quarta-feira, 3 de março de 2010

II CONFERÊNCIA ESTADUAL DE SAÚDE MENTAL/INTERSETORIAL

Vivemos em uma sociedade que a cada dia mais pessoas são diagnosticadas como pessoas que vivem com transtorno mental. Uma sociedade enlouquecedora pela forma que impõe relações sociais, interpessoais, de competição, de relações baseadas no exercício dos micro poderes, para citar Foucault. Estão acontecendo encontros de organização da conferência estadual de saúde mental, em ambientes nada recomendáveis para quem tem sintomas para controlar 24h por dia.
Uma amiga do Ninho, manda-me email, sobrevivendo a mais uma crise, faço o convite para uma destas reuniões. Ela agradece com a afirmação, que será bom está "entre os seus". Quer dizer um espaço onde sua subjetividade deveria ser respeitada, protegida. Não foi bem o caso. Não fiquei triste, fiquei com uma grande raiva bipolar. Lutamos tanto pelo protagonismo do louco, eternamente tutelado pelos modelos impostos pela "normalidade".
Se a maioria das pessoas que compõe a comissão organizadora intersetorial, porque tem gente de vários segmentos, não atentarem que se existe uma conferência específica de saúde mental, é porque há diferenças há serem respeitadas. Espaços de competição acirrada, de conflitos ostensivos, não são ambientes terapêuticos para usuários ,dificuldades internas do Conselho Estadual de Saúde não nos dizem respeito diretamente, não nesse momento de construção de um instrumento de controle social muito importante para consolidação da rede de atenção a saúde mental antimanicomial no Estado, que já enfrentou tantos impecilhos e enfrenta e precisa é de afirmação, de parceiros condutores do processo, que seria o caso dos conselhos de saúde e seu poder de mobilização de entidades sociais.

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