Este ano acontece mais uma eleição para prefeito e vereadores. Mais de 500 candidatos às 29 vagas na câmara. Tenho mais de vinte amigos pessoais concorrendo a estas vagas, aqueles que tive oportunidade de conversar, nenhum tem nenhuma proposta para melhoria da qualidade dos serviços médicos psicossociais ofertados no municipio. Os que me procuraram (dois apenas) queriam sugestões, nada entendiam ou sabiam das necessidades da comunidade que vive com trantorno mental na cidade.
Até domingo, investigue se seu candidato tem alguma proposta na área. Duvido.
Temos muitas necessidades imediatas, estive hoje no Ministério Público denunciando a falta de um psiquiatra pela manhã no CAPS sudeste (PA Nº 2012/49), fato que já ocorre há três meses.
Não temos ambulatórios municipais organizados de modo que se oferte mais que a consulta psiquiátrica de manutenção, falta o psicólogo para psicoterapia, falta a oferta da prática integrativa e complementar.
Não temos centro de convivência e cultura ou que eu saíba algum programa de geração de emprego e renda, propostos pelo movimento da Reforma Psiquiátrica, mas um panfleto mentiroso da Gerência de Ações Programáticas/ saúde mental álcool e outras drogas (FMS) enche nossos olhos de esperança numa tal de Rede de Atenção Psicossocial ( RAPS ).
Presidiários doentes mentais requerem atenção psicossocial, não há nenhum serviço pensado para atendê-los no municipio, tal o caso da prevenção ao suicídio.
Moradias insalubres, extrema pobreza provocam a exclusão e as recaídas de muitos pacientes. É necessário reformar, dar condiçôes melhores de habitação no território a estes usuários.
E a mais dolorida das necessidades é de um CAPS, Centro de Apoio ou outro nome que se der a um espaço municpal de cuidados às crianças psicóticas, filhas de mães dependentes químicas ou com traumas psicossocias. Acho que se pensarmos juntos encontraremos mais e mais necessidades para este grupo tão excluído das políticas públicas, muito discurso e práticas poucas na área.
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