sexta-feira, 10 de abril de 2009

GERENCIANDO A FUNCIONALIDADE NUMA CRISE

Pensei em escrever um pequeno manual de dicas para momentos de crise em que você precisa continuar funcional. Para psicóticos que não se entregam ou seja para aqueles que impacientes, trêmulos, cérebro ardendo e com muita raiva de todo mundo não podem ficar fóbicos dentro de casa, porque tem trabalho, criança na escola, conta pra pagar, etc:
__ Se acordou mal ou nem dormiu, a cabeça pra estourar, paciência zero:
. Evite filas, até de caixa eletrônicos. Gaste um pouco mais de tempo para encontrar um local mais vago.
. Se não deu pra evitar a fila, bom ter um livro, revista ou fones de ouvido com boa música até chegar sua vez. Evite reclamar, nervosos, não percebemos, mas estamos sempre exaltados, prontos pra briga. Em filas todas as pessoas tem tendência a certo stress.
__ Enconomize paciência em quase tudo ou se exponha menos a situações banais de stress.
. Prefira serviços online no que for possível. Ao recarregar telefones por exemplo. Nada de ficar raspando números e digitando. Um cansaço a menos.
.Ao comprar sapatos prefira aqueles fáceis de calçar. Evita raiva e desespero na hora de sair apressada.
. No trânsito evite horas de pico, ou escolha outras vias menos congestionadas, nem que isso signifique mais combustível e tempo, sua saúde é mais importante.
. Melhor se organizar no máximo usando dois cartões de crédito, pra controlar melhor o número de faturas e em vez de comprar em carnês de lojas, use-os unicamente, ao pagar evita enfrentar mais filas, porque se pode pagar num número maior de lugares. Outra boa opção são cheques pré-datados.
Numa crise braba, você procurando meios para driblar a coisa:
__ entre o shopping e um espaço cheio de gente, mas com outras vibrações é bom escolher um zen. Se tiver paciência pra uma hora de missa, esperar sua vez no passe especial no centro espirita ou outro espaço que cuide do espirito é preferível ao templo do capitalismo.
__ nada de receber aquela amiga (o) folgada, que finge que não percebe sua crise. Pede café e usa seu computador. Dê uma desculpa qualquer. Esse tipo de companhia só tira mais sua paciência.
__sem encontros com namorados (as) problemáticos. Sua cabeça está em plena disfunção neuroquímica, tudo que você não precisa é de problemas emocionais. Necessariamente não se precisa "enlouquecer" desse tipo de amor.

Há vida após uma crise psicótica. Está aberto a surpresas, receptivo a novas experiências, assumir o transtorno mental como parte da sua vida que precisa ser gerenciada. Que é possível se emocionar com um bom filme, educar filhos, fazer uma universidade, viver um grande amor com todas as dores e delícias enfrentados por por qualquer um. Mas se "parar" vítima da doença, e não aproveitar o que resta de saúde no seu organismo, investir numa reinvenção permanente da vida, serás mais um número do quarto de pessoas que sofrerá ou sofre de transtorno mental no mundo.

3 comentários:

Flavinha Roberta disse...

(Re)inventar, aproveitar, continuar, reorganizar, viver e viver: tão difícil e tão 'gostosamente' necessário!
Sempre aparecendo por aqui
xD
=***
Bju

LOUCA PELA VIDA disse...

Estava sentindo saudade Flavinha. Sua passagem por aqui é sempre bem vinda. Obrigada, amiga.

Flavinha Roberta disse...

Imagina, não precisa agradecer não, ler seu blog eh estar sempre informado!
Adoro seu blog...
Bjuxx
e Boa Pascoa

PSIQUIATRIA SEM HOSPÍCIO

POR UMA CLÍNICA DA REFORMA PSIQUIÁTRICA: COM SUBJETIVIDADE, MEDICAÇÃO COM MENOS EFEITOS COLATERAIS E MAIOR PODER DE RESOLUTIVIDADE ASSOCIADA A PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.