quarta-feira, 17 de novembro de 2010

SOCIEDADES SECRETAS, ONGS, ROBINS HOODS, ZORRO E OUTROS HERÓIS

AUTONOMIA

 Acabei hoje da pagar a sexta e última prestação das passagens aéreas para o Rio. Participei do 2º Congresso Brasileiro de Saúde Mental em junho, um evento grandioso e econômico como são algumas coisas promovidas no sul/sudeste do país. Do enfeite das mesas, auditórios, as bolsinhas feias de algodão e nem pense nos buffês servidos por aqui. Fico besta! Fazer? É cultural.
A única ajuda que tive foi de 50.00 reais que meu psiquiatra (não pedi) deu-me para pagar a inscrição. Gastei,  mas foi bom para minha estima e saúde abaladas na confusão da organização da conferência estadual de saúde mental. O congresso precedeu em alguns dias a conferência nacional conquistada (eu assinei abaixo assinado), pelos usuários na marcha à Brasília em 2009. Lutei muito para que as coisas mudassem e os loucos genuinos tivessem chance de participar em Brasília, não deu. Tantos outros normais, nem tão parceiros da luta, foram com passagens e diárias pagas. Fazer? De repente vários dinossauros dos conselhos eram parentes, ex pacientes ou trabalhadores da "colônia".

TAC
Em janeiro de 2010 foi assinado um Termo de Ajuste de Conduta que em sua última cláusula para a prefeitura ,delibera que passe a constar no organograma desta, dentro do prazo de um ano, uma Gerência de Sáude Mental, multiprofissional e comprometida com a atenção psicossocial de qualidade na capital, esperamos nós usuários.
Passamos hoje no Ministério Público para cobrar o que achamos de direito, já que fomos nós que apontamos as dificuldades que a rede tem de  articulação, daí a necessidade de um grupo de técnicos criativos e dinâmicos, otimistas e capazes de sensibilizar gestores que só se desbruçam sobre a questão da dengue e agora a emergência do HUT. Não morremos sangrando, não somos terminais, mas ficamos incapacitados e se não formos cuidados adequadamente, nos tornamos "zumbis" sociais. DESAFIO: Quem me dá um presente que eu serei a assistente social desta gerência? Claro, alguns técnicos não concordarão poque  tem discurso antimanicomial, mas  rejeitam a primeira prática, a da convivência com um colega "diferente", de identidade híbrida. Tenho vínculo, perfil e quero "EMPODERAMENTO" com respeito às minhas limitações impostas pelo transtorno, trabalho protegido mesmo com horário flexível e livre de ambiente de competitividade excessiva. Paraíso! Vou ficar normal, meu povo.

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PSIQUIATRIA SEM HOSPÍCIO

POR UMA CLÍNICA DA REFORMA PSIQUIÁTRICA: COM SUBJETIVIDADE, MEDICAÇÃO COM MENOS EFEITOS COLATERAIS E MAIOR PODER DE RESOLUTIVIDADE ASSOCIADA A PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.