sábado, 20 de novembro de 2010

Dificuldades estruturais e de recursos existem sim, em todas as áreas da saúde pública e na saúde mental a solução não é ” os critérios técnicos” mencionados pelo atual presidente da ABP que são a volta dos mega hospícios, com ECT, contenções físicas e químicas pelas medicações, pessoas amontoadas atrás de grades de pavilhões,muita gente pobre (que “critério técnico” a ABP tem para resolver as questões sociais que promovem fatores estressores de manutenção persistente dos sintomas, falando tecnicamente)e ricas que infelismente mesmo pagando, esses critérios técnicos da psiquiatria biológica não resolvem, não curam e não erradicam a loucura.
São duzentos anos de ciência psiquiatrica do modelo defendido pela ABP contra 30 de reforma psiquiátrica, muita gente está fora do hospital vivendo com limitações, mas com autonomia. A dependência química (nova doença psiquiátrica) não se resolverá novamente “numa grande internação”, mas com politicas de saúde em conjunto com politicas sociais, de assistência e acessibilidades a direitos sociais, essa proposta de intersetorialidade das políticas , envolvimento da sociedade civil nos seus mais diversificados segmentos, educação, direitos humanos, movimentos sociais, academia, tidos como atores sociais impulsionadores da criação de um novo lugar social para o louco defendida pela Reforma Psiquiátrica Brasileira é a ideologia combatida pela ABP. Paulo Nunes, tente escrever também sobre aqueles que fazem a atenção psicossocial, nova abordagem do tratamento em saúde mental no Brasil.

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PSIQUIATRIA SEM HOSPÍCIO

POR UMA CLÍNICA DA REFORMA PSIQUIÁTRICA: COM SUBJETIVIDADE, MEDICAÇÃO COM MENOS EFEITOS COLATERAIS E MAIOR PODER DE RESOLUTIVIDADE ASSOCIADA A PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.