loucura. E para você, o que é loucura?
O documentário As Cores da Utopia retrata a vida e a obra do artista plástico baiano Reginaldo Bonfim. A exclusão social de Bonfim devido a esquizofrenia, apesar de sua alta produtividade, é o ponto de partida para que o filme estabeleça o questionamento: o que é normalidade? Onde se situa a verdadeira patologia?
 O longa sugere que a loucura envolve comportamentos que vão muito além daqueles estereotipados pela psiquiatria arcaica. E expõe o contra-senso daqueles que cometem as maiores atrocidades contra sua fonte de vida, a natureza, conduzem a humanidade ao caos, mas, apesar disso, se auto-classificam como “normais”. Esses mesmos indivíduos se julgam no direito de excluir da convivência social seus semelhantes, movidos apenas pela intolerância à diferença.
A psiquiatria ortodoxa que se baseia na internação, na medicação excessiva e práticas desumanas é questionada. O vídeo mostra que as pessoas portadoras de transtornos psíquicos são produtivas e podem dar grandes contribuições à sociedade, se tratadas com respeito e dignidade.
 As Cores da Utopia, com uma hora e vinte minutos, é o primeiro longa de Júlio Nascimento que, aliando esforços aos de um grupo de profissionais e parceiros, produziu o filme, sem fins lucrativos, de forma independente.
O documentário promove uma reflexão acerca de uma questão que a sociedade tenta isolar nos manicômios, mas que precisa ser integrada definitivamente à dinâmica da vida social, pois lhe é indissociável, e revela uma faceta, ainda que diferente, de nossa própria condição humana.
A razão do nome do documentário
Quando, da praia, alguém direciona o olhar para o mar, tem a ilusão de que o céu beija a água a alguma distância de onde está. A reta formada pelo enlace dos dois é chamada de linha do horizonte. Se essa pessoa pega um barco e tenta alcançá-la, não precisará de muito tempo para perceber que a viagem será infinita.
Essa é a imagem da utopia na explicação do diretor do documentário, Julio Nascimento, uma viagem em busca de um sonho, uma perspectiva, um propósito que nunca será alcançado, mas nem por isso é em vão que o persigamos. Pois, na vida é preciso sempre ter uma meta a ser alcançada, um horizonte para onde velejar. Isso é o que motiva a existência humana: a busca, o projeto.
Reginaldo Bonfim, artista plástico baiano, protagonista da trama, tinha como sonho a construção de seu ateliê. A viagem de Bonfim ao seu horizonte poderia ser perfeitamente alcançável.
No entanto, o preconceito e a falta de recursos foram o cinza da sua existência e tornaram revoltas as águas por ele navegadas rumo à sua utopia. Mas Bonfim abrandou o seu infortúnio com o colorido de seus “delírios”. Íntimo do arco-íris, dele emprestou as cores com as quais fez soprar o vento em direção ao horizonte sonhado, sendo feliz a cada instante da viagem, pintada com as cores de sua utopia.

 

sábado, 19 de novembro de 2011

SOLIDARIEDADE AOS BONS PROFISSIONAIS EM SAÚDE MENTAL DE TERESINA

Amiga Leda,
Antes de mais nada quero prestar minha solidariedade a saúde mental  feita por valorosos companheiros do HAA no caso da reportagem do Diário do Povo (15/11), acho que o reporter foi de uma irresponsabilidade sem tamanho e a resposta da SESAPI infelizmente não foi a altura (18/11), porque a  familia citada é que precisa de resposta, rápida, técnica e resolutiva. Se eu tivesse na gerência teria procurado a familia, uma única família, junto com o CAPS norte, já que é do seu território o endereço. Se realmente o caso fosse avaliado pelo médico como internação integral, este paciente passa o dia no CAPS norte e dorme no CAPS III, sem ônus para  familia levado pelo carro da FMS. A coordenadora do CAPS norte e a assistente social, Maria José Girão e Mônica Bajur são assistentes sociais do HAA, o psiquiatra Erivan Eulálio é psiquiatra do CAPS norte, do HAA e do CAPS III à noite, é o plantonista, até onde sei. E os apartamentos não são suites, são de uma modéstia só. Constantemente ocupados sim, muitas vezes por dependentes químicos, infelizmente.

Minha solidariedade junto às equipes de CAPS (responsabilidade do municipio) que mesmo sem uma coordenação geral eficiente, sem estrutura como um vergonhoso único carro escalonado entre os cinco CAPS, o sudeste passou três semanas sem ele. Como acompanhar uma chamada urgente para ajudar numa recaída e evitar que a familia mande para o HAA? As equipes tem amadurecido a clínica psicossocial e sei porque acompanho muitos casos que podem ser considerados graves, que tem remissão no CAPS, sem uma entrada  no HAA.

Hoje 19/11 no DP tem mais um ataque agressivo e virulento de representante da respeitosa velha guarda da psiquiatria piauiense, psiquiatra aposentado, Dr. Humberto Guimarães como alguns outros já o fizeram ataca sem nada acrescentar a politica da atenção psicossocial, de maneira desrespeitosa despreza e desconhece o trabalho de técnicos, chama os psicólogos de aconselhadores e que seus colegas psiquiatras, cheios de subempregos só passam no CAPS para receitar a medicação e as técnicas de enfermagem são as que rotineiramente estão lá dando o comprimido. E mistura a questão ad com as patologias mentais. Nem merece resposta. Pérola aos porcos, é um profissional de visão "crônica".

Quanto a reunião intersetorial a GSM recebeu um oficio ainda em maio ou junho, junto ao mapeamento das crianças TGDs nas escolas, lembra? Não houve resposta oficial para DEI/SEMEC. E como  enviar um convite, oficio, para onde? Onde a gerência está instalada? Que telefones? Quaisquer real interesse da GSM/CAPS i participarem, o que seria de suma importância, de posse destes dados  repasso para  as organizadoras. A reunião é na quarta/23.
Abraço fraterno,
Edileuza 

Email para Leda Trindade, psicóloga, gerente de saúde mental/SESAPI

Já prometi-me algumas vezes não ligar mais para estas celeumas entre manicomiais e representantes da reforma, em jornais e disputas palacianas mesquinhas, é adoecedor. Mas a sequência de artigos sem noção publicados por este jornal a respeito de saúde mental em Teresina é realmente deprimente literalmente, para nós militantes, técnicos e usuários informados. Dizem: "os CAPS não prestam", "familias estão desesperadas para internar", "os loucos estão andrajosos nas ruas", "os loucos estão atacando as pessoas na rua" ( alguém já viu isso? Ou viu um louco armado de pedras se defendendo de normais que caçoam, maltratam dele?), "os drogados estão sem atendimento", "os drogados estão roubando e matando". Nem são análises, são posturas do senso comum, preconceituosas e autoritárias, favoráveis ao "grande internamento" novamente, higienizador das ruas.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

POR HOJE NÃO TENTE SUICÍDIO...


PÁGINAS: 312



Como se aborda uma crise que tende à morte autoprovocada? Há técnicas de negociação e de salvamento úteis aos técnicos do SAMU, bombeiros, policiais e equipes de saúde em geral?



O pessoal que telefona ao Centro de Valorização da Vida (CVV) seria o mesmo que chega carregado ao pronto-socorro?



Como os médicos e enfermeiros enfrentarão uma emergência envolvendo auto-envenenamento? Quais as rotinas mais comuns em prontos-socorros?



Como, e a que ponto, as equipes de saúde da família dão conta de tais pacientes? Qual o papel dos agentes de saúde diante deles e de seus familiares? Quando eles são encaminhados aos especialistas em saúde mental? Quais são as condutas mais práticas?



Há como prevenir a violência autodirigida? O que as escolas, os jornalistas e os funcionários do Sistema Único de Saúde podem fazer? Que riscos haverá, se a comunidade for mal envolvida no tema?



Que técnicas psicoterápicas básicas os psiquiatras e os psicólogos pode usar diante de um paciente autodestrutivo? De que remédios o SUS dispõe, úteis para estes casos?



Por que os estados sulinos têm taxas tão altas? Pode-se aprender com as experiências dos gaúchos e dos catarinenses? Como o Brasil poderia melhorar a qualidade de seus registros? Quais as bases de uma epidemiologia etnográfica? Ela pode se assentar nos clássicos da sociologia do suicídio?



Como preparar e gerir serviços municipais, capacitando-os a enfrentar tais problemas? Como cuidar de quem cuida de pacientes difíceis? A que perigos os cuidadores estão expostos?



O que os planos municipais e estaduais de saúde devem conter para ajudar na prevenção do suicídio e no seu socorro?




terça-feira, 15 de novembro de 2011

A LOUCURA QUE CAUSA OS DIAGNÓSTICOS!!!

Os serviços psiquiátricos da Reforma, as ruas, principalmente os manicômios continuam lotados... novamente aparece alguém ou alguns para levantar "o mito da doença mental". Isso é perigoso para nós loucos clássicos, corremos na rua e tiramos a roupa, temos mania de grandeza, ansiedade e depressão, sintomas terríveis. NÓS precisamos de medicação para não corrermos mais, não nos matarmos e sermos funcionais, semi-inválidos, mas produtivos. Os diagnósticos para quem acha demais, é só resumir em loucura fatiada...

Tem  todo um movimento contra a medicalização da vida, da escola principalmente, se em parte há algo de saudável em repensar relações, interpretações, mediações sob uma  ótica não hipocondríaca de explicação de realidades por outro lado, quando se fala em crianças em idade escolar numa escola inclusiva temos crianças deficientes físicas, cadeirantes, surdas, baixa visão ou cegas e direitos que garantem sua matrícula e permanência na escola... por que não podemos aceitar a existência de crianças com transtornos mentais? Vá a um hospital psiquiátrico antigo e até em alguns CAPS dezenas de pacientes que tiveram sintomas desde criança,  classificados hoje dentro dos Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD), diversas síndromes, autismos, transtornos invasivos da infância, quer dizer psicoses, loucura. Se uma concepção da ciência biológica diz, classifica hoje estas patologias, imagina-se que para cada diagnóstico exista possibilidades de tratamento, por que negar uma existência adulta com transtorno mental, mas com mais qualidade de vida a partir do diagnóstico e reabilitação precoce?
O artigo abaixo da jornalista Eliane Brum, "resenhando" a obra O Livro Negro da Psicopatologia Contemporânea (já citado por aqui) me deixa preocupada, deixemos os diagnósticos? Deixemos os cuidados com a saúde mental  de crianças?  Cuidados já negligentes por parte do Estado.




quarta-feira, 9 de novembro de 2011

FAZENDA DA PAZ: FORUM SOBRE DROGAS

A comunidade terapêutica Fazenda da Paz promove mais um forum sobre drogas. Participei de duas edições passadas, imagino que este ano novas perspectivas, abordagens e discursos sejam adicionados, partindo já do título do evento: "Consolidando a Rede: O caminho para tratar a dependência química".

Acontece dia 10 e 11 de novembro, no auditório do tribunal de justiça do Piauí, Rua Governador Tibério Nunes, 150 Cabral telefones:3221-5995/9418-0314/9437-3068

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

AÇÕES DO NINHO

Alugada pequena sala para práticas em terapias naturistas. Precisamos fazer uma pequena reforma. Uma porta para ser colocada, tintas para paredes, móveis como cadeiras e uma pequena mesa, tipo consultório. Temos uma terapeuta naturista que nos emprestará maca e demais acessórios e nos dará seu trabalho voluntário. Precisamos de dinheiro para o aluguel e reforma.

Esperamos a cessão de um espaço público municipal pelo prefeito, mas o local está totalmente depredado. Precisamos de voluntários para marcar audiência com o prefeito.

Numa articulação em rede com a GSM/SESAPI, com a denúncia e persistência de Aurenisia, usuária, conselheira de saúde, conseguiu-se que o vídeo do Youtube Luana Gretchen Two que expunha Luana, pessoa que vive com transtorno em Santa Filomena fosse retirado do ar. Agora lutamos para que ela receba ajuda na saúde mental e assistência social.


Sensibilizada por companheira assistente social adepta da defesa e acessibilidade de pessoas que vivem com transtornos mentais, grande rede de supermercado, está aceitando em seus quadros estas pessoas já reabilitadas. Técnicos que se preocupam em inserir ex usuários, usuários já funcionais nos ligue com urgência: 9402-4035 e 8818-9025.

Precisamos de militantes. 
Temos que passar na SEMEC/Educação Inclusiva para confirmar agendamento de reunião com coordenadoras de CRAS, numa tentativa de intersetorialidade no atendimento a familia da criança psicótica e ou TGD.
Temos dois PAs para cobrar do MP: gerência de saúde mental no organograma da FMS e transferência do CAPS i das dependências do HAA.
Levar oficio para o secretário municipal de saúde/prefeito para que haja flexibilidade no horário de marcação de consultas para ex usuários do CAPS sudeste nos ambulatórios dos hospitais mais próximos e a contratação de psicólogos para os mesmos. Precisamos da psicoterapia além da medicação.
O MP estadual através de Dr. Igo Sampaio, vive nos cobrando o caso dos cárceres privados, combinamos em fazer uma campanha em todo o estado para seu fim, humanização destas internações domiciliares e não construção de novos cárceres, que atenção psicossocial os alcance antes que a familia construa seus quartinhos com grades.

Precisamos de doações de nossos velhos e novos amigos para continuar ligando, comprando kits de higiene pessoal ou limpeza doméstica mesmo, ajudando a reformar pequenos espaços de onde mora miseráveis usuários. Os programas de habitação popular ainda não alcançaram este público.
Conta ainda pessoal, por falta de tempo de abrir uma poupança do Ninho.
Banco do Brasil / agência: 5605-7 conta: 288.125-x
Caixa Econômica / agência: 1989   op: o13 conta: 14621-o
Maria Edileuza da Conceição Lima
Créditos para celulares: (86) 9402-4035  e (86) 8818-9025

Cansada um pouquinho. A equipe invisível até que ajuda muito, mas não é o suficiente.

 

domingo, 6 de novembro de 2011

GOVERNO QUER IMPLANTAR CAPS ad III ( 24 HORAS) EM TODO O PAÍS


Que sejam implantados junto a uma política efetiva de capacitação continuada aos técnicos, apoio a familia e intersetorialidade com outras políticas que promovam a inserção social destas pessoas após ou durante tratamento, na assitência social, na educação e trabalho por exemplos. Não aos minimanicômios.

sábado, 5 de novembro de 2011

ENFRENTAMENTO ÀS DROGAS É UMA CORTINA DE FUMAÇA?

Cortina de Fumaça é um projeto independente, realizado pelo grupo COLETIVO Projects, movido pela vontade de colaborar na construção de uma sociedade mais equilibrada e alinhada com os princípios de liberdade, diversidade e tolerância. O documentário de 88 minutos, traz informação fundamentada para o grande público através de depoimentos nacionais e internacionais.

Além do Brasil, o diretor Rodrigo Mac Niven gravou na Inglaterra, Espanha, Holanda, Suíça, Argentina e Estados Unidos; visitou feiras e congressos internacionais, hospitais, prisões e instituições para conversar com médicos, neurocientistas, psiquiatras, policiais, advogados, juízes de direito, pesquisadores e representantes de movimentos civis. Dentre os 34 entrevistados, o ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso; o Ministro da Suprema Corte da Argentina, Raúl Zaffaroni; o ensaista e filósofo espanhol autor do tratado “Historia General de Las Drogas”, Antonio Escohotado, o ex-Chefe do Estado Geral Maior do Rio de Janeiro, Jorge da Silva e o criminalista Nilo Batista.

Cortina de Fumaça coloca em questão a política de drogas vigente no mundo, dando atenção às suas conseqüências político-sociais em países como o Brasil e em particular na cidade do Rio de Janeiro. Através de entrevistas nacionais e internacionais com médicos, pesquisadores, advogados, líderes, policiais e representantes de movimentos civis, o jornalista Rodrigo Mac Niven traz a nova visão do início do século 21 que rompe o silêncio e questiona o discurso proibicionista. O filme foi produzido, escrito e dirigido pelo jornalista Rodrigo Mac Niven, numa co-produção entre a J.R. Mac Niven Produções e a TVa2 Produções.

Exibido pela primeira vez no Festival Internacional de Cinema do Rio 2010, o filme participou de vários festivais no Brasil e no exterior. Além disso, dezenas de exibições seguidas de deabates foram e continuam sendo feitas pelo Brasil. Acompanhe a história do filme pelo site cortinadefumaca.com

Ficha Técnica:

Roteiro e direção: Rodrigo Mac Niven
Produção: Rodrigo Mac Niven e Paula Xexéo
Realização: COLETIVO Projects
Co-produção: TVa2 Produções e J.R.Mac Niven
País: Brasil
Ano: 2010
Duração: 88 minutos

Exibição no Vimeo autorizada pelo diretor.
Postada no site do NEIP (Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre Psicoativos) neip.info
Vi hoje a tarde na Mostra de Cinema e Direitos Humanos, é provocativo e produz realmente reflexões sobre a descriminalização  e legalização das drogas e destaca a maconha como a "redentora" droga natural, a droga indicada para redução de danos na minha leitura. Fala-se muito no vídeo sobre suas muitas utilidades, principalmente o uso medicinal para variadas patologias, só não se fala em doença mental. Recomendo a todos aqueles que profissionais de saúde, professores, usuários tentem vê-lo, principalmente os politicos e assessores das frentes parlamentares contra as drogas.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

RETIRO - Workshop de YOGA‏

RETIRO NO VIVENDA DAS FONTES
19 de Novembro
Você está convidado (a) a vivenciar saúde e bem-estar em meio à beleza e tranquilidade da natureza do Vivenda das Fontes. Um local lindo, a 40 minutos da cidade de Teresina, com fontes naturais de água que nos convida à meditação e reflexão.
Venha conosco aprender e praticar técnicas de respiração, relaxamento orientado e meditação da ciência do Yoga. Nosso Workshop inclui apostila, certificado de participação além da alimentação e acomodação.
Programação:
07:20 - Saída de Teresina (saída em local combinado. O mapa também estará disponível aos inscritos).
08:00 - Chegada/apresentação
08:20 - Yoga - Estudo e prática
10:00 - Caminhada meditativa
10:20 - Suco verde desintoxicante
10:30 - Yoga - cont.
11:00 - Banho em Fonte pura
12:00 - Oficina de Alimentação lacto-vegetariana (com Hideki Kozuma e David Marinho).
13:00 - Almoço
14:00 - Descanso
15:00 - Yoga - Estudo e prática
17:40 - Surya Namaskar
18:00 - Refeição
18:30 - Sat Chakra/ Encerramento e retorno
O que levar:
Venha com roupas leves que dêem liberdade aos movimentos e traga uma muda de roupa, roupa de banho (caso queira desfrutar da fonte natural), toalha, itens de higiene pessoal, tênis para a caminhada, protetor solar e por precaução: repelente.
Inscrições:

as inscrições podem ser realizadas via e-mail ou diretamente no Espaço v.i.d.a.:
  • Via e-mail: envie um e-mail para: yogakaruna.om@gmail.com falando de seu interesse no workshop Yoga para a Vida e sua forma de pagamento (veja no item "investimento"). Você receberá a resposta com uma ficha de inscrição para preencher e nossos dados para depósito bancário ou a opção no cartão através do Pagseguro (saiba mais no item "investimento").
  • No Espaço v.i.d.a.: A inscrição pode ser realizada diretamente na clínica que se localiza na Av. Miguel Sady, 209 - São Cristóvão: 86 3232.4589. O pagamento diretamente na clínica é à vista e em espécie.

Investimento:
Os valo inclui workshop, apostila, certificado de participação, acomodação e alimentação.

*R$ 105 reais - Até dia 05 de Novembro à vista;
*R$ 120 reais - a partir do dia 06 de Novembro.
ou 3 x de 50 no cartão (Visa, Mastercard, Hipercard e etc., através do Pagseguro)

*Depósito bancário ou em espécie diretamente na clínica no ato da inscrição.

O que é Pagseguro?
O Pagseguro é uma empresa da Uol que permite e facilita sua compra on-line de forma segura e protegida. Somos cadastrados no Pagseguro e você pode realizar o pagamento com tranquilidade e confiança dividindo o valor no cartão.

Como realizo meu pagamento do retiro de yoga, dividido no cartão através do Pagseguro?
Ao enviar um e-mail para yogakaruna.om@gmail.com, anuncie sua forma de pagamento no cartão. Você receberá um e-mail resposta com a ficha de inscrição e logo depois um e-mail do Pagseguro em nome de Larissa Marreiros M. Vasques com o valor correspondente do workshop. É só seguir as instruções do email do Pagseguro, lá eles darão as opções de cartão e preenchimento de dados. É muito fácil. Nós receberemos a confirmação de seu pagamento e pronto!

Mais informações:
 
86 8816-5109. (Gabriel)

 
Paz e Luz! Conte com a gente!
 
Recomendo: yoga me ajudou muito saindo de uma crise aguda em 2007. As respirações são muito importantes no autogerenciamento da ansiedade, desespero mental na crise.

PSIQUIATRIA SEM HOSPÍCIO

POR UMA CLÍNICA DA REFORMA PSIQUIÁTRICA: COM SUBJETIVIDADE, MEDICAÇÃO COM MENOS EFEITOS COLATERAIS E MAIOR PODER DE RESOLUTIVIDADE ASSOCIADA A PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.