terça-feira, 4 de maio de 2010

ABRAÇANDO O CAPS III




Hoje,( 04 ) aconteceu pela manhã no auditório da FMS reunião de trabalhadores dos quatro CAPS II que temos e a coordenadora Cleonice do CAPS III, que está funcionando ainda como CAPS II sem acolhimento noturno por conta da mudança de gestor e ajustes que ainda passam todos esses novos serviços récem abertos. A coordenadora explanava como será a articulação entre CAPS III e os demais CAPS. Que o acolhimento noturno tem previsto inicialmente apenas seis leitos e que este usuário durante o dia volta ao seu CAPS de origem. Problema é o carro. Até agora a FMS só dispôs de um único veículo que serve a visitas domiciliares e busca ativa a todos os CAPS. Ideal é que cada CAPS tenha seu transporte próprio, sem sirenes ou adesivos que indiquem serviço de saúde psiquiátrico, assim os usuários presentes no conferência municipal se manifestavam. Acham que uma ambulância os expõe e constrangem. Que "ouçam vozes" dos usuários!
Todas presentes foram unânimes quanto a preocupação de abraçar o confecção do CAPS III - centralmente localizado, na avenida Higino Cunha entre a maternidade Dona Evangelina Rosa e Casa Mater Aliança, local arborizado, com uma enorme cajazeira do vizinho com galhas à sua porta e uma alameda de flores até a recepção e um quintalzinho simpático - que este seja mais um espaço de tratamento substitutivo sem vícios manicomiais.
A enfermeira Edileuza Moura, que acompanha a enfermaria de crise instalada no HAA expôs sobre as dificuldades que as equipes récem montadas nos CAPS ainda encontram de entender a dinãmica da desinstitucionalização. Se o usuário chega ao HAA e pertence a um CAPS, este é avisado e espera-se que seu técnico de referência, ou aquele trabalhador que criou vínculos vá visitá-lo, dizer que o espera para o tratamento no CAPS com ele incluído em sua comunidade.
Minha presença na reunião a convite da psicóloga Cleonice, deveu-se a minha insistência com a implementação de um projeto em práticas integrativas e complementares para o usuário que não tem perfil de CAPS, é considerado portador de patologias mentais leves ou tem sintomas estabilizados. Este usuário está no limbo, os ambulatórios não tem nenhuma prática psicossocial, a consulta é apenas medicamentosa e tem vários ambulatórios da rede, que só tem psicólogo. Não sei como são os serviços nesta área.
A reunião foi bastante produtiva, resultando numa agenda mensal de encontros temáticos e um encontro comemorativo do dia 18, da luta antimanicomial, acontecer numa mostra de práticas integrativas no espaço do CAPS III. Torçamos!


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PSIQUIATRIA SEM HOSPÍCIO

POR UMA CLÍNICA DA REFORMA PSIQUIÁTRICA: COM SUBJETIVIDADE, MEDICAÇÃO COM MENOS EFEITOS COLATERAIS E MAIOR PODER DE RESOLUTIVIDADE ASSOCIADA A PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.