sexta-feira, 19 de julho de 2013

AMPLIAÇÃO DE CAPS

A partir desta sexta-feira (12), Curitiba passa a ter mais um serviço de saúde mental com funcionamento ininterrupto. O Centro de Atenção Psicossocial (Caps) Boa Vista é o quarto a ampliar o atendimento este ano, passando a funcionar 24 horas, todos os dias da semana. O prefeito Gustavo Fruet e o secretário municipal de Saúde, Adriano Massuda, participaram da solenidade, ao lado de usuários e profissionais da rede de saúde mental da capital paranaense.
Dos quatro novos serviços 24 horas, dois atendem adultos com transtornos mentais: o Caps Boa Vista e o Caps Boqueirão, inaugurado em maio. Outros dois recebem adultos usuários de álcool e drogas: Caps Portão e Caps Cajuru, que tiveram os serviços ampliados em abril.
Além desses, o Caps Centro Vida, na Vila Izabel, é direcionado ao atendimento de crianças e adolescentes usuários de álcool e drogas. “Estamos construindo uma rede de saúde que se estende por todos os distritos sanitários. Já temos nove unidades básicas de saúde funcionando até as 22 horas e cinco Caps que são referências para o País, pela estrutura e acolhimento que oferecem aos cidadãos”, afirmou o prefeito.
O secretário Adriano Massuda ressaltou que as mudanças na rede permitem prestar o atendimento aos pacientes de transtorno mental sem isolá-los da sociedade, como era no sistema maniconial. “É a afirmação do tratamento como direito de cidadania dos pacientes com algum transtorno mental”, destacou.
Estrutura
Localizado no Bacacheri, o Caps Boa Vista tem capacidade para atender cerca de 220 pacientes por mês, além de dez vagas para o acolhimento noturno. O espaço tem salas de atividades, consultórios, posto de enfermagem, refeitório, alojamentos noturnos, entre outros espaços.

Para o diretor do Departamento de Saúde Mental, Marcelo Kimati, a ampliação do serviço é um reforço para toda a rede, que está preparada para atender as situações de crise sem ter que recorrer ao internamento em hospitais psiquiátricos. “É importante dar atendimento aos pacientes dentro do território e do contexto de vida deles, promovendo a reinserção social destas pessoas”, enfatizou.
Atualmente, os 12 Caps existentes em Curitiba atendem, em média, 2,6 mil pessoas por mês – entre dependentes químicos e portadores de transtornos mentais – e contam com 49 leitos de acolhimento noturno.

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Infelizmente no Piauí, nem estadual ou municipal ( a gerência de atenção psicossocial do município ainda não  mostrou a que veio), os responsáveis pelas ações em saúde mental no território tem demonstrado total descompasso com a luta anti manicomial. A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), boa tentativa (teórica) do pessoal do veterano Tykanori de "descapscentralizar" o atendimento em saúde mental. Quem conhece a história do surgimento dos CAPS, uma prática que surgiu sem teorias, tornado expressão máxima da desinstitucionalização, montados com equipes inexperientes e sem capacitação continuada tem a tendência a reprodução das velhas práticas manicomiais. Mas difícil é vencer os muros culturais para implantação dos pontos de atenção propostos pela RAPS: saúde básica nunca se fez presente na saúde mental no território. Leitos em hospitais gerais, alguém lembra de luta mais antiga na área? A drogadição enquanto doença toma muito espaço na portaria que institui a RAPS, os dependentes químicos fazem o papel dos loucos, quando tomam o espaço dos leprosos, no mundo da exclusão social.
Dependentes químicos ou loucos genuínos ou loucura socialmente adquirida (???), precisamos lutar pela qualidade do atendimento focando a inserção social sempre.

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