segunda-feira, 26 de abril de 2010

SANCHO PANÇA II

APRENDENDO COM BEATRIZ


O cuidado de alguém em crise aguda cansa. Extenua. Desde a saída do HAA, sete dias de convivência, cuidados, passeios, fomos a conferência regional de saúde mental,a gravação de um programa de tv sobre saúde mental, no estúdio da tv Antares, audiência em distrito policial, volta ao hospital para pegar atestado, terapia complementar, marcar consulta no CAPS. Ás vezes mais serena, logorréica, parece um radinho ligado. Momentos de lucidez, lágrimas, momentos de confiança. Impávida, que nem Dom Quixote, de espadas para os dragões-moinhos de vento. Eu e a mãe cansamos. Com quatro dias em certo momento, descompensei no Ministério Público. O Ninho é "mulher parindo" uma crise mental precisa de certa rapidez na intervenção. A maioria das pessoas não entendem. Localizado os "extressores externos" que acentuam a crise. É necessário fazer com que cessem. A vizinha agressora registrou queixa um dia depois que Bia chegou do hospital. Tentávamos junto a órgão de direitos humanos e cidadania que ela fosse poupada até melhorar da apresentação em delegacias ou fóruns.
Deixamos aqui nosso muito obrigada a minha linda família "buscapé", tias, minha mãe, sobrinhos, irmãos, irmãs, primas e cunhadas que "embarcam" em minhas "loucuras" e me dão força para continuar. A Dr. Rômulo do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde, Ministério Público, ao Serviço Social do HAA na pessoa de Dra. Laina Marreiros, Graça Silva e professora Dulce da Coordenadoria de Direitos Humanos e da Juventude, ao defensor Igor Sampaio e seus famosos torpedos, às senhoras católicas que começaram a tirar o terço (continuem), a Antônia Amorim que levará Bia ao CAPS na quarta e a todos os amigos que se preocuparam com minha saúde, especialmente ao carinho de Nilo Neto, meu afeto precioso.
Bia foi a escola hoje a noite. Faz supletivo, quinta e sexta série juntas. Quer um emprego na assembléia legislativa ou nas indústrias Claudino. Tem idéia fixa.

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