A partir desta sexta-feira (12), Curitiba passa a ter mais um serviço
de saúde mental com funcionamento ininterrupto. O Centro de Atenção
Psicossocial (Caps) Boa Vista é o quarto a ampliar o atendimento este
ano, passando a funcionar 24 horas, todos os dias da semana. O prefeito
Gustavo Fruet e o secretário municipal de Saúde, Adriano Massuda,
participaram da solenidade, ao lado de usuários e profissionais da rede
de saúde mental da capital paranaense.
Dos quatro novos serviços 24 horas, dois atendem adultos com
transtornos mentais: o Caps Boa Vista e o Caps Boqueirão, inaugurado em
maio. Outros dois recebem adultos usuários de álcool e drogas: Caps
Portão e Caps Cajuru, que tiveram os serviços ampliados em abril.
Além desses, o Caps Centro Vida, na Vila Izabel, é direcionado ao
atendimento de crianças e adolescentes usuários de álcool e drogas.
“Estamos construindo uma rede de saúde que se estende por todos os
distritos sanitários. Já temos nove unidades básicas de saúde
funcionando até as 22 horas e cinco Caps que são referências para o
País, pela estrutura e acolhimento que oferecem aos cidadãos”, afirmou o
prefeito.
O secretário Adriano Massuda ressaltou que as mudanças na rede
permitem prestar o atendimento aos pacientes de transtorno mental sem
isolá-los da sociedade, como era no sistema maniconial. “É a afirmação
do tratamento como direito de cidadania dos pacientes com algum
transtorno mental”, destacou.
Estrutura
Localizado no Bacacheri, o Caps Boa Vista tem capacidade para atender
cerca de 220 pacientes por mês, além de dez vagas para o acolhimento
noturno. O espaço tem salas de atividades, consultórios, posto de
enfermagem, refeitório, alojamentos noturnos, entre outros espaços.
Para o diretor do Departamento de Saúde Mental, Marcelo Kimati, a ampliação do serviço é um reforço para toda a rede, que está preparada para atender as situações de crise sem ter que recorrer ao internamento em hospitais psiquiátricos. “É importante dar atendimento aos pacientes dentro do território e do contexto de vida deles, promovendo a reinserção social destas pessoas”, enfatizou.
Para o diretor do Departamento de Saúde Mental, Marcelo Kimati, a ampliação do serviço é um reforço para toda a rede, que está preparada para atender as situações de crise sem ter que recorrer ao internamento em hospitais psiquiátricos. “É importante dar atendimento aos pacientes dentro do território e do contexto de vida deles, promovendo a reinserção social destas pessoas”, enfatizou.
Atualmente, os 12 Caps existentes em Curitiba atendem, em média, 2,6
mil pessoas por mês – entre dependentes químicos e portadores de
transtornos mentais – e contam com 49 leitos de acolhimento noturno.
Postado originalmente em:
Infelizmente no Piauí, nem estadual ou municipal ( a gerência de atenção psicossocial do município ainda não mostrou a que veio), os responsáveis pelas ações em saúde mental no território tem demonstrado total descompasso com a luta anti manicomial. A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), boa tentativa (teórica) do pessoal do veterano Tykanori de "descapscentralizar" o atendimento em saúde mental. Quem conhece a história do surgimento dos CAPS, uma prática que surgiu sem teorias, tornado expressão máxima da desinstitucionalização, montados com equipes inexperientes e sem capacitação continuada tem a tendência a reprodução das velhas práticas manicomiais. Mas difícil é vencer os muros culturais para implantação dos pontos de atenção propostos pela RAPS: saúde básica nunca se fez presente na saúde mental no território. Leitos em hospitais gerais, alguém lembra de luta mais antiga na área? A drogadição enquanto doença toma muito espaço na portaria que institui a RAPS, os dependentes químicos fazem o papel dos loucos, quando tomam o espaço dos leprosos, no mundo da exclusão social.
Dependentes químicos ou loucos genuínos ou loucura socialmente adquirida (???), precisamos lutar pela qualidade do atendimento focando a inserção social sempre.
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